1

Quais mudanças se consolidam?

Muita gente tem me perguntado como fica isso ou aquilo em relação a comportamento e relacionamento profissional etc. Reuni aqui as principais dúvidas para um “balanço 20/21” – pois haja mudança!

O que vai continuar valendo em termos da etiqueta? – a etiqueta no século 21 não decorre mais da necessidade de identificar grupos e classes sociais: ela existe para facilitar a comunicação em um mundo cheio de excessos virtuais: da superexposição, as fake news, é preciso um código de relacionamento.

Essa comunicação mais agradável, personalizada e elegante é uma forma segura (como sempre foi) de melhorar relacionamentos pessoais – hoje deteriorados pela comunicação a distância e pelas redes sociais, ora  frias demais ou acaloradas e extra polarizadas.

Sustentabilidade, inclusão e resiliência – pense nessas 3 palavras como os pares para as 3 que sempre foram os pilares da Etiqueta: bom senso, naturalidade e bom senso.

Como ficam as perdas das Mulheres decorrentes da pandemia? – perdemos: seja empregos, tempo de qualidade, receita e, o mais trágico, muitas vezes pessoas amadas.

A boa notícia – estamos acostumadas a resistir. E continuaremos assim. As mudanças no campo “casa e família” são as mais sensíveis: a casa virou escritório e escola, onde todos são obrigados a conviver, ceder, respeitar mais os espaços e horários e, palavra mágica: tolerar.

Ora, em casa sempre nos foi permitido mostrar nosso lado sensível, criativo etc. Os homens, finalmente em casa e libertos de rótulos, têm se divertido muito no universo. E, em muitos casos, entregando resultados surpreendentes!

Não resista: invista!  – é isso aí! Aguente um pouco da invasão aos seus espaços e do “modus operandi’ diferente, mas foque no resultado; pode ser extremamente gratificante e te libertar de uma série de tarefas e responsabilidades…

Aqui ganhei um chef de mão cheia! Negociamos e agora, compras e todas as refeições – são por conta dele. Ganhei mais qualidade em cada momento a mesa e, claro, não tenho que ouvir que “prefiro isso ou aquilo”…

É um exemplo bobo, mas no geral, mudou a dinâmica do dia a dia para melhor…

Como fica a Mesa com a queda de eventos e restaurantes trabalhando em horários reduzidos? – eventos já estão voltando aos poucos – e falaremos disso mais para frente, mas a Mesa tornou-se  mais do que nunca a vedete e o ponto alto dos encontros – sociais e profissionais. Massss… a mesa em casa. Não mais mega mesas de megaeventos. Pense nisso!

Em nosso portal de cursos online aumentou muito o interesse pelo tema “Mesa” e a febre das Meseiras (há já alguns anos) resgatou a mesa de Casa que reúne amigos e família.

Hoje homens e mulheres têm interesse nisso, pois não é uma Mesa fútil, mas uma Mesa onde pode-se fechar negócios, fazer networking e, claro em casa,  melhorar a qualidade de lazer e a convivência em família. Pense nisso e boas mudanças.

 

 

 




Antes de se reinventar

A incerteza é com relação a tudo: futuro, emprego (até quando me seguram ou, pior, até quando eu me seguro)? O medo da nova onda, de não voltar nunca ao normal, pânico aparentemente sem motivo. Raiva de tudo e de todos: do vizinho, do companheiro, das autoridades – uma raiva justa, mas inexplicável, compreensível, mas disseminada e maléfica, posto que divide e exaure as forças.

Fala- se muito em vacina, mas ainda demora alguns meses – que parecem a eternidade. E enquanto dormimos e acordamos nesse limbo, tentamos, todos os dias resgatar a esperança para aliviar os dias que parecem não guardar melhores surpresas.

Nessa toada ouve-se muito que Fulana/o se reinventou – ou precisa se reinventar.  Entendo o fascínio que a palavra pode trazer – mas ouso sugerir outro tipo de atitude, além dessa de buscarmos outra atividade/profissão/colocação. Talvez, antes de nos “reinventarmos”, precisemos pensar em outras ações que encerram alternativas.

Antes de reinventar, aprender – sabe aquele curso sempre adiado por falta de tempo? Ou o projeto de aprender algum hobbie, arte ou mesmo esporte? Não é papo de madame, não. Pense seriamente: pode ser sua chance de mudar o rumo da vida com algo que sempre te atraiu. Sem se cobrar a perfeição, apenas pelo prazer – e ver no que dá… porque algum resultado sempre tem. O importante é o movimento

Antes de se reinventar, ousar – ousadia nesses dias é essencial! Com segurança, mas por que não acreditar mais em si mesma/o e nos seus talentos? Não importa se o plano parece impossível: pense, faça projetos, aperfeiçoe. Você não perde nada com isso – ao contrário. E, de quebra, vai que dá certo!!

Antes de se reinventar, criar – não acredite que para criar é preciso ser artista. Para criar – o que quer que seja – basta desejar. Seja uma receita culinária, um jardim, uma horta, uma obra de arte, novos modelos de vestuário …. Pesquise antes, faça uma lista etapas necessárias (e do material/ingredientes) – e experimente.

GLASGOW, SCOTLAND – A The Coronavirus (COVID-19) pandemic has spread to many countries across the world, claiming over 60,000 lives and infecting over 1 million people. (Photo by Jeff J Mitchell/Getty Images)

O novo Momento – sim estamos mais confinados.  E esse confinamento tende a durar, pelo menos parcialmente até que chegue a vacina. Por outro lado, finalmente enxergamos, pela primeira vez nossas casas. Resgatamos a comunicação com parentes, filhos e alguns amigos (e em alguns casos rompemos de vez). O fato é que estamos valorizando muito mais as relações humanas e a nossa casa. Nosso “templo” que, também virou escritório, escola dos filhos e porto seguro.

O grande Desafio – não é se reinventar mas, encontrar o equilíbrio entre a ocupação necessária, família  e um mínimo de tempo de qualidade só nosso. Encontrar a brecha de tempo em nosso espírito para que a transição aconteça. E ousar dar esse salto – não para o desconhecido, mas para a esperança de algo há muito desejado.




Tendências Pós Pandemia: o mundo que escolhemos

Children Helping Parents With Household Chores In Kitchen

Com o advento da Pandemia aconteceu uma grande aceleração de tendências (desejos) que já estavam no radar há anos – e que agora, claramente, tonaram-se prementes.

Estilo de Vida – essa expressão tem muito mais a ver com questões históricas ou sociais do que com mercado e luxo, como muitos acreditam. Hoje, nossa vida, por algum tempo será mais restrita a ambientes menores – e com menos gente – e em muitos casos aos limites de nossa casa.

Sustentabilidade – o que parecia “moda de fanáticos” (e para alguns governantes “coisa de comunista”) tornou-se um modo de viver: da compostagem de lixo as hortas abrigadas em caixotes caseiros, inclusive em apartamentos. A palavra de ordem é reciclar e não poluir. No caso de marcas, sai na frente quem tiver ações e programas concretos para defender a natureza e/ou os selos que atestem isso.

Novas relações humanas – as famílias, que já vinham se modificando e que antes se baseavam em instituições engessadas como matrimônio até que a morte separasse, hoje estão abertas a diversidade e Inclusão social – e acolhem diferentes afetos e formas de amar e viver sem questionar, proibir ou excluir.

A Casa como Templo e Refúgio – literalmente. Finalmente entendemos que a “viajação” constante para trabalhar ou mesmo a lazer poderia ser muito menos intensa – e que, dentro de casa é possível ter mais a ganhar se soubermos viajar para dentro tratando a casa mais como porto familiar e templo e não como dormitório.  Até porque também entendemos que boa parte do nosso trabalho (não todo, mas boa parte) pode ser feita em home office – expressão que se tornou parte rotina real.

O que constrói determinada tendência é uma sequência de eventos que acabamos convergindo para uma direção criando uma espécie de trilha de comportamento e, principalmente do “desejo inconsciente” das pessoas. E cá em nós… podemos “criar” várias.




Danem-se artistas e músicos! (ou apenas mais uma boiada)

Victor Herbert foi um compositor, (1859 a 1924) que compunha, entre outras coisas, valsas românticas e muito populares no pós primeira grande guerra.

Morava em Nova York e, um dia, almoçando no Shanley’s, um restaurante bacana e “da moda”, ouviu suas composições serem tocadas para deleite de todos os clientes ali – inclusive ele.

Pagou a conta, procurou o gerente e perguntou se a música estava embutida no valor cobrado pelo lugar – e se atraía muita gente.

Ao ouvir que sim, saiu direto para o escritório de um advogado onde começou um processo contra o Shanley’s que duraria 4 anos.

Não apenas ganhou a causa, como, graças a essa sua atitude firmou-se uma jurisprudência que levou os EUA (e mais tarde o resto do mundo) a criar uma sociedade obrigando o pagamento de direitos autorais pelo uso da música em restaurantes, hotéis e similares.

Mais uma boiada – essa atribuição no Brasil historicamente cabe ao ECAD (Escritório Central de Arrecadação) e, graças a isso, nesse momento de Pandemia e quando 99% dos 383 mil músicos filiados ao ECAD estão parados, impossibilitados de trabalhar ao vivo, eles continuam arrecadando Brasil

Hotéis quebrados – essas pessoas alegam que os estabelecimentos estão quebrados com a pandemia. Acredito. O que não dá pra acreditar é que os R$0,35 a R$0,60 que recebe um músico por sua música tocada fora do palco, possa salvar um 5 estrelas de fechar as portas. Afinal, são 2 milhões de leitos em todo o país, basta fazer a conta por baixo…

Ora, um artista de alguns sucessos gravados recebe algo em torno de R$500,00 por mês, já um artista de sucesso mediano algo como R$ 200,00 – para eles uma ajuda preciosa.

Já para os hotéis, sem fazer conta no bolso de ninguém – já fazendo – se não forem capazes de enxugar esse valor de algum outro item supérfluo de sua administração /rotina, merecem fechar as portas mesmo.

Por que não desligam o som? Mais fácil do que essa batalha toda, certo? Mas, aí está a perversidade cínica desse lobby: porque sem música, a hospitalidade e o prazer se acabam – de nada adiantaria luxo, boa comida etc em meio a um lúgubre silêncio.

Nada tenho contra a rede e pessoal dos hotéis (apenas contra raciocínios canalhas) mas, entre eles e a música – e seus criadores – fico com essa última: alimento da alma, linguagem universal, atemporal e eterna e que, para existir, sempre dependeu de seres especiais, divinos e desapegados.

Mas que, para compor e nos deleitar com ela, ainda precisam pagar as contas.




100 mil mortes – desculpa aí!

É tão pródigo em ofensas quanto em pedidos de desculpas. E convence cada vez menos pessoas. Poucos são os que ainda se sentem convencidos de que o Inominável é o Messias em forma de “gente como a gente”.

Não é gente como a gente. Pelo menos não como a gente com que costumo me relacionar. Há algum tempo escrevi aqui que a forma do pedido de desculpas era importante. Sim, pois, como sabemos, um pedido de desculpas é essencial para retomar, seja a amizade o relacionamento profissional ou mesmo ganhar votos – que, em resumo é o que interessa (Deus nos livre) a essa pessoa que ora ocupa a cadeira de Presidente do Brasil.

Ok, chega de mimimi: estamos, todos os 70% ou mais, que não coadunam com o pensamento grotesco desse governante, a espera de que ele consiga sentir um mínimo de empatia pelas perdas das, agora tragicamente, 100 mil famílias Brasileiras.

Que, em algum momento consiga proferir algo que nos sinalize que está pensando na saúde das pessoas – e não em fazer propaganda de remédio, acobertar milicianos, oferecer cloroquina a emas, aumentar os impostos de livros, (como ninguém pensou antes?) diminuir a taxação de vídeo games (projeto importantíssimo)! E, claro, explicar por que um amigo da vida toda, acusado de comandar durante anos um esquema ilícito no gabinete do seu filho, mandava mesada para a conta bancária de sua mulher. Mesada essa que nós pagamos, fruto do nosso trabalho.

Por falar em trabalho: ele alegou que era muito ocupado para ir a bancos – daí pedir ao amigão que se ocupasse de mandar dinheiro pra patroa. Trabalha muito ele, né? Alguém pode me apontar um só legado que tenha sido deixado por ele em 30 anos de vida pública? Desconheço.

Como Presidente, em resposta a como vê o futuro diante da tragédia que vivemos, ele diz “vamos encontrar um jeito de se safar desse problema”.

Eu hein!? Usando a linguagem tosca que ora rege o Planalto: e nós, quando vamos nos safar dele?

PS – Desculpem mais um texto com esse assunto. Prometo no próximo caprichar e falar de algo mais animador. Mas não está facinho não.