Dentro dos quatro cômodos do segundo andar do numero 31 da rua Cambon, em Paris, tudo está como sua dona deixou antes de morrer a poucas quadras dali, em uma suíte do hotel Ritz.

Gabrielle Bonheur Chanel (1883-1971) não visitara seu apartamento diurno naquele último domingo – uma vez que ninguém trabalhava no edifício de três andares onde ficavam seu ateliê, sua loja, sua moradia e seu escritório.

Um dos  objetos “Símbolo” que está também em todos os ambiente é o Leão, signo astrológico da estilista, com versões posicionadas em mesas, aparadores e estantes. Há sapos , símbolos de sorte, macacos representante da sabedoria e Budas.

Seu apartamento foi financiado pelo e empresário inglês Arthur ‘Boy” Capel (1881-1919)  na foto abaixo – onde em 1910 – Chanel abriu a primeira grande butique. Ele foi seu grande amor e, depois de morto prematuramente em um acidente de automóvel ela nunca mais se envolveu seriamente com ninguém.

As escadas para os outros pavimentos da casa, são com paredes espelhadas.  O espelho é presente em toda a decoração de Mademoiselle Chanel e era através de jogos de espelhos,  estrategicamente colocados que  ela assistia a reação da platéia aos seus desfiles – sem se revelar ao grande público

Desses degraus , a estilista assistia escondida, sentada e fumando, aos desfiles de sua marca que segue encantando o mundo.

Chanel tinha fascinação pelas coisas da Ásia,  mas isso, nunca influenciou sua moda. Por influência do “Boy”, toda as belezas da cultura chinesa faziam parte dessa decoração – como esse requintado biombo delicadamente trabalhado em laca e marfim.

Uma bola de cristal posicionada em sua mesa de centro é outro objeto que revela sua personalidade mística,  assim como um jogo de tarô. As bolas  de cristal são presente de Hugh Grosvenor , Duque de Westminster  amigo e admirador da estilista

Reparem a paridade das coisas – tudo lá é colocado em pares.  Há várias peças em pares, animais, dispostos nos ambientes.

E, dominando a sala de estar, o lustre de quartzo e ametista construído com uma estrutura de ferro que forma vários numerais “5” , outra mania da estilista – não por acaso, nome de seu perfume mais famoso – o Chanel 5 – usado por ninguém menos que Marilyn Monroe. 

Ok, você talvez deve estar pensando que não há lugar na vida prática de pessoas comuns para esse tipo de requinte ainda mais no século 21. Concordo. Mas, que nos sirva de inspiração pra que usemos sempre a leveza dos espelhos, e o misticismo para trazer paz e luz ao local onde moramos.

E, claro sempre acreditando que a beleza – independente  de luzo – pode sim nos fazer muito bem.

Nada de grife e sim qualidade. Maria Jose Rattagan começou a concretizar seu sonho a partir do nome de sua marca a “Mon Reve”que,  em francês,  quer dizer exatamente isso: meu sonho.

Utilizando couro argentino, começou fabricando artesanalmente e a mão suas bolsas que, jamais se repetem garantindo assim uma originalidade marcante além de exclusividade.

Com o sucesso das bolsas, começou a fazer outras peças utilizando sempre o couro argentino e, em algumas peças o couro de cabrito que é bem mais suave ao toque  e mais maleável  para se trabalhar.

Sobre o couro, Maria José faz um primoroso trabalho em pintura ou bordado – sendo todo o processo delicadamente desenvolvido a mão.  Todos os materiais são garimpados e escolhidos a dedo – como as linhas, botões, fitas e outros componentes –  e o  resultado é sempre intrigante além de um acabamento impecável.

Se você gosta de uma pegada amais natural, artesanal  ou esportiva mas com qualidade, veja mais peças da artista no  Instagram @bordados_monreve.

O verão é a estação ideal para usar esse recurso que, além de charmoso torna qualquer roupa muito mais ventilada e fresquinha. Veja alguns detalhes de como usar pois  há ombros de fora para todos os gostos:

1 – Tomara que caia – modelo manjado e velho conhecido, requer seios menores e soutiens competentes. Se não for esse o deu caso prefira outras opções.

2 – Recorte nas mangas – opção sensual que atende a todas as idades pois deixa de fora somente os ombros e podemos usar com soutien. Além de ser adaptável a dias com clima temperado.

3 – Um ombro só – alternativa elegante, invista nesse!

4 – Alças fininhas com soutien aparente – só se for da mesma cor daquela da roupa. Nada vai me convencer que alças bicolores são bonitas.

5 – Postura – para valorizar seus ombros é fundamental ter boa postura e manter as costas eretas. Só assim seus ombros vão se sobressair lindamente.

6 – Cabelos – com os ombros de fora, cabelos curtos ou presos são a grande pedida – para que esse pedaço de pele fique visível.

7 – Brincos – abuse de brincos mais longos : com os cabelos presos, seu rosto vai ficar mais bonito e eles valorizam a linha de pescoço e dos próprios ombro.

Agora sim! os beijinhos no ombro serão tantos que é capaz de você matar a Valeska Popozuda de inveja…

Projeto fotográfico expõe a falta de diversidade racial no mercado da moda

Recentemente, Viola Davis deixou uma mensagem poderosa ao mundo durante seu discurso de agradecimento pelo seu primeiro Emmy: “A única coisa que separa as mulheres negras de qualquer outra pessoa é oportunidade”.

Foi sobre essa ausência de oportunidade que a modelo Deddeh Howard se debruçou em um criativo projeto visual feito em parceria com o fotógrafo Raffael Dickreuter.

Batizado de Black Mirror (“Espellho Negro” em inglês), o projeto reúne fotografias de campanhas publicitárias recentes protagonizadas por Deddeh em vez de modelos brancas famosas, como Kendall Jenner, Gigi Hadid e a brasileira Gisele Bündchen.

Nascida na Libéria, Deddeh conta que, enquanto crescia, se perguntava por que grandes marcas, como Gucci, Chanel, Louis Vitton, Guess e muitas outras, raramente usavam modelos negras nas campanhas em sua terra natal.

“Espero mostrar ao mundo que está na hora de todos nós termos visibilidade.

Para ela, o mundo moderno ainda não é refletido pelas campanhas publicitárias e as grandes empresas de moda é que são as culpadas disso.

“Vivemos em um mundo globalizado, com muitos casais interraciais gerando bebês miscigenados. Por que as grandes marcas não abraçam mais nossa diversidade e conferem visibilidade a todos nós?”

A modelo africana acredita que a presença de negros em comerciais e outdoors é tão importante quanto a existência de um presidente como Barack Obama.

“Só conseguiremos inspirar a próxima geração a batalhar por seus sonhos se eles acreditarem que também conseguirão concretizá-los.”

 

Seu estilo único de se vestir  fez mais pelas mulheres do mundo do que muitos discursos feministas e libertários. Ela conseguiu conciliar em seu visual classe e informalidade, alegria com discrição  e firmeza com feminina sensualidade.

Corajosa, ela raramente apela para a segurança dos pretinhos. Michelle é informal sem ser básica. Como nos vestidos da foto acima: o preto de Christopher Kane com aplicação de flores grandes  e alegres dificilmente pode ser descrito como básico, concordam?

Michelle gosta de cor! E  ao usar sem medo todo tipo de matizes – como esse vestido acima em dois tons de  verde  de Barbara Goleman – soube  imprimir essa alegria ao dia a dia dos americanos – que passaram por maus bocados na última década.

Ao desembarcar do avião em visitas oficiais, ela, espertamente, sempre fez questão de usar modelos respeitosamente discretos  – mas sem abrir mão da diversão de estampas e cores, como nesse modelo amarelo e preto de Kenzo da foto acima.

Corte e caimento impecáveis sim! Mas sempre com brilho e um certo glamur. Para isso Michelle sempre deu preferencia a tons quentes e, quando podia tecidos metalizados que valorizam seu tom de pele a a deixam ainda mais poderosa.

Ok, vamos desejar tudo de lindo para a próxima ocupante da Casa Branca – mas, seja quem for ela, vai ser difícil  repetir a dose de equilíbrio, força, discrição e alegria de Michelle Obama – que já era tudo isso antes de ser primeira dama…

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