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Volta às aulas e novas lições

Mas desta vez não será da mesma forma como quando retornavam das férias. Temos agora uma nova lição a ser praticada e que, do contrário, poderá lhes custar a vida.

Em 2021, as crianças e jovens não eram alvos do coronavírus, mas hoje são considerados a população mais vulnerável. Mais uma vez temos um grande desafio: o que poderia ser uma oportunidade para diferentes debates e argumentos sobre a complexidade do tema, se torna uma intempestividade na decisão em retornar à escola presencialmente mesmo com a cobertura vacinal dos alunos incompleta. Essa volta, de acordo com os gestores, deve ser tão rápida quanto a velocidade de contaminação da Ômicron.

Cuidar do emocional é nossa grande prova – são os antivacinas que vão marcar de forma letal esse grupo de pessoas. O que temos é uma sociedade mergulhada no caos, uma pandemia interminável, individualismo e um momento em que a conversa entre as pessoas, valores, respeito e compaixão, parece, foram perdidos, esquecidos durante esse tempo.

A volta às aulas, sem a vacinação das crianças ou exigência de medidas para conter a contaminação, é uma violência e uma desintegração social, pois a escola não é somente a transmissão de conhecimento. Infelizmente, as ações pedagógicas educacionais não encontram espaço para investir positivamente nas potencialidades das crianças e jovens.

Precisamos falar das crianças com deficiência são tantos os enfrentamentos que a educação precisa fazer, que tarefas imprescindíveis são postas de lado. Por exemplo, estudantes com deficiência. Dar conta de tudo e todos é colocar na pauta que, se por um lado o isolamento e o distanciamento social marcam de forma incontestável a vida, os estudantes com deficiência continuam suas atividades reforçadas pela invisibilidade na educação inclusiva. Desta vez vai ser preciso driblar a Ômicron e a falta de prioridade no programa vacinal. Acolher o sentimento da exclusão em não poder estar na escola e vacinado parece ser tarefa que os gestores públicos querem manter isolada.

É urgente reaprender a ensinar  – mesmo em circunstâncias normais, as pessoas com deficiências têm, historicamente, menos acesso à educação, a assistência médica, a oportunidades de trabalho e à participação nas suas comunidades. Porém, a pandemia agravou as desigualdades e gera novas ameaças, uma vez que, as pessoas com deficiências estão entre as mais afetadas por esta crise.

Adequar o aprendizado, desenvolver habilidades afetivas, reorganizar as matérias, e reordenar os objetivos, todo esse planejamento deve ser pensado, incluindo e não escolhendo quem estará sentado na carteira.

Minha torcida é para que a volta às aulas traga sentimento de segurança, e que todos possam criar estratégias para a recuperação da vida e da aprendizagem. Que todas as crianças estejam vacinadas, que disponibilizem meios tecnológicos e continuem seguindo em direção ao encontro dos recursos que complementam esse processo sem esquecer que a convivência com a diversidade, com diálogo, trará muitas respostas.

A beleza da vida está na presença dos amigos, no reencontro, nas brincadeiras na hora do recreio. Encarar e frear o vírus que tantas vidas nos tirou são ações coletivas, ao passo que devemos compreender que negar a vacina para crianças é soprar contra a liberdade e o bom senso. Além de jogar pra longe os laços de amizade e saudade. Vacina no braço e mochila nas costas. Boa aula!




As crianças da Família Real

Quem nunca pensou em crescer como príncipes e princesas? Crescer podendo mandar nos outros? Pois  ninguém pode dizer à realeza o que fazer, certo? Errado! Na verdade,  o privilégio de ser considerado nobre traz junto uma série  de regras – algumas bem  malucas que eles precisam seguir…  Algumas são até interessantes e fazem sentidos, mas, outras, para quem é apenas uma criança, deve ser uma tortura…

Sem papinha de bebês – todas as refeições, desde o momento em que acabam de ser amamentados, são preparadas pelos Chefs Reais. Parece uma ótima ideia, desde que, não seja um Chef inglês, pois na Inglaterra a comida, até  em bons restaurantes, é sofrível. Imagine o que prepara os “menus infantis”… sei não…

Sem Banco Imobiliário no Palácio – por conta  da agressividade gerada pelo jogo, os monarcas acreditam que jogar, criaria muita competição direta e animosidade entre os seus próprios jogadores. Sim, nisso eles estão certos.  Afinal, é quase uma guerra quando nos reunimos para jogar e os pequenos terão que lidar com esse tipo de coisa na realidade – de modo que serão  devidamente instruídos mais tarde, como matéria escolar e não como lazer.

Vovó? – seus pais apesar de  príncipes e princesas, duques e duquesas, para eles, são mamãe e papai. No entanto, as crianças são orientadas a não chamar a avó de “Rainha”.  Pelo menos em público. Na privacidade do palácio, ela sempre será a vovó Lilibet. (No caso de Elizabeth II da Inglaterra)

Voar com outro herdeiro está fora de questão –  os pequenos reais,  como toda criança, devem amar andar de avião em férias de família. Mas, depois dos doze anos, voam separadamente, irmãos ou pai e mãe em um mesmo voo, está  fora de questão: se houver um acidente de qualquer tipo em um dos voos, sempre haverá um sucessor da coroa.

Sem Calças compridas – Não é para ter um melhor movimento para correr e brincar.  Na verdade, é porque a tradição inglesa exige que os meninos da classe alta nunca usem calças, apenas shorts. É considerado inferior à classe usar calças antes dos sete ou oito anos.

Acenos – cada pessoa tem o seu jeito pessoal de cumprimentar ou se despedir de alguém e isso vem desde criança. As crianças já sabem qual o jeito real desde pequenas também e nunca mudam, é lei. Afinal, é um ‘aceno’ da Família Real Britânica.

Código De Vestimenta Rigoroso –  hoje, as mães não  separam mais as roupas dos filhos e, no dia a dia é comum  vê-los desfilando com  fantasias ou roupas de filmes. Incluindo perucas, varinhas magicas etc.  Mas não haverá fantasias de Batman usadas em público por nenhuma dessas crianças, exceto no Halloween.

Pois é: sempre que achar  que a vida dos príncipes e princesas é como nos livros de contos de fadas, lembre-se disso, e agradeça por ter nascido normalzinho,  plebeu e… livre!

 

 

 

 

 




QUEM EDUCA: FAMÍLIA OU ESCOLA?

professora bonita, vestida de camisa branca com uma camiseta verde por cima, mostra um globo bem colorido para sete crianças bastante interessadas.Eles estão em uma sala de aula repleta de livros.

A verdade é que alunos – de variadas idades acham-se no direito de agredir seus mestres com uma violência que seria impensável há 50 anos atrás.

Há sempre quem diga que educar é tarefa das escolas – e já emendam dizendo que a educação já não é o que era antes etc etc. Mas não é bem assim tá?

A Escola ensina e a Família Educa – e há uma enorme diferença entre uma coisa e outra. Cabe a Família transmitir desde muuuuito cedo (e dando exemplo em casa) toda a gama de valores éticos e morais que vão nortear a criança vida a fora.

É a família que vai transmitir os valores de suas tradições mais arraigadas, de sua cultura e de sua religião.

É essa mistura de sensações, permeando o cotidiano da infância que cria um mix afetivo, único de cada criança e forma a sua identidade, como um DNA para fortalece-la vida afora.

Já a escola, vai ensinar a essa criança outras competências : desde as acadêmicas até as sociais. Mas a base, para essa criança se desenvolver vem de casa.

Trabalho para a vida inteira – tarefa de pais não acaba nunca. Enquanto está na escola temos um pequeno respiro mas isso não quer dizer que, do momento em que voltam não tenhamos que “reassumir”…

Mulher usa vestido , cor branca, com detalhes em flores roxas e azuis. O modelo usa alças finas. No colo dela, uma pequena menina com o mesmo modelo da mãe.

De preferencia colocando limites, supervisionando, dando carinho, ouvindo muito e julgando pouco….ufa!

Voltando ao assunto da violência: há já algumas décadas, pais e mães estão com menos tempo para dar atenção aos seus filhos: trabalhamos, mais, ganhamos menos, somos mais exigidos…

É preciso rever conceitos, resgatar tempo e diálogo e, principalmente, vencer a concorrência da atenção (e dedicação) dos filhos com os seus smartphones.

Sim, porque mais vale um filho nos requisitando sem parar do que perde-lo – dentro de casa, com olhos fixos na tela e mãos ocupadas no teclado.

Pense nisso e passe logo para a ação – porque depende de você – não importa quão difícil seja. Palavra de mãe.




Momo – A boneca – Assusta os pais e aterroriza as crianças

 

Vamos lá! O vídeo existe, mas não no YouTube KIDS e sim, no WhatsApp e Facebook. Onde, teoricamente, crianças não tem acesso.

“Ao contrário dos relatos apresentados, não recebemos nenhuma evidência recente de vídeos mostrando ou promovendo o desafio Momo no YouTube Kids. Conteúdo desse tipo violaria nossas políticas e seria removido imediatamente”, afirmou o YouTube, em nota (https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-47619156)

O que gerou? PÂNICO! Mas calma, isso não ajuda e só traz mais problema. Agora, o melhor é sentar e conversar.

Conversei com amigos com filhos, e me contaram o que estão fazendo em relação a isso.

“Assisti e depois mostrei para a Ashley. Ficou apavorada, mas eu estava lá para a abraçar e explicar tudo. Disse que se ela estivesse vendo um vídeo e ela aparecesse, que desligasse na hora. Não sei se é certo, mas pra mim é melhor arrancar o BandAid de uma vez. Agora ela já sabe e não tem mais curiosidade de ver com os amigos “– Sheila Sant’Anna, mãe da Ashley, 9 anos

“Graças a Deus o Miguel é muito meu amigo e me conta tudo. Conversamos abertamente sobre a Momo. Joguei a real, ele super entendeu.” – Laís Cristina Damico, mãe do Miguel, 7 anos

“Mostrei o vídeo pro meu filho, ele tem pavor. Expliquei que aquilo não existe e que SE ela aparecer em algum vídeo, pra ele simplesmente fechar e assistir outro” – Thiago Migliano, pai do Arthur, 6 anos

boneca momo com o seu criador

“O Gi vê o YouTube KIDS, sempre com a nossa supervisão e a noite. Mostrei a Momo para ele, disse que se ele ver essa boneca é para dar o celular para algum adulto, pois ela é má “– Daniela Pulvirenti Ameni, mãe do Giovanni, 4 anos.

“Eu sentei e conversei com elas sobre a Momo, que agora estava num vídeo, com um ‘fundo’ bacana para te prender, ameaçando você, sua família… Disse que ela não existe, que não fará nada com elas. Para não fazer o que o vídeo manda. Vir falar comigo ou com o pai delas. Estão com medo, mas tranquilas, pois sabem que estamos por perto.” Barbara Rutledge, mãe de Júlia, 9 anos e Marina, 7 anos.

Amigos jornalistas, cuidado com as Fakes News, como aconteceu com uma revista de grande porte, que afirmou no título da matéria que esse tal vídeo estava mesmo no YouTube KIDS e só no rodapé, uma nota onde a plataforma dizia que não era verdade.

O que chama mais atenção? Um título em letras garrafais ou uma nota no rodapé, quando vamos ler uma matéria?

 




Ôla na Praia – dica bacana para encontrar crianças perdidas

foto mostra um menino de aproximadamente 8 anos gritando de costas para o mar

 

Gabriel Medina, hoje é campeão mundial de surf – mas quando era criança, gostando tanto de mar,  já imaginou quantas vezes sua mãe se desesperou e teve que correr atrás do filho perdido?  Toda mãe já passou por isso pelo menos uma vez – e não importa se a praia é descolada e menor como Toque Toque Pequeno no Litoral Norte de São Paulo ou, pior, uma imensidão com gente a beça como Copacabana no Rio de Janeiro.

Em  Punta Del Este no Uruguai e algumas praias na Europa todos já adotaram um expediente interessantíssimo que, acredito, seria utilíssimo se adotado em nossas praias.

Da primeira vez ele não entendeu o que era aquilo pois mal reparou quando ouviu algumas pessoas aplaudindo perto de onde ele tomava sol. Pouco a pouco o aplauso contagiava toda a praia como uma imensa “Ôla” em estádio.

De repente um movimento perto de seu guarda sol e a ôla parou. De modo que ele achou que era alguma manifestação em homenagem a natureza.

No dia seguinte o aplauso se repetiu, desta vez, vindo espontaneamente de um ponto mais distante e chegando em ondas até onde ele estava, propagando-se até o fim da praia. Curioso, perguntou do que se tratava.

“ Estamos avisando a todos na praia que tem alguma criança perdida que foi achada. Através do aplauso a mãe – onde estiver – se acalma (ou é alertada) e localiza a criança seguindo o rastro das palmas” – explicou uma senhora.

Cesar contou que na semana que passou em Punta praticamente todos os dias havia uma Ôla (quando não duas vezes por dia) – e rapidamente a criança era localizada.

Ora, sabemos que nessa época, com nosso litoral exuberante vivem acontecendo casos assim. Sugiro propagar a prática – pois quem tem filhos pequenos sabe o sufoco que passamos quando elas se perdem, por cinco minutos que seja.

É muito mais eficiente do que desesperar-se e sair gritando loucamente feito barata tonta.

Quem encontrar a criança coloca- a no ombro, (para facilitar a identificação da mãe) avisa as pessoas por perto e começa a Ôla.

Segundo meu amigo, entre o início do aplauso e localizar a criança, a coisa toda nunca ultrapassou 15 minutos – relativamente pouco tempo. Vamos divulgar?