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Vamos ajudar! Mais e melhor – é possível e necessário

Seria trágico em qualquer país, mas, no nosso, desigual, sem liderança e pior : com um pseudo líder ególatra e que insiste em causar e dar mau exemplo todos os dias, estamos a mercê apenas de nós mesmo e do nosso bom senso…Toda vez que o Presidente vai a público contrariar as recomendações da Organização Mundial da Saúde e colocar-se contra o isolamento da população para defender a economia, deixa claro que vidas pobres não importam….

E quem ajuda? Essa mesma a população, juntamente com as ONGs claro! Estão correndo atrás de todas as maneiras  para ajudar. As ONGs têm o know how (conjunto de conhecimentos técnicos e práticos), legitimidade, capacidade para receber e distribuir doações e entregar para quem precisa.

Muitas delas, atuam em comunidades de baixa renda, onde – penso – agora são os locais mais atingidos pela pandemia: com escolas, comércios e serviços fechados.

Sim, estamos na fase de flexibilização e poderemos sair e trabalhar para ganhar nosso dinheiro. Mas, não se iluda ainda  existirão muitos que  precisarão de nossa ajuda.

Quando vi 3 caminhões cheios de uma ONG descarregando brinquedos e agasalhos em Heliópolis (criança também precisa se distrair para tentar convencê-las a ficar em pequenos espaços certo?) meu coração cético se acalmou um pouco…

Vale lembrar que: qualquer quantia faz a diferença! E também… não é só dinheiro que é importante nesse momento, podemos fazer muuuuuuuito tendo compaixão com nossos vizinhos – ajudando do jeito que der!




“Vidas não se contabilizam, se preservam!”

Os governantes – até os bem intencionados – são pressionados pelos empresários desesperados – e lançam mão dessa “flexibilização” da quarentena, tentando agradar a todos. Mas a curva de contágio não flexibilizou: aumentou! E segue subindo.

Se não perdeu nenhum amigo nem familiar, considere-se privilegiado. Não me canso de repetir que, nesse momento, estar vivo e bem é o que importa!

Ok, falo com a geladeira cheia e um relativo conforto financeiro. E há milhões de brasileiros sem emprego, sem renda, sem perspectiva. Que precisam sim, trabalhar para levar comida a suas casas.

A esses, além de tentar ajudar fazendo o que posso no meu entorno direto, tento fazer um pouco mais junto a ONGs – como uma de 200 mulheres arretadas que conseguiram, em 2 meses de pandemia,  levar mais de 7 mil cestas básicas para Heliópolis – na ação “Melhor para Heliópolis” uma de nossas maiores comunidades em São Paulo.

Estamos com um Governo desgovernado – “contra tudo e contra todos” – como vimos no famoso vídeo da reunião ministerial.

Sim, vou falar disso – afinal o problema não foram os palavrões ou o fato de o Presidente falar em armar a população – quando devia estar falando em salvar a mesma do Covid-19.

Não foi sua declaração que não ia esperar “fuder a família e os amigos” e que portanto ia trocar o comando da PF – em vez de falar que gostaria de ouvir o que tinha a dizer o, já ex ministro, Teich da Saúde – então em sua primeira reunião ministerial! Esperar alguma coerência desse Governo é querer demais.

Relaxamento da Quarentena – o Vírus combinou que ia relaxar gradativamente? Não relaxe coisa nenhuma: antes de ser empresário, você é pessoa. Antes de ser trabalhador com chefe e contas para pagar, somos pais de família, filhos, maridos e mulheres com uma história de luta, amores e muito sentimento e propósito. Que, nesse momento, se resume em sobreviver. Pense nisso e não relaxe: lute, se cuide e fique bem.  E, se puder, em casa. Contabilize cuidados – e acima de tudo preserve-se e sua família e amigos.




Governo Bolsonaro e a Virtude do Equilíbrio

 

 

Na régua da direita tudo pode – e não se discute. Já, na régua da esquerda tudo não pode: é excluído, punido, execrado, linchado e distorcido. E nem pense em discutir.

Porque, nas palavras do próprio presidente, se “não pensar como ele ou ele não concordar, está fora”.  Ainda, segundo ele porque essa é “a regra do jogo”.

O que é isso Presidente? Onde está o diálogo que o senhor prometeu em campanha? E  lembra quando tanto demonizou o PT por “ideologizar e aparelhar” tudo quando estava em campanha?

Pois é: tanto o Presidente quanto seu  Ministro da Educação, Weintraub, estão fazendo igualzinho – apenas usando a ideologia da direita.  Repito que sempre fui de direita. Sempre votei mais ao centro e a direita porque a direita me parecia um sistema mais… livre.

Mas vamos ao que interessa: o Futuro. Futuro esse que o Governo está comprometendo seriamente e agora em massa: não se contenta mais em demitir um ou outro ligado a setores culturais cujas ideias eles “não concordem”.

 

Passaram agora a cortar verbas de “Todas as Universidades Federais” sob a fraquíssima alegação de que “promovem balburdia”.

 

Concordo que em algumas Universidades haja uma movimentação mais desorganizada, solta e permissiva. Mas não é tarefa do Governo controlar isso – muito menos punir cortando verbas de ensino e Pesquisa.

Bem na Foto – O Ministro talvez não saiba da força e Prestígio de nossas Universidades Federais. A do Paraná, por exemplo, está entre as melhores do mundo, em 2019 em um levantamento da Times Higher Education entre 1250 Universidade de 86 países do mundo!

 

Essa lista é liderada por nada menos que a Universidade de Oxford – e a nossa do Paraná, está lá, pelo segundo ano consecutivo.

A USP,  Universidade de São Paulo também está nessa lista e figura como a melhor entre as Brasileiras. Seguida da Unicamp de Campinas e da UFMG de Minas.

 

O que é um pouco de balbúrdia diante de um feito desses? Justifica cortar 30% da verba porque não se concorda com a possível ideologia do reitor X ou Y?

 

Um terço do orçamento senhores! – sabem o que significa cortar isso em pesquisa e educação? E nem me venham com a conversa pra lá de apelativa que vão remanejar essa verba para custear creches!!

 

Creche pode ser cobrada dos empresários que empregam mulheres – já existe uma lei que obriga as empresas a terem uma creche e ninguém (ou muito poucos) as cumprem!

 

Falta equilíbrio e diálogo a esse Governo. Gritam, agridem e não ouvem. Recusam-se a conversar mas deviam. Converse Presidente. Ouça e seja plural. O meio do caminho e a conciliação são sempre a melhor resposta – e a que deixa todos satisfeitos.

 

Em se tratando de pessoas – e da Educação – apenas preto e branco, esquerda e direita, dentro ou fora não resolve.

 

O equilibrista, quando anda na corda, abre os braços para se equilibra: de peito aberto  e com a mente em paz, encara o vácuo buscando o equilíbrio dos pés, firmes na corda.

 

Atirar a esmo não resolve. Pode atingir o pé, o filho ou vizinho. E, quando menos se espera, cair da corda.