Em meu livro, Etiqueta sem Frescura, há um capítulo inteiro dedicado a Mesa e Receber Bem. Mas sempre na intenção de facilitar a vida. Veja algumas dicas.

Faca na mão direita ou esquerda? – a faca, em geral, fica na direita para cortar, e o garfo quando cortamos, pode ser usado com a esquerda para não haver um troca troca. Mas não é tão rigoroso: o importante é manusear os talheres com delicadeza e sem abrir demais os braços. Em tempo: evite gesticular a mesa – nem com e nem sem talher na mão…

 

 

Qual a forma correta de comer espaguete? usa-se apenas o garfo em pé, na perpendicular sobre o prato e enrolando delicadamente poucos fios, puxando para a borda do prato – para não embolar. Porque, se embolar, pouca gente tem a graça da Julia Roberts para encarar uma bocada dessas como a foto abaixo…

Colher para ajudar a enrolar o espaguete – na verdade não é necessária a colher, que mais atrapalha que ajuda. Basta olhar a carinha linda da Marilyn Monroe tentando administrar essa colher… Firmar o garfo para enrolar é mais do que suficiente.

Onde ficam os talheres em descanso, quando não estamos usando? – a posição mais segura, evitando pequenos desastres, é com o cabo apoiado na mesa na posição das 25 para as 5 do relógio. É melhor do que equilibrar a faca atravessada na borda – pois pode cair, sujar toalha etc. Finalmente, se estiver muito na dúvida, espere, observe e faça o que o bom senso mandar.

 

Na séria inglesa “Downton Abbey”, frequentemente em cenas de preparo de mesa são exibidas cenas, onde os serviçais usam réguas para montar a mesa de jantar. Parece estranho e exagerado, não é?

Mas é o que mais dá certo! Em mesas com muitos convidados o impacto visual da simetria perfeita entre os lugares pode dar uma impressão de extremo requinte e ordem – ainda que a porcelana e talheres sejam  mais simples.

É um truque mesmo, que costumávamos usar nos jantares do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, quando não se podia gastar em arranjos de flores e outro tipo de enfeite supérfluo. Então, o que valia era a impressão de extrema organização da perfeita ordem dos elementos – que era conseguida com uma simples régua! (minha melhora amiga em dias de grandes recepções)!

As escolas de etiqueta na Europa, costumam adotar essas regras para ensinar aos alunos a verdadeira simetria – que tanto encanta nas fotos das mesas das Cortes Européia.

Pode conferir: todas as vezes em que você viu uma mesa bem montada, havia uma simetria, uma perfeição dos detalhes que faz a diferença. Afinal, quando  olhamos, esse é o primeiro detalhe da mesa de refeição que nos chama atenção –  depois reparamos nos pratos, talheres e taças e, finalmente no serviço.

 

A série inglesa “Downton Abbey” trouxe a tona várias questões quanto  a etiqueta a mesa. A escola clássica de montar a mesa de refeições tem alguns critérios, não tão rígidos quanto se pensa, mas com algumas variações e uma delas é que segue o cardápio apresentado.

Assim: os pratos correspondentes aquele talher colocado de fora para dentro (de perto da sua mão para perto do prato) chegarão na mesma ordem. Para saber o que vem a seguir, basta observar (e conhecer) o talher.

 

Nesse caso teremos um cardápio mais extenso:  começando com um primeiro prato depois carnes  e seguido de um sorbet ( espécie de sorvete feito a base de frutas e água) antes da sobremesa para “limpar” paladar.

O sorbet prepara para mais um prato de ave ou peixe depois do qual ainda se poderia servir queijos antes da fruta e do doce.

É claro que esse seria um banquete – que pouca gente, em tempos de dieta e boa forma encararia sem culpa. Mas, deixando o saudavelmente correto de lado,  dependendo da companhia, pode ser uma experiência inesquecível…

 

Há um consenso que, centros de mesa de flores não devem ultrapassar 30 cm de altura. E isso é mais importante ainda quando se trata de jantares mais formais, onde as pessoas precisam se enxergar melhor para interagir.

No caso desse arranjo abaixo, super moderno e despojado, altura pode até ter ultrapassado um pouco mas o fato dele ter apenas uma haste saindo do vaso mais alto (que tem as rosas baixinhas compensando ao lado) ajuda a visibilidade

Esses arranjos com espécies da nossa mata Atlântica são meu xodó: executados pela @floreforma. São exóticos, coloridos e muito requintados em sua forma! Sem falar que tem a nossa identidade tropical.

Abaixo um arranjo do nosso Wedding Experience onde os alunos optaram por uma solução mais elevada – em uma licença artística pois trata-se de uma mesa de casamento e a ideia era decorar todo o ambiente, além da mesa.

Abaixo outra mesa de casamento do nosso Wedding Experience – dessa vez com tulipas vermelhas dando cor aos jogos de porcelana e taças em cinza, preto e branco. As tulipas estão posicionadas de forma estratégica a permitir uma melhor visibilidade entre os convidados

E abaixo minha preferida! Percebam como as tulipas vermelhas junto com as rosas mais baixinhas ficaram delicadas. O conjunto ganhou em harmonia e conforto: todos se enxergam, e as flores – escolhidas para ter um pouco de cada tom da estampa da porcelana – enfeitam sem interferir!

Todos os jogos de porcelana são da @porcelanaschmidt – indústria nacional e a mais tradicional nesse segmento,  há mais de 80 anos no mercado. E morro de orgulho para dizer que a linha acima, colorida e que combina com tudo é a Aquarela que assino para eles com exclusividade.