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Como fazer palavras valerem mais

 

Nesse ano que inicia um novo ciclo pensei em compartilhar certas palavras que podemos pensar em usar, exercitar e valorizar.

OK, nem sempre  você concordará comigo mas cada um pode ter a sua própria lista de palavras que queira valorizar ou deletar de seu dia a dia…

Palavras que deveríamos priorizar: tolerância, democracia e discussão. Lindas como conceito, mas no último ano foram vilipendiadas. Aliás a palavra “discussão” hoje está mais ligada a barracos, desafetos e rupturas familiares e entre amigos do que a saudável e democrática discussão entre grupos com troca de ideias e sugestões.

É fato: o clima tenso das eleições acabou contaminando o dia a dia e as relações entre as pessoas, se não para sempre, por um bom tempo e, reverter isso demanda uma boa dose de atenção e boa vontade.

A “tolerância” no ano que passou ficou ao largo. É como se as pessoas, por não suportarem mais a conivência de partidos e de alguns políticos do mal, com tantos malfeitos revelados e provados, agora quisessem provar que o ”basta” era pra valer – e acabaram não deixando passar mais nada …

Acho justo. Mas com isso muita gente confundiu conceitos e acabava por lançar certas palavras como xingamentos – o que definitivamente exacerbou mais ainda os ânimos.

Palavras a se evitar – esquerda, direita, mercado e golpe. 4 palavras que, da forma como vem sendo usadas, perderam o sentido. Ficaram velhas como conceito e ninguém mais entende o que significam exatamente.

Antes de proferi-las, talvez fosse interessante uma imersão em livros de história – com a mente bem aberta para fazer as devidas comparações e perceber o que de fato significam e seu potencial para afetar nossas vidas de fato…

Palavras para usar como mantras – foco, coerência sustentabilidade e comunidade. Pense no que significa – porque foco e coerência são essenciais para fortalecer o elo das correntes que sustentarão nossos vínculos mais caros.

Sustentabilidade – está diretamente ligada a saúde de qualquer comunidade – e ultimamente estamos nos esquecendo que vivemos em comunidades – sejam quais e como forem suas estruturas e hierarquia. Aqui, não basta pensar:é preciso entender e praticar muito e sempre em todo o lugar…

Pode parecer bobagem, mas palavras são importantíssimas e, mal colocadas podem resultar em ações desastrosas, feridas incuráveis ou mesmo mágoas perenes. E nesse momento, não precisamos de nada disso, certo?




Depois da facada: acreditar para reverter.

Buquê de flores em papel crepom alaranjadas e amarelas em tom vivo. Em close no fundo branco!

Depois da semana intensa, movimentada e violenta como foi a passada talvez seja hora de refletir e pensar que é preciso uma ação mais moderada – embora firme. Que tal começar por agradecer?  Agradecer que o atentado ao candidato Jair Bolsonaro não foi fatal. Embora não seja meu candidato, acredito de verdade que foi melhor assim…

E como é  bom poder agradecer! Faça uma lista de 3 pequenas coisas que pode agradecer e verá que ela acaba sendo maior do que apenas 3…

Acreditar sem ver – insisto  que precisamos tentar acreditar mais – apesar das manchetes dos jornais, apesar do atentado a nossa democracia, da aparente e palpável crise, dos refugiados sendo expulsos com virulência,  dos incêndios – e de outros estragos na nossa natureza. Apesar dos pesares.

vamos tentar reverter esse quadro? Só será possível se todos acreditarem.  Vamos ousar mais e  fazer por mudar o que nos incomoda e aflige – nem que seja do pequeno de nosso lar para fora: para a casa do vizinho e do melhor amigo. E daí, para outros, em uma grande onda de boas mudanças. Talvez  esteja sendo irritantemente inocente, mas prefiro pensar assim.

Sei que está difícil e que, às vezes dá uma vontade danada desistir . Mas, difícil por difícil, não se paralise na decepção: escolha a dificuldade que talvez transforme, aquela que talvez te traga uma mudança esperada e bem vinda. Pense nisso!