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Papo de vó

desenho de avó dormindo em uma poltrona e o neto está atrás. Ele enrolou a avó com pequenas luzinhas de natal e est;a colocando uma estrela na cabeça dela.Vó é mãe duas vezes: mãe com açúcar, sobremesa da vida.

É todo o clichê que circula em redes sociais.

Sim, avó é internauta. Crochê, tricô? Ah! Isso é para os jovens.

Vó é antenada, navega por mares cibernéticos, tem celular, face, instagram e até whatsapp.

Fica criança com o pó de pirimpimpim: conhece as princesas atuais e os super heróis.

Assiste novela infantil para contar aos netos, já que os pais não permitem tv.

A cozinha vira restaurante a la carte – vai trocentas vezes preparar as ‘delícias” pedidas.

Vó que é vó enche os netos de comida e nem sempre 100% saudável. Politicamente correto é para os pais.

Brinquedos guardados é na casa deles. Na casa de vó os brinquedos são fabricados. Um lençol vira cabana, potinhos vazios, teclado de computador, papeis e embalagens vazias, viram escritórios, lojinhas, casinhas.

Depois da farra o cansaço toma conta. O jeito é deitar de pernas pro ar, sentir o alivio de um dia gostoso, e dar graças a Deus por entregar os netos aos pais….

Como descreveria este dia? Um furacão passou na minha casa, deixou tudo de ponta cabeça e no ar o mais puro amor.

Um amor incondicional que nao saberia descrever e acho que nem carece. Vó entende!!!

 




Suicídio entre jovens – Podemos evitar?

Estava lendo “Os 13 Porquês”, do Jay Asher, na época em que um desses casos aconteceu.  Nele, o autor faz você pensar em sinais quase imperceptíveis de que alguém precisa de ajuda. E contribui para que o tema seja repensado como algo comum, não somente exclusivo para pessoas solitárias. Qualquer um pode querer se matar  – e isso torna o livro difícil de ser lido.

Não é um livro sobre bullying, mas sobre como a forma que tratamos as pessoas, mesmo sem perceber, as afetam. Ou sobre como encaramos as coisas que fazem conosco, como lidamos com nossos medos, nossos traumas,  dúvidas e desesperos.

Tenho 32 anos com uma cabeça mais madura do que tinha aos 18, 20 anos (ainda bem). Sou uma pessoa adulta, que cresceu e consegue enxergar situações com lógica e racionalmente.

Já os jovens não: eles só vivem e sentem. Sentem os boatos, as dificuldades de adaptações, muitas vezes não se sentem queridos, notados ou compreendidos.

Nós não somos iguais. Cada um reage a uma determinada situação do seu jeito – o que é pesado para ele pode ser  simples e superficial para você. Mas dê a importância que ele acha que merece, não menospreze!

Por exemplo, um dos meus amigos… Ele era inteligente (um dos melhores da classe), engraçado, gentil, bonito e eu o adorava. Vivia fazendo piada e não tinha como ficar triste perto dele. Foram quase quatro anos ao seu lado e um dia, nosso amigo se foi. Não vem ao caso colocar como foi… A mãe dele ligou para um de nossos amigos e disse que ele tinha deixado um carta falando que não aguentava mais as pressões do dia a dia, que estava com depressão, se sentia só e que queria pôr fim naquela dor. E ponto!  Ele tinha 24 anos…

Fiquei me perguntando por um tempo, como alguém que era a alegria em pessoa podia estar com depressão? Alguém que vivia rodeado de amigos podia se sentir sozinho? Que dor era aquela que ele sentia?

Com o tempo, fui esquecendo… até acontecer de novo. Outra pessoa próxima… só que dessa vez, estava um pouco mais atenta. Consegui ver que no final das risadas, havia aquela tristeza bem escondida. Ele já não participava das conversas – ele estava lá, mas seu pensamento realmente não estava. E seu olhar foi o que mais mudou. Não tinha mais “aquele” brilho. O olho dele era de um azul que só de olhar, você ficava hipnotizada.

Não fui a única a perceber, mas já era tarde demais, a gente falava com ele e ele meio que ignorava, tentamos por algum tempo. E nada. Até que o pior aconteceu…

As vezes eles até tentam conversar, dão indiretas – quase diretas – e seus pais nem reconhecem… “ah… a adolescência é assim mesmo, crise existencial todo santo dia…” NÃO!!! Escutem seus filhos, fiquem atentos ao seu comportamento, participem de sua vida.

Por isso repito… fiquem atentos aos seus amigos, filhos… são os pequenos detalhes que fazem a diferença. Uma conversa, um carinho, um cuidado… Isso pode salvar uma vida!!!




Noivas maravilhosas – além do vestido !!!!

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Assistam esse vídeo que mostra que, após a cerimônia de casamento, os noivos decidiram visitar a avó  – internada  em um hospital dos Estados Unidos, e impossibilitada de participar das cerimônias e festas. Emoção pura!




Como foi a sua Páscoa? Cozinhou ?

 

uma travessa com um bolo com várias camadas: na base arroz, intercalando com camadas de grão de bico e em cima batatas e cebolas fatiadas com pedaços de frango.

Passei a semana ouvindo os planos de Páscoa e Pessach ( a páscoa judaica ) de muita gente.  E muito poucas pessoas declararam que iriam cozinhar para e com a família . Por isso, nessa sexta Santa lembrei de como conheci o Jamal, sua mulher Grace e a família. Foi em meio a esse verdadeiro banquete dos sentidos das fotos que você está vendo! Fui a sua casa em um domingo,  levada por um amigo comum e já nos receberam com uma incrível geléia  de pimenta para degustar – que ele fabrica artesanalmente.

Comecei a gemere de prazer ali mesmo e, como sua mulher Grace é filha de italianos como eu, nem tive vergonha de cair de boca nos tomatinhos cereja  que lá estavam para a gente combinar fosse com azeites ou com mais geléias de todos os sabores e cores…

Jamal não saia da cozinha – de onde também entravam e saiam os amigos e a família cada um colaborando com algum aspecto da reunião: Carlo fazia um coquetel de Aperol  para o qual havia fila, Grace organizava a logística ( éramos umas 30 pessoas ) e eu, ali pela primeira vez,  aproveitei para aprender. E, generosamente, tive uma aula de um aperitivo da gastronomia palestina que poucos conhecem mas que já incorporei: a abobrinha batida com coalhada, azeite e zátar – um popular tempero da cozinha árabe.

Receita da delícia: você coloca abobrinha em pedaços no forno apenas para dar um susto e amolecer. Em seguida passe no processador também de leve para que fique pedaçuda . Acrescente um potinho de coalhada ou iogurte natural, acerte o sal e regue generosamente com zátar. Pronto ! Super saborosa, leve  e para comer com pão, salada, carne…

Enquanto preparava como quem não quer nada todo o tipo de delícias, Jamal ficava de olho  e administrava o prato principal: a Maklouba, da foto abaixo…. Em camadas,  com arroz, frango, batatas, grão de bico e cebolas, acabou sendo a receita do dia no É de Casa da Rede Globo. Prometo colocar a receita em um próximo Post…

Hoje, só queria matar a saudade dessa tarde deliciosa na casa do Jamal – que é médico e administra essa pesada rotina conciliando tudo com a família e sua Geléias de Pimentas com  a leveza dos que fazem as coisas com amor – e com a cumplicidade de uma mulher muito especial como a Grace.

E, pensando em almoços de  Páscoa em restaurantes e clubes – que podem até ser bacanas – veio-me a certeza  de que o Jamal e Grace certamente se divertiram muito nesse feriado. E tenho pra mim que  ele dificilmente deixaria passar essa oportunidade de reunir a família em volta de suas delícias carregadas de histórias  e afeto.

Serviço:www.pimentadojamal.com.br

@pimentadojamal




Criando regras para encontrar sua família

 

CM Blog Belicosa Encontro Famiiliar

A ideia –  brilhante – partiu de minha mãe que, sabiamente, estudou as agendas dos filhos e percebeu que todos estavam disponíveis às… 7:00 da manhã. Assim ela sugeriu que marcássemos para esse horário, de segunda a sexta, a reunião mais importante do dia, ver a família.

Cada um desempenha uma função importante para o café da manhã acontecer: um coloca a mesa, o outro faz o café enquanto o pão esquenta na chapa. Não é um processo sofisticado,  apenas vamos conversando enquanto preparamos tudo.

Desconectados – faz diferença: no momento da reunião conversamos sem a interrupção do WhatsApp ou de e-mails, e a única coadjuvante é a TV, que fica ligada próxima à mesa.

Ok, bem sempre tudo funciona de forma harmoniosa. Há dias que discordamos, chegamos atrasados e até brigamos com o chefe (risos). Mas ao final da reunião temos o hábito de nos despedir com um beijo –  e parece que tudo isso passa.

Priorizar é a chave – como numa reunião de negócios, encontramos um jeito de estar presentes. Assim conseguimos nos ver e fazer com que a vida fique um pouco menos solitária e sabemos,só de de  olhar, quem precisa de uma ajuda ou não esta  em um dia legal.

Ainda que as minhas reuniões de trabalho comecem somente às 9:00 horas, o café da manhã acontece às 7:00 e é sagrado . É nessa reunião que consigo atualizar a rede social mais importante: minha família. É ali que ficamos sabendo se um está doente, se está progredindo nos negócios ou se brigou com o namorado.

Às vezes viajamos, outras nos desencontramos e até chegamos atrasados. Mas o fato de tomarmos o café da manhã juntos nos faz mais fortes para enfrentar os desafios que o ritmo frenético da vida nos impõe. Sem falar que  na maioria das vezes até damos boas gargalhadas e começamos o dia de bem com a vida.

Não desista – sei que não é fácil e que nem todo mundo tem um ótimo relacionamento com todos. E ainda há os que moram longe ou não tem  gostos em comum. Mas o fato de querer reverter este cenário faz com que tenhamos disciplina para mudar o que não gostamos em nossas vidas. E você ficaria espantado como essa simples consciência vai se refletir para melhor nos seus dias…

Se servir de conselho tente organizar um reunião regular com sua família nem que seja uma vez por mês- e faça de tudo para comparecer, afinal atualizar a rede social mais importante do mundo faz bem para todo mundo.

Por: Maria Augusta Ribeiro @belicosa55