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Sustentabilidade, qualidade e liberdade!!!

Os almoços de Domingo são sobre toalhas de minha avó Camilla: italianas em linho bordado, com mais de 80 anos, pois eram do seu enxoval. Vou substituir por quê – e pôr o que? Uma vez por semana vão para a máquina e um dia vão acabar, tendo cumprido a missão…

Meu marido tem lindas gravatas de seda de meu tio avô Costabile que o presenteou com uma caixa delas (hoje já não se usa tanto, mas são lindas).

No alto verão uso camisolas de renda e seda pura do enxoval de minha mãe (mais de 60 anos) maravilhosas – que cortei e fazem sucesso usadas como regatas, à noite.

Uma seguidora me perguntou se eu não repito roupa: percebi que na verdade repito sim, e muito: massss…. tenho um estilo clássico que “enfeito” e vario com acessórios desses, que herdei e guardo há décadas.

Tenho brincos e cintos de mais de 30 anos – e super atuais – da Rose Benedetti – a primeira designer de bijuterias do Brasil. Desses não desapego… Daí a impressão de que nunca repito nada.

Roupa nova é coisa do passado – o fast fashion trouxe o excesso, e a conscientização de que 10% da emissão de gás carbônico é gerado pelo mundo da moda, levou a priorizar a sustentabilidade e tentar o equilíbrio de todo esse excesso.

O objetivo agora é aumentar o ciclo de vida das roupas.

Na pandemia percebeu-se como a qualidade é importante. Já era um processo que vinha ocorrendo, mas foi acelerado em vários setores.

Barreiras conceituais e preconceitos em comprar roupa usada foram derrubadas. Brechós aumentaram e começam a pagar melhor pela sua roupa usada. Cultura do desapego cresceu.

Pensamento jovem – consumidores de 18 a 25 anos querem consumir marcas que tenham compromisso social, sustentabilidade, responsabilidade e transparência. É o Lowsumerism (baixo consumo). Há um esforço para valorizar o conserto de roupas e a durabilidade das peças.

Aluguel de peças. Paga-se uma assinatura/mensalidade e o cliente pode usar por um tempo produtos de marcas/objeto do desejo. O cliente fica um mês com a peça (ou 3 ou 4) montando looks diferentes e depois troca por outro conjunto de itens. Várias amigas que aderiram a esse Closet virtual estão amando, pois misturam com peças xodós que tem em casa e variam muito mais…

A geração Z viviam angústias enormes, pois não poderiam aparecer com roupa repetidas. A geração pensava que o bom é o novo. Hoje, essa nova geração, o desafio é usar as mesmas peças por uma semana ou várias vezes e ver o que acontece.

Comecei a pensar e não é que é divertido? Experimente: a experiência permite aprendizado e evolução. E liberta muuuuito!




Botões de roupas femininas e masculinas – Esquerda e Direita – veja por quê

 

Como muitos costumes antigos, ninguém sabe com certeza as origens dessa tradição que até hoje é mantida pelos estilistas.

Mas existem algumas possíveis explicações.

Armas  e proteção – no caso das roupas masculinas, a explicação mais provável vem das guerras, segundo  cronistas de época  “para garantir que a lança de um inimigo não escorregasse entre as chapas”, as armaduras “eram sobrepostas da esquerda para a direita, já que nas lutas o lado esquerdo do corpo, protegido pelo escudo, era virado para o inimigo. Assim, os casacos masculinos se fecham da esquerda sobre a direita até os dias de hoje”.

Outra explicação que corrobora esta teoria é a facilidade ao empunhar uma arma. Até pouco tempo atrás, em muitas culturas os canhotos eram forçados a usar a mão direita. Então, por padrão, as armas ficavam do lado esquerdo da cintura, para serem empunhadas com a mão direita. Para facilitar esse movimento, faz sentido os botões da roupa ficarem do lado direito.

 Criadas e leite – nas roupas femininas existe uma outra explicação: a estilista Melanie M. Moore, dona da marca Elizabeth & Clarke, explica que quando os botões começaram a se popularizar, no século XIII, eles eram caros, usados apenas pelas famílias mais abastadas.

“As mulheres ricas daquela época não se vestiam, eram as criadas que faziam o serviço” — contou Melanie. — “como a maioria das pessoas era destra, o botão do lado esquerdo tornava mais fácil para alguém que está a sua frente abotoar o vestido”.

Outra possível explicação está na facilidade para amamentar: as mulheres destras, normalmente, apoiam o bebê no braço esquerdo, para ficarem com o direito livre. Dessa forma, a roupa com o lado direito se sobrepondo ao esquerdo facilita o movimento de desabotoar com a direita para oferecer o seio esquerdo ao bebê.

Fonte Livro  “A Arte da Cavalaria: armas e armaduras europeias” do Metropolitan Museum