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A Páscoa pelo Brasil

Além dos símbolos mais conhecidos, como os ovos de chocolate e o coelhinho da Páscoa, algumas curiosidades regionais tornam essa época ainda mais especial e única.

Procissão do Senhor Morto – em muitas cidades, especialmente no Nordeste, a Sexta-Feira Santa é marcada pela tradicional Procissão do Senhor Morto. Fiéis se reúnem para seguir um cortejo que simboliza a morte de Jesus. As procissões mais famosas acontecem em cidades como Ouro Preto (MG) e São João del Rei (MG), onde ruas são decoradas com tapetes de serragem colorida.

Tapetes de Páscoa – em Ouro Preto, Mariana (MG) e no Sul do Brasil, a tradição de fazer tapetes de serragem, flores e outros materiais pelas ruas é um ponto alto da celebração. Os tapetes são criados para a procissão de Corpus Christi e algumas vezes também no domingo de Páscoa.

Festa do Maracujá – acontece no Paraná, em Tijucas do Sul. O maracujá, que significa “fruto da paixão”, simboliza o sofrimento de Cristo, e a cidade promove festividades que unem fé e a colheita do fruto.

Chocolate de Gramado (RS) – a cidade já é conhecida por sua forte tradição pascal e pelos chocolates artesanais. Durante a Páscoa, a cidade é decorada com temas de coelhos e ovos, atraindo turistas para degustar as delícias produzidas localmente.

Queima do Judas – outra tradição curiosa em algumas partes do Brasil, especialmente no interior e em regiões do Nordeste, é a “Queima do Judas”. O boneco, que representa Judas Iscariotes, é queimado ou explodido no Sábado de Aleluia, simbolizando a traição de Jesus. Essas tradições mostram a diversidade cultural do Brasil e como a Páscoa é celebrada de formas diferentes e criativas em cada canto do país, unindo fé, história e cultura




Como foi a sua Páscoa? Cozinhou ?

 

uma travessa com um bolo com várias camadas: na base arroz, intercalando com camadas de grão de bico e em cima batatas e cebolas fatiadas com pedaços de frango.

Passei a semana ouvindo os planos de Páscoa e Pessach ( a páscoa judaica ) de muita gente.  E muito poucas pessoas declararam que iriam cozinhar para e com a família . Por isso, nessa sexta Santa lembrei de como conheci o Jamal, sua mulher Grace e a família. Foi em meio a esse verdadeiro banquete dos sentidos das fotos que você está vendo! Fui a sua casa em um domingo,  levada por um amigo comum e já nos receberam com uma incrível geléia  de pimenta para degustar – que ele fabrica artesanalmente.

Comecei a gemere de prazer ali mesmo e, como sua mulher Grace é filha de italianos como eu, nem tive vergonha de cair de boca nos tomatinhos cereja  que lá estavam para a gente combinar fosse com azeites ou com mais geléias de todos os sabores e cores…

Jamal não saia da cozinha – de onde também entravam e saiam os amigos e a família cada um colaborando com algum aspecto da reunião: Carlo fazia um coquetel de Aperol  para o qual havia fila, Grace organizava a logística ( éramos umas 30 pessoas ) e eu, ali pela primeira vez,  aproveitei para aprender. E, generosamente, tive uma aula de um aperitivo da gastronomia palestina que poucos conhecem mas que já incorporei: a abobrinha batida com coalhada, azeite e zátar – um popular tempero da cozinha árabe.

Receita da delícia: você coloca abobrinha em pedaços no forno apenas para dar um susto e amolecer. Em seguida passe no processador também de leve para que fique pedaçuda . Acrescente um potinho de coalhada ou iogurte natural, acerte o sal e regue generosamente com zátar. Pronto ! Super saborosa, leve  e para comer com pão, salada, carne…

Enquanto preparava como quem não quer nada todo o tipo de delícias, Jamal ficava de olho  e administrava o prato principal: a Maklouba, da foto abaixo…. Em camadas,  com arroz, frango, batatas, grão de bico e cebolas, acabou sendo a receita do dia no É de Casa da Rede Globo. Prometo colocar a receita em um próximo Post…

Hoje, só queria matar a saudade dessa tarde deliciosa na casa do Jamal – que é médico e administra essa pesada rotina conciliando tudo com a família e sua Geléias de Pimentas com  a leveza dos que fazem as coisas com amor – e com a cumplicidade de uma mulher muito especial como a Grace.

E, pensando em almoços de  Páscoa em restaurantes e clubes – que podem até ser bacanas – veio-me a certeza  de que o Jamal e Grace certamente se divertiram muito nesse feriado. E tenho pra mim que  ele dificilmente deixaria passar essa oportunidade de reunir a família em volta de suas delícias carregadas de histórias  e afeto.

Serviço:www.pimentadojamal.com.br

@pimentadojamal




A Ressureição do Coelho da Páscoa

a foto mostra um filhote de coelho marrom claro, em cima de um jardim com 2 ovos coloridos.

Ainda bem que Vó não precisa explicar muito – embora muitas vezes sessa seja uma atitude reflexa. Nessa Páscoa por exemplo, quando vi, já estava na maior saia justa.

Difícil mesmo é conciliar a fantasia com ensinamentos do dia a dia e ainda: não nos deixar contaminar pelas datas comerciais.Minha filha, leu para os meus netos “100 histórias da Biblia”. Foram meses de capítulos diários.

Agora chegamos na Semana Santa e eles sabem tu-do o que Jesus passou. Conseguiram entender a morte e a ressurreição de Cristo.

Antonio, com os olhos cheios de lágrimas, conta o que Jesus sofreu. Valentina, conta animada, que os anjos vieram buscá-lo e que ele está ao lado de Deus.

E eu, uma avó catequista, paro para pensar: e agora onde entram os coelhinhos? Como explicar os ovos de Páscoa? Aiaiai

Se eu jogar a pergunta no Dr. Google, vou ter a resposta? Como dizer que o ovo de Páscoa é puro comércio?

Desisti. Não achei uma solução que caberia neste texto.

Só resta perguntar: Coelhinho da Páscoa o que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três ovos assim…