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Cumprimentos sem mico

O cumprimento muitas vezes é o primeiro contato físico com alguém que acabamos se conhecer. E como um simples cumprimento pode variar muito dependendo de onde você está no mundo é importante saber pelo menos o básico das variações dependendo da cultura…

A Importância na Antiguidade – os cumprimentos e gestos de saudações eram essenciais para mostrar que estavam chegando com boas intenções: daí a pratica de estender a mão (mostrando que não iriam usar uma espada ou adaga). No Oriente as reverências respeitosas eram mais usuais, já no Ocidente, o gesto de estender a mão e abraçar acabou se popularizando.

Na China, o kowtow era uma reverência profunda, que, com o tempo foi suavizada para algo mais leve, como o gong shou, onde as mãos se unem em frente ao peito com uma leve inclinação.

No Japão, o cumprimento tradicional era o ojigi, uma reverência que variava de intensidade dependendo da formalidade da situação. Usada até hoje, em uma situação de muita importância, a reverência chega a um ângulo de quase 90 graus em relação aos joelhos!

Já na Índia, o famoso Namastê, com as palmas das mãos unidas e uma leve inclinação, ia além do simples cumprimento, carregando um significado espiritual profundo.

Hoje,  o aperto de mão continua sendo o campeão em ambientes de trabalho, especialmente no Ocidente. Ele ainda é visto como um gesto que transmite confiança e formalidade.

Já em situações mais informais ou sociais, abraços e beijos na bochecha são comuns em países como França, Itália e, claro, Brasil! Mas evite os regionalismos: três beijos são a regra, enquanto em outros, dois são suficientes. Melhor observar como as pessoas ao seu redor fazem para não errar na conta!

Mesmo em países mais informais e adeptos dos beijinhos, no ambiente profissional evite tanto contato. Simples assim..

Nos encontros formais, o aperto de mão também é predominante. Mas em países como Japão e Coreia, a reverência ainda é  importante – o que prova que o respeito, nessas culturas é levado muito a sério.

Saudações verbais: são frases acompanhadas por um simples aceno que ganharam força: “Bom dia”, “Tudo bem?” e outras frases educadas podem fazer o trabalho de um aperto de mão, quando o contato físico não é possível ou desejado.

O importante é entender o contexto e o ambiente onde você está. Em eventos mais formais, um aperto de mão firme (mas não esmagador!) ou uma reverência podem ser a melhor escolha. Já em encontros sociais, observe como as pessoas ao seu redor se cumprimentam e adapte-se.

Cumprimentos podem ser simples, mas carregam uma tonelada de significados e variações culturais. Se você for viajar ou estiver em um ambiente com pessoas de várias culturas, vale uma pesquisa rápida para não errar – afinal, ninguém quer pagar mico logo de cara, né?




Vivendo com o Coronavírus

Presidente Donald Trump, tem sua mão apertada fortemente, pelo Presidente Macron da França , durante os cumprimentos formais pelo o Presidente Macron durante uma visita na reunião dos líderes Mundiais.

Entre outras precauções claro… o assunto se tornou tão sério que preciso falar… já são tantos casos confirmados que caracteriza uma pandemia. E dizem que não precisamos entrar em pânico.  Mas se é pandemia a doença já atingiu nível global.

A boa notícia:  podemos nos prevenir e a forma é bem fácil: lave as mãos frequentemente; evite tocar nos olhos, nariz e boca; cobra a boca e o nariz com o cotovelo ou o tecido dobrado quando tossir ou espirrar e mantenha o distanciamento social.

Este último está nos dando a oportunidade de inventar novos jeitos de cumprimentar do que com aperto de mão, beijos ou abraços. Uns são bem divertidos…

  • Cumprimento de pés – exige uma certa prática e equilíbrio
  • Cumprimento de cotovelos
  • Ombro a ombro – mas é um pouco perto demais
  • Sorrisos de longe – o melhor…
  • Joinha-  ou apenas aceno
  • a Curvatura oriental : um leve movimento para baixo com a cabeça, olhando nos olhos
  • Juntar as suas próprias mãos – o famoso Namastê

Ok, Se não gostou de nenhum desses cumprimentos, nada te impede de inventar o seu próprio.  Eu gostei muito do cumprimento de pés.

É melhor (e possível ) prevenir do que apavorar  e paralisar. E vamos falar sério, não  é tão complicado assim: é preciso mudar hábitos, prestar atenção e sair de asa o mínimo possível. Mínimo mesmo.

Além, claro de higienizar superfícies quando e roupas quando chegar da rua. (O Vírus sobrevive 6 horas nas roupas portanto atenção). Paciência, e Fé – boas virtudes para cultivar.

Venerável Dalai Lama, líder religioso do Tibet, num ambiente escuro, usa as túnicas marsala, símbolos dos monges tibetanos, as mãos unidas em mantra de oração. Ele tem o sorriso da compaixão. Ele é careca e usa óculos.




Como fazer para dar os Pêsames

Quando não temos intimidade com quem sofreu a perda, é mais difícil achar o tom certo para se manifestar sem invadir.

Se for ao vivo não precisa se preocupar com palavras: basta sua presença e um abraço apertado para reconfortar.

Mas, muitas vezes, a missa de sétimo dia já passou, não temos intimidade para telefonar ou ir visitar e é preciso se manifestar. Super saia justa, certo?

Nesse caso, uma coisa é certa: só não vale mandar mensagem de texto ou áudio por Whatsapp…

De verdade? Use o bom e velho cartão pessoal ou uma carta curta, com os dizeres mais ou menos assim: “Fulano estou pensando muito em você nesse momento tão difícil. Conte comigo sempre e receba o meu abraço com muito carinho’.

Um cartão ou carta físicos tem uma presença muito mais reconfortante (e elegante) do que uma mensagem que chega com musiquinha ou campainha invadindo a dor da pessoa com sinais sonoros indesejáveis…

Já a carta curta ou cartão será aberta quanto ele/a assim desejar e será uma lembrança palpável da sua delicadeza e atenção.

E se estiver pensando que dá pra mandar um email que é mais prático etc, pense melhor: será que em um momento como esse alguém tem cabeça para abrir e responder emails?

Dedique um pouquinho mais de tempo e envie o cartão – pense que, se fosse com você provavelmente apreciaria muito mais esse gesto: que pode até ser antigo, mas com muito mais peso e significado!