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Grisalhas e mais baixas – e daí?

Há alguns anos atrás, uma empresa japonesa foi processada por uma funcionária por ter em seu dress code a obrigatoriedade do uso de saltos altos definindo inclusive a altura.  Exagero da funcionária? Ao contrário: imposição ditatorial e irreal da empresa.

Mais uma vez as mulheres são obrigadas – sim, a palavra é obrigada – a se submeter a rituais dolorosos e inconvenientes enquanto seus colegas homens saem bem confortavelmente na foto.

Quando Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, frequentemente, por protocolo ou  imposição cultural, era obrigada a usar saia e salto alto na presença de autoridades Reais e Imperiais – inclusive o atual Imperador Naruhito do Japão.

Passar um dia inteiro em pé sobre saltos de mais de 5 centímetros, torna-se uma tortura depois de 1 hora. Some essa hora mais 8  e eventos constantes sem dar ao corpo a possibilidade de se recuperar e temos uma série de doenças crônicas ligadas a má postura e estresse das articulações. Portanto, voltando a empresa japonesa: perderam, remando contra uma maré que hoje, indica a necessidade de priorizar conforto: tanto físico quanto moral.

Prova disso é a indústria de calçados: hoje fabricam tênis e sapatênis em todos os modelos, com salto, em couro e nobuki – se falar nos outros modelos de solado emborrachado. Com a pandemia, as mulheres do planeta perceberam o prazer de passar as 24 horas do dia bem apoiadas sobre pés sem dor – com calçados que se moldam a eles em vez de triturá-los. Sapatos e sapatilhas baixos ganharam espaço e se aprimoraram.

Voltando a pergunta sobre festas formais: claro que podemos ir a uma gala sem salto – e ainda arrasar! Até porque, há vários fatores que definem se o modelo é mais ou menos esportivo, veja só:

Textura e modelo – modelos mais delicados, decotados, com tiras (no caso de sandálias) são mais adequados para os tecidos fluidos e mais trabalhados usados em ocasiões mais formais. Aforrados em tecido ou em camurça esse tipo de calçado é feminino e elegante.

Acessórios e aplicações – além da textura, calçados mais firmais podem ter bordados (inclusive em fios metálicos) aplicações de pedrarias ou outros metais e, com isso ganham outro patamar na escala de mais ou menos esportivo.

Grossura do salto – mesmo os de salto baixinho, funcionam modelos formais se o salto for mais fino. Há uma convenção (até correta) que define modelos de saltos altos porém grossos como mais esportivos.

Pois é, sofremos por séculos equilibrando-nos em absurdos palitos durante horas em nome… do que mesmo? Liberte-se. É possível ser elegante sem isso. Assim como na pandemia assumimos nossos cabelos brancos ou grisalhos, pouco a pouco (ou de uma vez se preferir) sinta-se no direito se andar feliz sobre seus próprios pés.




5 Top dicas para ser um chefe eficiente e popular

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Tudo parece em maior escala: os jogos políticos, as dimensões dos erros, o tamanho da fofoca e, naturalmente, também os acertos, que acabam compensando e aparecendo mais e sob diversas maneiras.

Por isso mesmo, se você tem vários funcionários sob seu comando, aumente a eficiência de sua comunicação na base da conquista de respeito e não intimidando ou tocando terror.

1- Fazer críticas – saber como e quando dizer determinadas coisas, pode fazer com que um chefe torne-se muito mais popular e respeitado – e consequentemente com mais espaço de manobra – do que um do tipo que fala as coisas na lata.

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Assim, antes de elaborar uma crítica procure se preparar e:

2- Seja específico/a quanto ao que está dizendo – é isso aí. Não adianta generalizar e demolir o trabalho ou projeto da outra pessoa com palavras. Diga exatamente onde encontra falhas, que pontos o/a incomodam mais e onde acha que pode melhorar.

3- Ofereça uma solução – ou pelo menos aponte um caminho para orientar a pessoa em questão quanto a maneira de evoluir ou aperfeiçoar onde há necessidade para tal.

4- Prepare seu funcionário – ao chamá-lo para conversar, diga do que se trata e peça para que traga algum material sobre o assunto. Assim ele não se sentirá tão pressionado e terá como e onde se apoiar se for o caso de argumentar.

5- Linguagem corporal ajuda – se não quiser intimidá-lo saia de trás de sua mesa e estabeleça um tom mais de conversa do que de sabatina ou cobrança. Também ajuda o fato de deixá-lo iniciar o discurso.

Para isso, basta perguntar de maneira bem geral mesmo “E como vai o projeto x, y ou z?” E, ao longo da resposta inserir o que deseja falar, como complemento.

Este procedimento é muito mais simpático – e indicado principalmente em casos onde está sendo feito apenas um ajuste de rota e não há nenhuma falha grave.

Fale fácil – e seja objetivo. Não adianta se perder em detalhes. Em um momento como esse, é preciso se ater aos pontos mais importantes, para que a conversa não fique diluída. Da mesma forma que é muito melhor usar uma linguagem mais coloquial do que o jargão profissional – sempre mais formal e intimidante.

 




Segurança Psicológica no trabalho: entenda o que é isso

Penssando nisso, por que não promover a chamada Segurança Psicológica? Onde os funcionários possam propor ideias e se arriscar. Sem medo de julgamentos, punições e com reconhecimento. Fazer com que eles realmente se sintam parte de uma equipe.

Isso facilita e traz rapidez na realização de atividades, pois assim, os chefes sabem exatamente em que cada membro da equipe é melhor para tal tarefa – e quem precisa de mais desenvolvimento. Aumentando assim a produtividade.

As empresas de tecnologia são as que mais aderiram a essa ideia, pois precisam inovar constantemente e para inovar, precisam correr o risco de errar e aprender com os erros, seus e dos outros. Ok, muitas vezes uma ideia parece “estúpida”, “sem noção”, mas se não fosse assim, não teríamos muito do que temos hoje.

 

É isso que as empresas precisam entender. Funcionários precisam ser ouvidos sem medo de serem ridicularizados.

Muitas pessoas são inseguras dentro do ambiente de trabalho e isso as impedem de serem sucedidas do que fazem. Porque não tem uma segurança nos valores, não sabem onde podem chegar ou como agir – portanto, os líderes tem que direcionar essas questões.

E para finalizar, algumas dicas para ajudar a promover a Segurança Psicológica…

  • Mostre-se aberto ao feedback
  • Ofereça feedback e ouça.
  • Seja mais tolerante aos erros e às diferenças
  • Entenda o impacto do ambiente nas pessoas
  • Não se puna por seus erros
  • Pratique a segurança psicológica com si mesmo
  • Não replique comportamentos hostis
  • Incentive os outros a se arriscarem

O erro faz parte da nossa natureza. E da nossa própria evolução, como seres humanos.Pense nisso!

 




Ainda o Home Office

Quem diria que o sonho chegaria em meio a um pesadelo pandêmico e, rapidamente, de solução passaria a fardo difícil de carregar para muitos? Assim é: o utópico “trabalhar de casa” tornou-se uma prova de “se vira nos 30” – ou melhor, nas 24 horas do dia.

Tenho recebido centenas de mensagens com pedidos de como conversar com a chefia de maneira a não parecer uma queixa sem fundamento. E todos com os mesmos problemas.

Estamos nos ajustando em meio a uma pandemia que ainda não acabou e a uma séria crise de emprego – além de econômica. Não é para menos que estejamos estressados e por um fio.

Mas temos que nos organizar e reivindicar antes que seja tarde – e depende apenas da gente mesmo. Abaixo algumas das principais queixas – e sugestões para solucionar pelo menos em parte.

Excesso de reuniões – não apenas acontecem coladas umas as outras como também em horários esdrúxulos. Ora, entre uma e outra, que tal tentar deixar 15 minutos ou até 30 livres? Para que a turma de casa possa se organizar e até mesmo produzir com mais eficiência…

Expediente sem hora para acabar – é cruel: as mensagens e demandas invadem nosso quarto antes mesmo que tenhamos escovado os dentes e nos vemos respondendo ainda na cama e mal despertos. Não apenas não se tem mais “vida pessoal” como já não desfrutamos mais nem mesmo de nosso espaço pessoal.

Sugiro aos gestores, chefes ou mesmo colegas ansiosos que evitem áudios de madrugada (ou muito cedo) ou que os legendem para que saibam a) do que se trata e b) se podem ouvir mais tarde (e a maioria das vezes é possível). Dessa forma facilita muitíssimo a organização do tempo.

Priorizar – estamos aprendendo na marra e esse é o segredo para ganhar tempo: saiba o que fazer e quando e atenha-se a listas e cronogramas do dia. Parece loucura, mas funciona lindamente.

Com quem devo reportar problemas? – cada empresa tem um esquema e um modelo. Nas pequenas, convém sempre conversar antes com o chefe direto – que é quem pode ajustar melhor a demanda. Se é um problema recorrente, relativamente simples, mas que atinge a todos, uma boa ideia pode ser conversar antes com os colegas e como uma frente unida falar com o RH.

A importância do presencial – muitos gestores já perceberam que é importante sim, continuar com o trabalho presencial pelo menos alguns dias por semana. Não apenas para que as equipes interajam, mas também porque é a única maneira de todos “sentirem” e conhecerem melhor suas equipes. Isso é de especial importância para os jovens que acabaram de entrar em primeiros empregos nesse momento tão delicado.

Beleza – mas é essência ter clareza nas regras desse modelo híbrido para não gerar mal-entendidos e inseguranças – ninguém merece mais disso hoje em dia, concorda?

Pense nisso pois, se ninguém apontar o problema ele continua invisível e, pior, só vai incomodar cada vez mais.

 

 

 




Como não pagar mico a Festa da empresa

 

business people having a party .

Mesmo sendo uma festa, convém lembrar  que é da empresa – e você é observado.  Então listamos algumas coisas para as quais  que você pode prestar atenção, veja:

Bebidas –  se beber demais, pode acontecer de você falar o que não deve, fazer o que não deve. E quase sempre não dá para consertar…

Comida – não é legal fazer um prato muito grande. Se estiver morrendo de fome, faça  seu prato em etapas. Coma primeiro um prato de salada e depois um arrozinho. E assim vai…

Roupas – esse é mais um cuidado que as mulheres devem ter, já que a roupa dos rapazes pode ser mais básica. Não abuse, de forma alguma, do decote, e das roupas muito curtas ou que tenham transparência. Está na moda? Tudo bem, mas a festa ainda é no ambiente de trabalho. Não precisa usar aquele terninho de sempre, pode ser algo mais “livre”, mas use o bom-senso.

Fotos/vídeos – todos querem registrar tudo. Só pense bem antes que postar. Não é bom para a empresa ter fotos dos seus funcionários em poses constrangedoras e com vários copos na mão.

Fofoca – tente não ter aquele comportamento de rodinha de cafezinho. E evite fechar-se numa ‘panelinha’ na festa e fofocar sobre quem não faz parte daquele grupo. Não seja infantil.

Dança –  quando chega a vez da pista de dança, é provável que toque Macho Man ou um novo funk. Dançar a primeira, acho muito válido, mas por favor, não desça até o chão no funk, nem arraste seus colegas mais sisudos para a pista. É muito deselegante.

Divirta-se muito na sua festa e não esqueça de agradecer pelo ano que teve ao lado de seus colegas.