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Mix de Taças – agora pode e deve!

Depende. No meu caso adoro misturar a mesma textura com cores diferentes, como na foto acima – que mal tem se combina como resto da decoração? Também não vejo nada demais em misturar texturas – como no caso das taças abaixo: a âmbar bico de jaca super vintage com a delicada taça de vinho transparente fiou ótima!

Hoje é perfeitamente normal ter taças de várias cores escuras, como vermelho rubi e até mesmo pretas – tendência há alguns anos e que se mantem agora também nos pratos e baixelas. Quer misturar as cores? Pode – desde que não misture mais de 3 para valorizar: assim o efeito de contraste ou mesmo de diferentes tonalidades não se perde.

As taças todas iguaizinhas como nesse requintado jogo bom borda trabalhada em dourado são sem duvida nenhuma elegantérrimas e corretíssimas em qualquer ocasião! Se tiver poucas dessas não hesite em misturar, pois combinam com praticamente tudo! Finalmente, existe sim uma regra: as taças de vinho devem ser sempre transparentes para que se veja a cor do vinho e se perceba melhor o seu corpo. Regra que super procede, tá?

No entanto com a tentação dos novos jogos coloridos é perfeitamente natural usar cor em taças de vinho em refeições informais ou em família. Porém, se for receber em uma ocasião mais formal ou mesmo pessoas que saiba que são apreciadores de vinho e vem de culturas como a italiana ou francesa que realmente valorizam esses detalhes, tente usar taças transparentes. Pode até misturar cores e texturas – desde que as de vinho mantenha sua transparência…




Como fazer para acertar o ponto da Carne para todos

Espeto com 3 pedaços de picanha, apoiado com a ponta sobre a mesa ao lado de duas taças de vinho tinto.

A pergunta me foi feita por Dani, uma leitora super detalhista que questionou como fazer para acertar o ponto em um serviço “empratado” – aquele em que o prato chega pronto da cozinha.

Antes de seguir adiante: é preciso ter em mente que nem sempre é possível atender a todas as exigências dos convidados o tempo todo. A ideia de receber para uma refeição tem muito mais a ver com a reunião e troca do que com a degustação de iguarias levadas as últimas consequências…

De modo que , quando é um jantar de até 10, 12 pessoas com serviço empratado é possível perguntar o ponto, mas isso teria q ser feito no momento em que se serve a entrada para dar tempo de executar a contento e tempo enquanto os convidados comem. Já em um jantar maior é impossível, então usa-se o critério de bom senso: serve-se a carne “no ponto” de forma a agradar a um maior número de pessoas.

Simples assim e, pode ter certeza de que, se estiver no ponto, os amantes de carne mais crua não vão reclamar e muito menos os que amam uma carne super bem passada. Não vamos viajar em uma vibe de “somos todos masterchefs” – senão fica muito difícil mesmo ser feliz, concordam?




Almoço de negócios: arrase com simplicidade

Uma mesa de jantar com toalha cor branca, com prato raso , cor branca, com prato de entrada, com bordas bordô, copos e talheres e copos postados. Uma mão segura um garfo de peixe e uma faca.

Alguns mandamentos fundamentais além de talheres e copos:

Quem convida, chega rigorosamente no horário – e até antes, para providenciar mesa e receber os convidados. E já que chegou antes, é delicado esperar por seu convidado(a) para pedir o primeiro drinque.

Jamais escolha restaurantes badalados, onde além da falta de privacidade, haverá espera. O ideal é um local onde você já é conhecido fazendo a reserva antecipadamente para evitar transtornos.

Quem determina quem senta onde é o superior da empresa anfitriã.

Em grupos com mais de três pessoas, senta-se à direita da pessoa hierarquicamente superior da empresa que convida, a pessoa mais próxima ao seu cargo da empresa convidada. À esquerda, a segunda mais importante, independente de ser homem ou mulher.

Cumprimente de longe – Uma vez à mesa, não se levante para cumprimentar quem quer que seja! Um aceno de cabeça, mesmo que de longe, dá conta do recado.

Na hora de fazer o pedido – deixe o seu convidado a vontade e no máximo sugira a especialidade do restaurante. E nem ouse falar em dieta ou problemas do colesterol!

Sugira o vinho com a ajuda do maitre ou sommelier, mas se perceber que ninguém está propenso a beber, não insista.

Hora para acabar/Conta – almoços ou jantares de negócios tem hora para acabar. Você pode oferecer mais um café ou simplesmente colocar o guardanapo sobre a mesa indicando que o encontro está no fim. E peça a conta, muito discretamente.

Como os príncipes – se você convidou e é a primeira vez, mesmo sendo mulher, é natural que pague a conta. Quando as duas partes já se conhecem de relacionamentos profissionais anteriores é perfeitamente aceitável dividir. E, claro, se você quiser ser realmente elegante, acerte a conta antes, sem que ninguém perceba e depois, diga tranquilo e eficiente “Podemos ir!”




Restaurantes: não pague mico e descomplique

Diagrama de linguagem de sinais para restaurantes em desenho de vários pratos brancos sobre fundo marrom com os talheres colocados em várias posições: cruzados com as pontas se tocando em V cruzados formando um T, paralelos na horizontal, paralelos na vertical com cabos voltados para o cliente e cruzados com as pontas quase se tocando.

Pra que tanta!? Xô regrinhas inúteis!

Antes de mais nada, ela complica em vez de simplificar. Depois, porque em todas as buscas que fizemos – Mário, meu sócio, que não deixa passar nada – em sites internacionais de comportamento e etiqueta e mesa, não há nada nem remotamente parecido.

Vamos combinar, pode até ser criativo, mas na prática é uma grande bobagem…

Você acha que algum garçom, em meio ao serviço vai perceber a sutil diferença entre um talher apoiado no prato de “pausa” e outro cruzado quase igual – mas que significa “não gostei do serviço?”

Ora, nesse diagrama, só vale a do “estou satisfeito” – e por motivo prático: o garçom retira os pratos por trás da cadeira e, com os talher paralelos, com cabo voltado para o cliente é mais fácil para ele firmar a mão e não derrubar os mesmos.

Acredite: de nada adianta tanta regrinha! Se o serviço é ruim não será melhorado em curso, durante a refeição.

Ao cliente, cabe reclamar com a gerencia e não iniciar um bate boca por sinais de talheres.

O segundo prato só chegará quando estiver pronto – de nada adianta sinalizar que está esperando.

Se achar excelente, basta dizer isso ao vivo quando receber a conta – e gratificar o funcionário à altura.

Portanto, esqueçam essa tabelinha pseudo esperta, Lembre que, salvo impedimento de fala ou audição, nada substitui o olho no olho e uma troca de palavras gentis para se comunicar.

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Mesa não é bolsa de mulher

Que o digam, as meseiras do Brasil, que tanto capricham no visual de suas mesas para depois vê-las poluídas com todo tipo de apetrechos que não deveriam estar lá…

Não é chatice, não! O critério são todos os itens que não têm a ver com comida e/ou decoração.  E veja só quanta coisa acaba sobre o tampo e que não deveria ir  a mesa:

Chaves – as de casa ou do carro. Guarde ou tire da vista.

Óculos de sol  – até mesmo os de leitura devem ficar próximos ao corpo ou no rosto, mas não sobre a mesa.

Carteiras e/ou pequenas necessaires – você não vai precisar tão cedo – deixe na bolsa.

Livros e revistas – a não ser que esteja sozinho/a e vá ler…

Telefones e tablets – salvo uma mesa de refeição de negócios, os smartphones devem ficar rigorosamente fora da vista. Acredite: depois de um tempo isso ajuda a fazer a conversa fluir e baixa o nível de ansiedade geral da galera.

E se na sua casa alguém deixar esses elementos sobre a mesa, pergunte delicadamente se não gostaria de apoia-los em outro lugar – e ofereça um aparador ou mesinha de apoio para ver se seu convidado se toca.

E me diga qual mesa abre mais o apetite – a de cima em tons suaves ou a do casal abaixo…