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Bhutan – O Exílio da Paz

 

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Isolamento

O país conhecido como Druk Yul (Terra do Dragão, na língua local Dzonga) é comumente descrito como a última Shangrilá.

Com um mundo cada vez mais globalizado (talvez ocidentalizado deva ser a melhor palavra para descrever nossa situação atual), onde todas as cidades parecem convergir para as mesmas marcas e estilos de vida, este pequeno país localizado na cordilheira do Himalaya resiste. Fiquei muito feliz em não ver nenhum dos conhecidos restaurantes de fast-food, outdoors das grandes marcas, entre outras tantas imagens tão comuns no Ocidente.

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Graças ao sábio governo de seus cinco reis ao longo da história, a abertura para o Ocidente e seus visitantes tem sido gradual. O país recentemente se tornou uma “Monarquia Constitucional”, onde ainda figuram o rei e rainha como cabeças do Estado, mas com poder distribuído e um Primeiro Ministro. Quando a transição para a democracia foi anunciada, o povo Butanês chorou e se desesperou, o que mostra a sabedoria de seus monarcas ao longo do tempo. Esta devoção do povo, em especial ao 4º Rei – Jigme Singye Wangchuck, pode ser vista e sentida ao longo de toda a viagem. Fotos dos reis e rainhas estão nas paredes das casas, restaurantes, hotéis, e em todos os lugares. O rei e rainha atuais não vivem num palácio ou fortaleza, mas numa pequena casa bem escondida na floresta ao lado da imponente fortaleza de Thimphu – a capital – e voam em aviões comerciais comuns. A passagem de poder e transição para uma democracia foi uma decisão do 4º rei.

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Este isolamento criou um cenário absolutamente único no mundo, que pode ser visto nas roupas, costumes, e principalmente na incrível arquitetura. E se ele não for suficiente para deixar você de queixo caído quando chegar, você ainda pode colocar algum vilarejo rural no roteiro. A pequena vila de Rukha, recentemente, depois de dois anos de preparação, abriu-se para receber turistas interessados no Butão literalmente intocado. Para se ter uma ideia, quando chegamos à vila, o responsável pelo turismo local organizou uma pequena cerimônia para nos receber com danças e canções que datam do século VIII, afinal fomos os primeiros ocidentais a visitar o lugar e se hospedar no vilarejo. Para chegar ao local são necessárias seis horas de caminhada, mas que valeram cada passo. O extremo isolamento e a hospitalidade e humildade de seus habitantes nos permitiu uma experiência absolutamente única e que nunca vou esquecer. A vila de Rukha é uma das seis vilas que tem permissão do governo para pescar um específico tipo de truta e prepará-la defumada (Nga-Dô-Tshem). Este peixe é pescado depois de sua desova no rio e é um dos pratos preferidos da realeza do país. Sempre que existe algum evento real, as pessoas desta comunidade têm bastante trabalho para suprir os “banquetes”.

por Eduardo Shimahara –

Brasileiros Viajantes




Cape Town – o Jazz selvagem

during the opening the Duo Tone Gallery, CTICC

the Duo Tone Gallery, CTICC

O perfil e os objetivos dos viajantes varia muito. Shima, nosso viajante nômade viaja com os sentidos e olhar atento para praticamente tudo e todos. Mas quando está em  Cape Town é capaz de mapear todos os ritmos, e alguns locais imperdíveis eu ele compartilha conosco abaixo

Jazz

Acredito que a música  não pode faltar qualquer  que seja a viagem- até porque alegra e alimenta a alma, certo? Eu curto muito jazz e por isso trago aqui duas coisas bem bacanas para se fazer na cidade. A primeira delas é ir numa noite de Jazz no “The Crypt”. O nome é este mesmo e isso se deve ao fato deste restaurante de Jazz ficar literalmente no subsolo de uma Igreja famosa em Cape Town ! O “The Crypt” é um lugar muito bacana para comer, beber e ouvir um incrível jazz, mas como é pequeno e a acústica boa demais para os músicos, pode não ser um ótimo lugar para grandes e longas conversas.

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Se sua ideia vai alem do Jazz num restaurante, recomendo o tour com o pessoal de uma agência sensacional que te leva para conhecer os incríveis músicos de Jazz que muitas vezes moram nas townships (favelas) de Cape Town.

Venue: Nile, North Sea Jazz Festival 2010 in Rotterdam

Venue: Nile, North Sea Jazz Festival 2010 in Rotterdam

O “Jazz Safari” te leva para encontrá-los pessoalmente e ter uma experiência musical absolutamente incrível. Escreva para o Iain Harris (dono da agência) e peça um desconto. Já fizemos tanta coisa juntos que ele se tornou um grande amigo e é muito gente boa.

Woodstock

Um bairro um pouco mais retirado do centro de Cape Town reúne muita coisa bacana. Woodstock (nome sugestivo, não?) gira em torno de um antigo moinho onde eram fabricados biscoitos. Uma curiosidade: lá encontra-se o restaurante número 1 da Africa do Sul, o “The Test Kitchen” onde você pode ter uma ideia do que os ingredientes locais são capazes de produzir.

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Além do Test Kitchen, outros incríveis restaurantes, lojas e galerias, acabaram adotando o bairro. Passe um tempo caminhando pelo local e entrando nas lojas. Algumas lojas tem segredos bem guardados, como é o caso do pequeno restaurante e café “Raw and Roxy” que só serve alimentos crus que podem te surpreender e que fica nos fundos de uma das lojas do bairro.

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Por: Eduardo Shimahara

www.nomadesdigitais.com

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