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Como dar Presentes

Reuni aqui várias dúvidas que foram chegando e espero que ajude a esclarecer.

Dividir um presente com alguém que está sem grana – perfeito, desde que fique claro que são duas ou mais pessoas que estão dando – e que todos assinem um cartão ou mensagem.

Para quem “devo” dar presentes? – para quem você sente vontade, claro. Mas existem alguns que são obrigatórios e não tem como escapar…

Aniversário de parentes e amigos – preciso comprar? Parentes super próximos e queridos merecem pelo menos uma lembrança. Já os outros mais distantes e que vemos pouco, depende do caso. No entanto se há uma comemoração para a qual você foi convidado, não há como chegar de mãos vazias…

Já os amigos, acredito que há aqueles que independente de comemorar junto ou não, são amigos da vida, que nem é preciso esperar o aniversário para presentear. Basta ter vontade ou ver algo que sabemos que é a cara dele…

Presente para namorado – se der fora de data melhor ainda, mas não dar em datas especiais é imperdoável – simples assim.

Presentear com tato –  se vai dar roupa, tem que conhecer o estilo e preferência do outro. Mas não só isso: não dá pra comprar, por exemplo, um número minúsculo porque estava na liquidação e era o último… Roupa precisa poder trocar, tá?

E um número bem maior? Se for beeeeem maior a pessoa pode ficar ofendida, mas apenas um número maior não tem problema – e você pode justificar avisando que o fez por segurança e é mais fácil apertar…

Se ganho um presente tenho obrigação de retribuir?– não de imediato, mas, em uma data oportuna é delicado retribuir sim. Já, agradecer é obrigatório – e o mais rápido possível…

Posso presentear chefe ou superior na empresa? Não é obrigatório e nem adequado. A não ser que a pessoa tenha uma amizade pessoal com você. Nesse caso faça isso em particular, apenas no aniversário e com um mimo discreto.




Personal de Lista de Casamento

Preferem ganhar o valor equivalente a “uma massagem a quatro mãos” ou “o passeio de barco“ da lua de mel ou ainda “a diária de um hotel bacana para um fim de semana”. Pedem coisas exóticas, que não ganhariam em uma lista de casamento comum e jamais comprariam em circunstâncias normais.

Beleza. O problema é quando voltam para casa: a dura realidade da vida como ela é já é suficientemente difícil, em uma casa sem o mínimo necessário para funcionar com conforto, é a receita para um desastre matrimonial iminente.

Sites x Lista – parece uma coisa antiga, mas há (muito) valor em uma lista de casamento bem-feita. Sim, eu sei que hoje, pouca gente faz, mas estou falando daquela que descreve todos os itens que os noivos desejam ganhar (ou pensam que desejam) e que as lojas vendem como água, muitas delas sobrevivendo exclusivamente em razão dessas vendas…

Minha amiga, a Personal Organizer, Mary, mora em Teresina e especializou-se em… organizar listas de casamento! E garante que boa parte dos deus rendimentos hoje, advém desse tipo de trabalho. Está achando frescura? Nada disso. Noivas e noivos desavisados (e são quase todos) chegam às lojas cheios de amor para dar – mesmo os que optam pela boa e velha lista. Lá a vendedora lhes apresenta uma lista padrão, com itens classificados por preços, material e por categorias – copos, enfeites, utilitários etc.

Com pouca prática e preguiça para detalhes os pombinhos acabam dando um ok geral e partem para assuntos mais divertidos, como a degustação de doces, bebidas ou escolha da banda para a festa. E ganham muitas tranqueiras que não lhes servirão e só ocupam espaço em casa.

Vantagens da lista com assessoria – funciona assim: Mary ajuda a montar a lista, e se quiserem, os noivos podem contar com a sua organização de tudo na casa. Depois de uma entrevista bem detalhada com ambos, que inclui algumas informações básicas, ela  elabora a  lista, que deve ser o mais assertiva possível. Vejam só:

Onde vão morar –  casa ou apartamento? No caso de casa, podem incluir: floreiras, material de jardinagem,  móveis e objetos para ambientes externos…

Vão Morar apenas os dois? – ou tem filhos, enteados e família? – influi em escolha de mais lugares americanos, aumentar o número de copos e jogos de mesa, dobrar ou não o faqueiro…

Tem pet?  – caso sim, há uma infinidade de utilidades voltadas aos pets que, além  de úteis são super  decorativas ….

Gostam de receber amigos? – é o mesmo caso de família grande: caso sim, mais copos e toda sorte de utensílios devem ser previstos e adquiridos através da lista pois, depois de casados, é o tipo da coisa que vamos protelando por pesar no orçamento …

Percebem a vantagem – e comodidade – de um planejamento feito por uma profissional? Quando me casei, tive que confiar na experiência de minha mãe, pois não existiam esses serviços. Hoje… bom, se não conhecesse o talento da Mary, acho que recomendaria a Poderosa Mami, que, aos 92 ainda bate um bolão quando se trata de bom senso!

Para quem precisa ou quer conhecer o trabalho da belíssima profissional que mencionei, o Instagram dela é @marygriggioficial




Nem sempre é chique presentear

Explico: quando era criança, as pessoas ganhavam presentes de aniversário e no Natal. E, eventualmente, quando íamos visitar alguém, levávamos “lembranças” e/ou  “mimos”  como chocolates, flores ou um bolo feito em casa.

Nos casamentos, distribuía-se na saída amêndoas confeitadas (costume europeu incorporado aqui) e/ou bem-casados. As famílias mais abastadas distribuíam pequenos objetos de prata com o monograma dos noivos gravado (vacas gordas e lembremos que os casamentos eram menores).

O tempo passou e as lembrancinhas de prata acabaram se transformando pela indústria do casamento e pelo setor de eventos, em quinquilharias mais acessíveis.

Beleza. Nem todos podem pagar e alguns itens são até que criativos e bonitinhos (embora sejam exceção e normalmente as pessoas jogam fora ou passam pra frente a lembrancinha)…

Alguém tem que ganhar mais – a lembrancinha em si, podia até render, mas não tanto quanto queriam os empreendedores, mais ávidos. Então inventaram que era “Chique presentear.” Algum consultor desavisado (talvez até bem-intencionado) resolveu criar os “presentes para padrinhos de casamento”. Oiii?!  Então vamos entender…

Presentes para padrinhos – padrinhos de casamento é que presenteiam os noivos. Não tem essa de distribuir bandejas de prata ou outros eventuais mimos para os padrinhos. Pura ostentação. Eu hein…

Lembrancinhas para amigas – as senhoras fazem almoços e distribuem na saída um cupcake. Mas não é um simples bolinho: é quase uma joia, cujo valor, somado em uma mesa de 10 amigas, por exemplo compraria facilmente a tal joia.  Acho mais emocionante rifar na hora e doar – para quem precisa.

Anfitrião não presenteia – a exceção são lembrancinhas de festas infantis! E não é obrigação, tá? No mais, abrir a casa, dedicar tempo, escolher e privilegiar alguns amigos com seus preparativos e acolhimento – tudo isso é um grande presente!

Ora, as pessoas parecem esquecer que o intuito do presente não é mostrar status, poder ou riqueza – e sim demonstrar afeto, atenção ao que a pessoa gosta, vontade de agradar.

E isso, não tem preço. Não se distribui igualmente na saída ou na entrada de eventos fortuitos. São sensações construídas com cada pequeno gesto, com olhares, com mínimas atenções muito específicas dirigidas conforme a necessidade e preferência de cada um.

Feito por mim – não se acanhe de dar um presente feito por você mesma. Pode ser um cachecol, um bolo, uma pulseira… A energia e o valor de algo feito pela pessoa que presenteia é uma das coisas que fazem o presente ser mais apreciado ainda. E se não for, é porque a pessoa não entende nada de nada – e não te merece. Simples assim também!

É urgente resgatar a empatia – palavra banalizada, mas preciosa, que merece mais atenção – o afeto, o prazer de entregar algo pessoalmente olhando nos olhos com o coração palpitando para perceber a emoção do outro.  Sim, presentear é bom, mas para que seja chique, é preciso ir além da compra…