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Casar, beber e comer

Uma mesa com candelabros de cinco braços em prata e muitos vasos baixos de rosas brancas está colocada a frente de uma janela. Através dela se vê a luz de por do sol que acentua a beleza da pradaria de das taças de cristal colocadas nos lugares dessa mesa formal de casamento. A imagem é de requinte e aconchego enfatizada pelo luz quente de final de tarde.

A boa notícia é que hoje os cardápios ficaram mais democráticos: se antes havia “modas” como a da kiwi, do tomate seco, Kani e outras iguarias que subitamente tornaram-se “essenciais” em um cardápio considerado elegante, hoje pode-se tudo – inclusive (e ainda bem) ingredientes tipicamente brasileiros.

Em tempo: o fato de haver ilhas e lounges não dispensa as mesas completamente. Lembre-se de atender aos convidados mais velhos que não se ajeitam nesse tipo de arranjo.

 Bebida na medida justa – se antes uma garrafa de espumante dava para 4 e até 6 pessoas, hoje a conta que os organizadores de eventos fazem é de 1 para1!! Incrível, não? Mas é assim: as festas duram mais, até de manhã. E, para segurar toda essa animação, haja bebida e energético…

Beleza. Mas é preciso ter um timing perfeito para servir e “segurar” um pouco o serviço do alcoólicos de tempos em tempos. Intercalando com muitos sucos águas e refrigerantes que devem ser reforçados  antes de depois de servida a comida.

 Decoração ou  cenografia ? –  é importante essa pergunta. Hoje costuma-se fazer o que os cenógrafos chamam de “ambientação.”  E, com a tecnologia a nosso serviço o céu é o limite: temos a projeção mapeada que cria cenários e efeitos incríveis nos mais árido espaços.

No entanto é bom lembrar que o bolso tem limite. Para se ter uma ideia, o custo da cenografia hoje, em boa parte dos casamentos chega ser equivalente ao dobro do que se gasta com o bufê.

Para entender o que isso significa: até algum tempo atrás a comida equivalia a metade do orçamento da festa. Será que o mesmo efeito não pode ser conseguido com uma iluminação inteligente e boa disposição dos arranjos florais e móveis? Quase sempre sim – e gastando um décimo do valor…

Hoje a tecnologia é uma grande aliada – e ela é levada as últimas consequências , tendo se tornado quase que a vedete dos casamentos. Nada contra isso porém é preciso entender que nem é preciso tudo isso para que sua festa seja um sucesso. As pessoa estão lá para interagir e comemorar e não necessariamente para ver um espetáculo de som e luz.

Sem falar que o preço de tanta pirotecnia pode aumentar e comprometer  muito seu orçamento. Se lembrar que o que vale mesmo é a vige de alegria e emoção, verá que dá pra desencanar e dispensar muita coisa.

 




O Desafio dos próximos Casamentos

ROME, ITALY – FEBRUARY 22: Earl Vittorio Palazzi Trivelli And Isabelle Adriani on February 22, 2020 in Rome, Italy. (Photo by Daniele Venturelli/Getty Images)

Já temos muitos casais que não quisera esperar e casaram em meio a quarentena comemorando de forma virtual.

Os casamentos englobam uma gama imensa de profissionais: são vestidos de noivas, acessórios, decoração, bandas, bufês, DJs, salões de beleza…

Teremos que aprender a pensar diferente. Pensar menor! O famoso menos é mais se aplica a praticamente tudo: menos convidados, ao ar livre de preferência, menos horas de festa e menos profissionais envolvidos.

Com as medidas de segurança e sanitização, quanto menor, mais seguro, melhor o controle e, claro, mais em conta – se pensar em uniformes especiais para os profissionais, máscaras, protetores de pé, túneis de descontágio…

Casamentos ao ar livre durante o dia – agora ganha mais espaço. Os casamentos noturnos vão, aos poucos, sendo substituídos pela luz natural e vem acompanhada de objetos de decoração mais leves que só agrega ao clima romântico.

Se antes o cerimonial e os espaços aderiram a ideai de misturar móveis redondos, quadrados… agora a prioridade será um mobiliário leve, que possa ser deslocado para permitir maior distância entre as pessoas. Distância essa que deve ser respeitada sem grandes agrupamentos.

Mini weddings… quase micro! – apenas com os familiares e amigos realmente (menos de 40 pessoas e até 60 é o recomendável). Mas isso não significa necessariamente que serão mais simplesinhos afinal, o luxo pode estar nos detalhes.

Bufê e Menus – as pessoas não vão a um casamento para comer. Ou não deveriam. Daí que, o formato europeu pela manhã ou fim da tarde quando se oferece um bom espumante e o bolo da noiva pode ser uma ideia mais segura do que agrupar pessoas em cima de um bufê com muitos pratos e talheres manuseados por todos…

Emily Clarke, dona de uma empresa de eventos, sugere, por exemplo, pacotes personalizados de lenços e álcool em gel com o nome dos convidados. Ao longo da festa eles poderão higienizar as mãos mais vezes e sempre que acharem necessário.

É essencial comunicar quais medidas estão sendo tomadas – e que todas são no sentido de atenção com os convidados. Porém, para cada item descartável, é preciso pensar em recipientes e pontos de coleta segura.

Simplificar o serviço torna-o mais seguro – mas nem por isso menos bonito ou apetitoso. Esse é o maior desafio: combinar emoção, glamur e segurança!




Como fazer um mini wedding, casar e arrasar!

O que caracteriza esse estilo de cerimonia é o fato de ser um casamento mais intimista, aconchegante e com muita proximidade entre os noivos e convidados (até 100).

Mesmo com o tamanho reduzido, um mini wedding, tendência mundial há já alguns anos, exige diversos cuidados na preparação e organização.

Veja algumas dicas, caso seja essa a sua escolha:

Lugar – clima intimista, com toque caseiro mesmo. Pode ser realizado em locais menores e/ou  com significado especial. Para casais que não querem ter muito trabalho, um bistrô ou restaurante charmoso unem o útil ao agradável. Com clima descontraído, uma pousada na praia ou um sítio criam uma vibe romântica.

Lista de convidados – família e os amigos mais próximos. Não fiquem constrangidos ao deixar de convidar o crush da amiga. No convite, fale para os seus convidados não levarem acompanhantes fora da sua lista

Os convites personalizados é muito legal. Já que a quantidade é reduzida, podem acrescentar detalhes exclusivos para cada convidado.

O vestido da noiva, e trajes em geral- a noiva pode usar vestidos menos tradicionais e clássicos. O mesmo princípio vale para o noivo e convidados. Tecidos mais fluidos, cores mais claras – vale tudo para suavizar o visual e trazer a sensação de conforto e acolhimento.

Decoração – conte a história do casal por meio de fotos e de objetos decorativos sentimentais. Invista em flores e numa boa iluminação – trazendo um ar romântico descolado – mas ainda chique para a cerimônia. Monte uma linda mesa comunitária (que tal usar itens de louça ou prataria que pertenceram a sua avó ou al alguém muito querido?).  Arranjos florais singelos com flores do campo ajudam a garantir o clima de evento familiar.

Comida e bebidas – porções individuais são escolhas apropriadas. Bufês temáticos também funcionam. No que diz respeito as bebidas, procure servir um leque amplo de bebidas e drinques.

A mesa de bolos – pequenos exemplares com visuais e sabores variados, dispostos entre os docinhos e a decoração. Claro que se quiser o tradicional, não tem problema, afinal, um bolo branco de andares enfeitado com flores de açúcar e um bom espumante nunca saem de moda!

Fotos e vídeo – as imagens  feitas pelos convidados garantem descontração e diferentes ângulos para uma mesma cena, mas não dispense o olhar treinado de bons profissionais.

Música – depende do estilo dos noivos e do ambiente do evento. Casais animados podem optar por uma pequena banda ou pela contratação de um DJ com playlist previamente selecionada por eles. Para noivos mais tradicionais, a fórmula voz e violão ou um trio de músicos de jazz são opções interessantes.

Lembrancinhas – significativas e personalizadas. Como é para menos gente, fica mais fácil fazer isso e envolver todos os convidados nesse momento tão especial.

Pessoalmente, amo exclusividade e menos exposição . E vocês o que preferem: um Mini Wedding ou aqueles casamentos grandes e tradicionais?