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Mandar o currículo não basta …

Como está tudo muito difícil, não custa dar uma mãozinha ao destino e as pessoas que estão selecionando candidatos. E, nesse momento, além da sua formação e vontade, conta também a maneira como você escolhe e apresenta as palavras e fatos!


Conteúdo sim, mas aparência também importa – afinal, esse é o cartão de apresentação do profissional. Quem lida o dia todo com pilhas de fichas de candidatos pode eliminar vários só ao bater o olho…
Bem na foto – escolha uma foto corporativa, nada de imagens tomando sol, com roupa de balada, de óculos escuros, ou gargalhando.
Passado recente: não interessa mencionar um curso de datilografia feito aos 12 anos; reúna dados que façam sentido nas atuais circunstâncias (que mudaram demais nos ultimo ano, concorda)?

Businesswomen are meeting and human resources interviewing in the company office

Objetividade – mande apenas as informações mais importantes e adequadas ao cargo pretendido, de forma acessível e direta. Escola onde estudou, histórico escolar e cursos que não condizem com a vaga, são dispensáveis. Sim, dispensáveis exceto no caso de escolas muito especiais ou em outro país que definam o seu perfil por algum motivo…

Em tempo: estamos falando de escola e não de ensino superior que, esse sim deve ser especificado adequadamente

Dica – o que até recentemente era considerado simpático, como inserir dados pessoais, hobbies, estado civil, time e frases de efeito, hoje, não funciona e é perda de tempo.

Informe o que interessa – analistas de RH alertam que currículos muito sucintos também podem ser negativos, pois muitas vezes as informações necessárias acabam omitidas. Assim, sugerem citar as cinco principais responsabilidades exercidas em cada emprego mencionado.

Sem mentira – e sem enfeitar. O examinador pode descobrir facilmente quando o interessado não está sendo honesto quanto às experiências e antecedentes – e isso acaba queimando a imagem da pessoa. Muitas vezes o candidato mente sobre antigos empregos esquecendo que o entrevistador pode, de forma simples, conferir as informações…

Revise, revise, revise! – erros de português demonstram que a pessoa não revisou direito, o que, no mínimo passa a imagem de falta de compromisso, desorganização e/ou ansiedade; ou pior: que ela não domina mesmo a língua, o que pode até eliminar o candidato logo no início.

Foco, foco, foco – não mande seu CV de forma aleatória para pessoas que não estão relacionadas diretamente à vaga. Não funciona. Simples assim. Uma boa estratégia, segundo especialistas é enviar o material ao RH da empresa, explicando seu interesse e pergunte quais os melhores canais para entrar em contato com os responsáveis pela seleção. Mostra dedicação e perseverança de maneira organizada.

Templates coloridos – documentos enfeitados demais parecem trabalho de colégio. A ideia é mostrar profissionalismo: use um modelo limpo, de fácil leitura em preto.

Finalmente, se não obtiver nenhuma resposta depois de algumas semanas, pode sim, entrar em contato para saber se receberam ou se a vaga foi preenchida. Perguntar não ofende – e mostra interesse.




Me chamaram para um Feedback. E agora?

Para se sair bem, é importante saber o que NÃO deve ser dito. Dá uma conferida nessas dicas:

Não foi culpa minha – sempre queremos nos defender. Mas, pense duas vezes nessa situação. Se um erro seu vier à tona, use argumentos para mostrar seu ponto de vista e não culpe um colega. Agradeça e diga que vai pensar sobre o assunto.

Ok, ok – em vez de de concordar com tudo, mostre que você compreendeu e argumente alguns pontos. Chefes não gostam de pessoas que concordam com tudo.  Deixe seu chefe finalizar o que tem para dizer. Não fale antes dele terminar.

Você disse/você fez… – evite falar “você disse que eu teria um aumento” ou “você não deixa claro quais são suas expectativas”. Mostre a ele que você sabe se auto avaliar e foque no “eu compreendo, eu preciso entender melhor, eu gostaria de discutir.”

 Mas…– evite frases com “mas”. Essa palavra sugere conflito. Assim, dizer ao chefe “você disse X, mas eu penso Y” dá a entender que você está colocando sua opinião acima da dele, o que leva a uma situação conflituosa. Um caminho mais tranquilo, é trocar o MAS por E. Usando a frase anterior, a conversa fica “eu entendi que você disse X e eu estou pensando em Y. Podemos discutir mais a fundo?” Fica bem melhor dessa jeito!

Isso foi mesmo trabalho de equipe – no Feedback, é a chance de provar o seu valor. Sim, é importante dar crédito a equipe quando é devido, e igualmente importante não se desviar de suas conquistas. Se está sendo parabenizado por um trabalho bem feito, agradeça e mostre que, com a ajuda do time, conseguiu alcançar os objetivos propostos e está orgulhoso dessa conquista.

Isso não é justo – o que é justo ou não num ambiente empresarial é algo bem subjetivo! Então evite dizer isso para a chefia  – pois vai parecer  bem infantil…

Isso não estava na descrição da minha vaga” – pode até não estar especificado na descrição da sua função, mas se você quer ser visto como um funcionário de boa performance, deve ser pro ativo e pronto para administrar imprevistos – além de disposto a colaborar com o time.

Eu sei – saiba que o “eu sei” é considerado um “tá bom”. Vá preparado com um conjunto claro de ações que você planejou para corrigir um ponto a ser melhorado. Esteja preparado para explicar o porquê algumas coisas funcionam e outras nem tanto.

“Não sei se estou a altura” – frases como esta mostram falta de vontade de desenvolver. Mostre ao seu chefe que está disposto a assumir novas responsabilidades e está preparado para trabalhar e crescer de forma cada vez mais desafiadora na empresa.

Espero ter ajudado para o próximo Feedback  a que forem chamados. Me contem depois!




Como ser (e o que é) um líder servidor

Conheci esse “tipo” de líder lendo o Monge e o Executivo (James C. Hunter), onde o autor mostra por meio de parábolas que estar disponível para contribuir com as necessidades das pessoas e mostrar autoridade é a essência da liderança servidora. No livro, autor mostra que esse conceito não é inventado e nem mais um modismo do mundo dos negócios.

Esse líder precisa – de fato – influenciar, despertar, nutrir aqueles com quem trabalha…

Mas para isso, você precisa se conhecer primeiro – e conhecer bem – pois ninguém consegue liderar outras pessoas se não liderar a si mesmo.

Seja humilde – os melhores líderes são uma mistura de humildade pessoal com vontade profissional. Ambiciosos em primeiro lugar pelo bem da empresa e depois  por eles próprios.

Seja atencioso – a responsabilidade de oferecer um ambiente saudável para seus funcionários é sua. Respeite, faça elogios sinceros e específicos, reconheça as realizações. Mostre que está interessado nas pessoas e não apenas no que elas podem fazer pela empresa.

Equipe é essencial –  por isso crie um ambiente de colaboração e eficiência.  Demonstre que você se preocupa e que está ali para ajudar.

Perdoe e/ou releve  – um funcionário que não atendeu às expectativas, cometeu um erro ou não gostou de algum feedback pode causar um ressentimento. Seja maduro e não ligue, liderança também exige perdão e resiliência em alguns momentos horas.

Confie e seja confiável – muitos líderes falam de confiança, mas suas ações dizem o contrário . Não seja esse tipo de pessoa – nunca. Um líder age com honestidade, é verdadeiro consigo e com os outros. Uma empresa sem confiança é como um castelo de areia que  qualquer coisa derruba.

Seja exemplo – cumpra seus compromissos – simples assim.

Já trabalhei com vários tipos de líderes – carismáticos (baseado no carisma), democráticos (funcionários participam de quase todos os planos, discussões e procedimentos da empresa) e autocráticos (toma todas as decisões sem consultar os outros, para mim, esse é o por tipo), e o que eu mais gostei foi o líder servidor. Dá gosto trabalhar com uma gestão assim.

Eles nos conquistam, nos envolvem tanto que colocamos nosso coração e mente a serviço da empresa – as vezes, até mesmo sem perceber.

E vocês? Que tipo de líder são ou para que líder trabalham?




Imensas vantagens do “Soft Skills”

Discrição, Privacidade e Delicadeza – calma: não sou eu quem diz – e sim vários gestores que afirmam: um dos requisitos mais apreciados em funcionários nas empresas é a capacidade de administrar informações e situações delicadas com o mínimo de estardalhaço e visibilidade possível.

Ora, se “informação é poder” como dizia Maquiavel, manter essas mesmas informações e poder  longe da concorrência e de adeptos a maus feitos é uma competência preciosa. Não é à toa que o mundo deu uma degringolada: as novas gerações desconhecem o poder desses 3 requisitos. Que  não é pouco, vejam só!

Discrição – palavra que vem de “discreta” que é definida nos dicionários como “cuidadoso e prudente no que se refere a ações no sentido de evitar constrangimentos”.

Vantagens – ajuda a manter sua vida pessoal e profissional longe de conflitos e evita exposição gratuita. Em todos os níveis.  Um exemplo bobo, mas só para ilustrar: No caso da frase “vou ao banheiro” o sujeito, vai, demora mais do que deve, atende telefone etc. Fica uma impressão de que passou mal no banheiro, dá motivo para que alguém (inconveniente e bem-intencionado) pergunte: “tudo bem aí?” Jogando o foco onde não precisa, certo?  Já, quem se levanta e diz “Com licença, já volto”  vagamente, pode voltar até demorar a voltar e, se o mesmo bem-intencionado indiscreto perguntar  se está tudo bem, pode responder com um ar seguro e superior “sim, tudo resolvido”. Percebem a diferença?

Businesswoman standing and leading business presentation. Female executive putting her ideas during presentation in conference room.

Privacidade – até por conta de superexposição em redes, ninguém mais entende a importância de manter certos detalhes e espaços de nossa vida (íntima, profissional e social) preservados tanto dos olhos quanto do conhecimento dos outros. A quem interessa ver as fotos de marido recém-operado por e exemplo? Nem no grupo de família… Ou do bebê mamando no peito da mãe? Ou (horror dos horrores),  expor o circo da revelação do sexo do bebê em qualquer rede social para a empresa inteira comentar a decoração da festa ou amigos esquecidos se ofenderem por não terem sido convidados…

A dica é: antes de postar, ou mandar a foto etc., pergunte-se se interessa realmente aquela pessoa ou se é você quem quer compartilhar aquilo. Se for esse o caso não há mal algum, masssss… é preciso ter noção.

Delicadeza – nesse momento tão carente de acolhimento, a delicadeza tornou-se uma poderosa arma contra qualquer tipo de grosseria. Coloque-se no lugar do outro, tente entender o lado dele. E mais: tente suprir a necessidade emocional de quem claramente está mais alterado do que você. Funciona mais que parece e você ganha amigos e até  aliados sem fazer força, apenas pelo respeito demonstrado.

São conceitos que, uma vez incorporados tornam-se essenciais em circunstâncias profissionais ou não. Além de melhorar não só sua imagem, mas também  desempenho e resultados.  Experimente e me conte!




Chefes: relacionamento muito delicado

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Não há como escapar: se você trabalha em uma corporação e não por conta própria, o relacionamento mais importante que terá que cultivar, é aquele com a pessoa a quem você se reporta: seu chefe.

E entender seu perfil é essencial, pois pode ser um chefe:

  • camarada ou feroz;
  • liberal ou ultra conservador;
  • medíocre ou genial.

Pois é: a não ser que você seja seu próprio patrão, independente do seu ramo de atividade ou da política adotada por sua empresa, sempre haverá um chefe a quem se reportar!

E se for alguém que já era seu amigo/a antes de você entrar para empresa, a situação é mais delicado ainda. Fazer o que? Nem sempre é justo, claro, mas é a realidade!

Portanto, é bom superar logo a fase da revolta juvenil ante o fato de que somos obrigados a agradar esta pessoa. Não importando o quanto ela nos agrada ou mesmo se a admiramos.

Vamos encarar e incorporar a ideia de que, super valorizar o chefe não lhe causa nenhum problema, ao contrário: ele sempre vai se sentir lisonjeado com esse tipo de admiração.

Numa reunião de cúpula da Casa Branca nos Estados Unidos. Presidente Barack Obama, está ao centro, e ao seu lado, diversas autoridades do governo americano. entre elas Hillary Clinton.

Erro fatal –  subvalorizado o sujeito. Não importa o quão medíocre você o ache, é provável que ele também seja suficientemente sensível para perceber que você não o considera o suficiente. Porque esse tipo de atitude acaba sendo perceptível em pequenos gestos que, a médio prazo, comprometem sim a convivência.

Admita: do ponto de vista prático e objetivo é muito melhor trabalhar a favor do sucesso dele (ainda que isto seja um esforço considerável) pois, quanto antes ele for promovido, mais rápido novas portas serão abertas para você e outras chances surgirão.

Truque para dar a volta por cima: se ele realmente for um tipo dos mais desagradáveis e difíceis, não tenha dúvidas que a alta cúpula da empresa, estará de olho em você observando a maneira brilhante como você lida com ele e o faz comer na sua mão. Não pode ser tão ruim assim , certo?