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Para aumentar a sintonia e interação

Nesse cenário, pediram-me para escrever sobre a melhor forma de distribuir pessoas a mesa em refeições. Embora ainda não seja recomendável reunir muita gente, vamos ver o lado bom: fazer planos para quando a vacina chegar – momento que parece mais próximo.

Pois, como o diálogo anda difícil e truncado, mais que nunca é preciso atentar a detalhes – porque eles fazem sim diferença!

Antes de pensar quem vai ficar perto que quem, convide lembrando de misturar pessoas que podem ter algo a agregar a outras. Se puder, convide sempre duas ou mais que não o sejam velhos conhecidos do grupo: eles trazem um frescor novidades e/ou outros assuntos que podem ser muito bem recebidos.

Plano de mesa: tem várias vantagens e a maior delas é que você, como anfitrião, controla melhor o ritmo e a conversa. É possível dar atenção a todos e contribuir, se necessário. Além de incrementar a interação, em alguns casos é interessante como networking, propiciando bons contatos profissionais.

Com prismas? –  com poucas pessoas, não é necessário usar, mas ajuda muito o anfitrião/ã indicar, na hora de sentar quem fica onde. Simples assim.

Mas, se quiser fazer uma graça, saiba que, mesmo mesas informais podem ter os lugares marcados com prismas sim! O correto: cartões de papel (duplos, são mais fáceis de parar em pé) escritos a mão, de preferência com uma hidrográfica preta, em letra de forma para dar mais visibilidade. É um detalhe que agrada a todos, pois percebem que houve uma atenção e preparo especiais

Plano tradicional – é aquele que coloca os anfitriões no centro da mesa retangular, frente a frente e alterna homens e mulheres – colocando, a direita de quem recebe as pessoas homenageadas, mais velhas ou de mais cerimonia.

Plano Orgânico – há quem prefira deixar rolar: as pessoas vão se agrupando conforme o momento e se sentam. A desvantagem: não há muita troca e fica “nóis com nóis”.

Prismas no Centro – coloca-se o marcador apenas no lugar dos anfitriões e os demais lugares são ocupados organic amente. Há um mínimo de equilíbrio e dá para administrar o encontro.

 

Brincando com as argolas – em mesas informais, argolas de guardanapos com indicativos específicos indicam o lugar de homens e mulheres. Mas pode causar incômodo em quem não concorda com estereótipos … sim, o mundo anda chato!

Pirei? Nem tanto: você certamente lembra de algum encontro que desandou por uma discussão besta entre vizinhos de mesa – ou mesmo por um climão criado por proximidades desastrosas. Podendo evitar, por que não?




Horta em Casa: funciona meeeesmo!

Até que, na quarentena aos poucos fui fazendo as pazes com vasos plantados: tinha mais tempo para observar, regar, podar etc. E, percebi que era mais uma questão de paciência e tempo.

Comecei a pensar em uma velha ambição minha que jamais levei a sério por acreditar que não daria conta: uma horta em casa! Quis o destino que meu amigo Paulo me presenteasse com uma e … eureka!! Minha vida mudou! Principalmente no quesito gastronômico!

Cabe e não suja – são dois caixotes (um dê conta do recado também) com rodinhas para você mudar de lugar (se quiser) conforme o sol… Não vaza, e basta regar uma vez por dia.

Vem plantados todo tipo de hortaliça que você pedir. Escolhi, entre outras coisas: pimenta, manjericão, verbena, hortelã, lavanda, salsão, alecrim e alface.

Na realidade achei que ia durar – bonitinha verde e exuberante – no máximo uma semana. Não é que vai fazer 3 meses e só agora precisei da “visita de manutenção”?

O que precisa – a coisa toda é de uma simplicidade deliciosa: água, sol e 15 minutos por dia de cuidado. Poda dia sim, dia não (super terapêutico) e uma vez por semana pulverizar um óleo anti fungos. Fica linda, verde, perfumada e – o melhor – tenho tudo que preciso ali, na hora que quero.  Olha só:

Temperos: com a pimenta fiz azeite e, vira e mexe uso a própria pimenta mesmo. Tempero saladas, caldinho de feijão, carnes… faço molhos. O alecrim uso para as carnes, frango e batatas assadas que fica um show!

Saladas – salsão e alface fresquinhos – que crescem muito – já me salvaram da geladeira vazia mais de uma vez… E ainda uso o salsão para fazer caldos o tempo todo.

Infusões – a verbena, hortelão e lavanda que preparo frias ou quentes… Ou simplesmente para dar sabor e enfeitar jarras de água gelada agora que o tempo está mais quente…

Manjericão – cresce muito e podo quase todos os dias: perfuma a cozinha, rende para fazer molho Pesto, assim como deliciosas bruschettas…

Flores para comer e dar cor a pratos – além de alegrar e colorir a horta na sala, elas enfeitam os pratos e são gostosas: em saladas ou mesmo emprestando cor a massas e risotos.

Se animou? Acredite: basta um canto onde bata sol por 2 ou 3 horas seguidas – e você vai se beneficiar muito com esse resgate – ainda que pequeno, mas no coração do seu lar – desse vínculo com a Natureza!




Armadilhas à mesa!

atriz Julia Roberts comendo macarrão numa cena de um filme. Ela tenta engolir uma grande quantidade de macarrão.

É isso aí. Nem a linda Julia Roberts resiste a uma imagem dessas…

E é perfeitamente possível desfrutar de todas as delícias apresentadas, sem, literalmente, pisar no tomate. Por falar nisso, vamos começar por eles.

pote plástico com tomates cerejas e alguns estão soltos sobre a bancada. Tomate cereja – por serem pequenos, é possível come-los inteiros. Mas acertar a pontaria para espetá-los é um verdadeiro desafio!

O jeito é mirar no centro , tomar coragem e: paf! Tratá-los com firmeza e decisão rezando para que não escapem prato afora durante a manobra.

 

empadinha portuguesa, tres juntas numa bandejaEmpadinhas – servidas em coquetéis, elas podem complicar nossa vida. As menores podem ser levadas a boca inteiras, o que é impossível com as médias e grandes. Portanto, pegue sempre a empadinha com um guardanapo ou, se tiver, um pratinho para aparar as migalhas que, com certeza cairão.

O segredo ao morder uma empada ou qualquer canapé de massa folhada (que também esfarela terrivelmente) é estar preparado para isso. Homens barbudos, devem triplicar a atenção: não há nada que cause uma impressão mais desleixada do que migalhas penduradas nos pelos da barba…

pratinho sobre a mesa, com diversos tipos de azeitonas, sem caroços, ao lado um salame cortado e do outro lado pedaços de queijos cortados.Azeitonas – só pegue se tiver um cinzeiro à vista.

Se estiver sentado a mesa, o caroço pode ser delicadamente pousado no canto do próprio prato. Mas, depois de duas ou três azeitonas, a visão daqueles caroços mastigados é lamentável…
Pessoalmente, sou fã dos descascadores de azeitonas.

Espinhas de peixe – não tem jeito: se já estiver na boca pegue-as discretamente com os dedos e deixe-as em um canto do prato.

Mangas – há quem diga que só tem graça chupar manga no pé, lambuzando braços e rosto. Eu hein?

Basta servi-las já fatiadas que o prazer também é enorme.

Para quem insiste em comer manga com as mãos à mesa, existe um espetinho específico para isso, que é enterrado bem no meio de seu caroço permitindo-nos chupá-la até o fim do suco. Mas, embora gostoso de fazer, certamente não é uma visão elegante…

Uma cesta cheia de tangerina e ao lado sobre a mesa, uma tangerina aberta em gomos.

Mexerica – ficam lindas e fáceis de comer quando servidas já descascadas. Por que não facilitar a vida?

 

 

Milho – os espetinhos para segurar a espiga são vendidos em qualquer supermercado.

Presidente George W. Bush comendo uma espiga de milho, com as duas mãos, faz um semblante de dificuldade ao comer. usa relógio no braço esquerdo e uma camisa social azul clara.

 

Uma mulher linda, em foto frontal do rosto, tem em sua boca uma enorme folha de alface comum. Ela sorri , pela situação.Alface americana – é mais difícil de dobrar do que a alface comum. Portanto pode cortá-la pelo menos em dois sem problemas.

Alface comum – deve ser dobrada pelo menos duas vezes para ser levada a boca. Não por frescura, mas simplesmente porque ao fazer isso garantimos que a folha não caia no meio do caminho a boca, lambuzando o rosto…

Atriz Marilyn Monroe, numa mesa de jantar, tenta comer macarrão usando garfo e colher, ao seu lado um homem de terno escuro está olhando para o gesto dela. Na mesa além dos pratos , tem uma taça com água e outra com vinho tinto. Ela usa um vestido claro, preso no pescoço e sem mangas.Macarrão – mais especificamente o espaguete. Come-se com a ajuda da colher ou não? Com faca?

Nem pense em cortar o espaguete com faca para facilitar – é quase um sacrilégio junto a quem entende de massa. Marilyn Monroe, podia fazer isso – e até coisa pior, mas nós mortais não…

Sem colher e sem faca! Vamos aprender a enrolar sem medo: apoie o garfo na perpendicular e puxe para a beirada do prato poucos fios – não mais que meia dúzia. enrole delicadamente e, quando perceber que dá para levara a boca faça isso de uma vez.

Se sobrar um fio, morda decididamente – nada de chupar : nunca dá certo além de sujar a boca e rosto com o molho.

Complicado? Nem tanto. Mas, para evitar transtorno, treine em casa e, nos restaurantes, peça outras massas: penne, nhoque, agnolotti…




Como servir Pizza com capricho

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É hora de corrigir esse erro, uma vez que é perfeitamente possível manter a simplicidade das receitas e ainda acrescentar um certo requinte a uma reunião, ainda que sirvamos apenas as nossas redondas preferidas.

Quer apostar? Para começar, comece por prestar atenção a quantos sabores e combinações acabam fazendo da pizza um dos alimentos mais completos e, por incrível que pareça, muitas vezes menos calórico do que parece.

Se der vontade, peça a sua variação preferida e não vá se afogar em culpa apenas porque, secretamente, deseja pedir a califórnia com pêssego em calda quente ou a de perú defumadao com catupiry.

Acredite: todo mundo vai querer experimentar a novidade. Em tempo: até quatro pessoas, calcule, meia pizza para cada um, a partir daí, uma para cada três pessoa já deveria bastar.

Capricho na apresentação – em vez de empilhar pratos e talheres a americana, deixe os lugares colocados na mesa. Dá um ar muito mais arrumado, a comida fica até mais saborosa.

E pode comer com a mão? Até pode mas é preciso saber: dobrando o pedaço em dois e, claro, evitando fazer isso com as de recheio muito cremoso ou picado que fatalmente desintegrarão antes de chegar a boca.

Deixe todo material a mão – principalmente cortadores e espátulas. É preciso realmente ter um para cada uma, para que, na hora todos possam se servir sem ter que esperar e, consequentemente deixar a massa esfriar.

Para não esfriar – evite deixá-las destampadas ou perto de janelas abertas . O ideal mesmo é colocá-las sobre placas térmicas que são esquentadas no micro ondas e mantém o calor por até duas horas. Se tiver esse tipo de ferramenta não tenha preguiça de usar pois faz a maior diferença!

E para beber? – esqueça essa estória de que pizza com guaraná é que é uma delícia. Até é. Com Coca Cola e água com gás também. Porém nada impede que você tome também um bom vinho tinto acompanhando a sua. Experimente e veja como a refeição adquire outra categoria.

E já que estamos falando em acompanhamentos, não precisa servir pizza com outros pratos. Embora, no verão, uma salada de folhas e tomate com um azeite e vinagre balsâmico tenha um efeito pra lá de refrescante e é um ótimo contraponto para tanta massa e eventuais misturas de temperos.

Precisa sobremesa? – se o dia é domingo e você está querendo simplificar esqueça sobremesa. Inclusive o sorvete que vai exigir taças especiais etc. Mas uma bandeja para servir um ótimo cafezinho precisa estar montada. E, de quebra, uma lata com biscoitos doces ou chocolates comprados na sua padaria preferida pela manhã. Afinal de contas, é fundamental adoçar a boca e o início da semana – concorda?




Talheres – para cima ou para baixo?

 

Esse detalhe de etiqueta depende de quem é o anfitrião. Os talheres da foto, além de estarem virados para baixo, possuem iniciais – e alguns, além das iniciais, trazem o brasão que ficam mais a vista colocados dessa forma.

 Lugares colocados com os talheres virados para baixo dão o que falar: ninguém entende bem qual é o modo certo.

CM Blog Mesa Dior

Aí vai: os talheres virados para baixo eram usados por famílias que descendentes de nobres ou pela nobreza atuante que, vamos combinar, está cada vez mais em minoria no mundo.

Usá-los virados para baixo sem que se tenha um detalhe como esse para exibir, pode ser uma atitude considerada no mínimo pernóstica. De modo que, atenção gente: para cima, tá?

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