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Como fazer um casamento acessível – e mais divertido para todos

Algumas medidas e adaptações são fundamentais e permitem que seus convidados aproveitem muito mais o evento! E acessibilidade não é um bicho de 7 cabeças, apenas é preciso mais atenção e foco em outro tipo de necessidade que vai  muito alem da decoração do docinho ou da cor da lembrancinha. Mas com boa vontade e mente aberta um casamento acessível a todos também fica muito mais interessante para todos!

Local – é essencial (e básico mas muita gente esquece) que o local da cerimônia e da festa, tenham alternativas como rampas e elevadores.… e esqueça  escada no altar se os noivos ou mesmo um dos padrinhos é cadeirante certo? A pessoa com necessidades especiais precisa ter um mínimo de independência e autonomia em seu período de permanência no local e ainda mais exposta a todos. O lugar precisa atender as suas necessidades e de seus convidados.

Acesso – recomendo a visita aos locais, simulando o caminho por onde o convidado irá passar e observe tudo com muita cautela. Em caso de dúvida, questione o cerimonial (contrate um, em festas assim é mais  importante!). Se puder e tiver intimidade  leve com você o convidado com deficiência ou consulte-o detalhadamente para prever as limitações e/ou providencias.

Banheiros – devem estar instalados de forma adequada, com acesso sem degraus, com barras de apoio e área de aproximação adequada.

Decoração – oriente o decorador sobre a presença do convidado em especial, para evitar transtornos, como obstrução de passagens, e eventuais  “armadilhas”. Não tenham vergonha! Questione, simule as situações que possam ocorrer, veja se os arranjos que o decorador pretende colocar estão num lugar adequado (melhor não ter nenhum no chão), se algum tapete será colocado em algum local inadequado, se os corredores terão a largura suficiente. Melhor ser taxado de chato pelos seus fornecedores do que passar por uma situação constrangedora no dia em questão.

Cerimonial – tudo o que acontecerá na festa precisa ser informado ao cerimonial, inclusive a presença de pessoas com deficiência. Nesse caso, o cerimonialista irá observar o acesso aos locais da festa e providenciará a reserva de um local mais confortável para acomodar o convidado como,  por exemplo, bancos da igreja em corredores mais amplos, mesas próximas dos corredores, pista de dança e banheiros… Além disso, o cerimonial poderá ajudar na tomada de decisões e na orientação dos fornecedores.

Pergunte mesmo – converse com o convidado, pois, com isso, podem ser obtidas orientações sobre o que é necessário e o que é dispensável. Afinal, pode acontecer de os donos da festa se preocuparem excessivamente com alguns detalhes menos importantes e, de repente se esquecerem de outros que comprometam de verdade a diversão e mobilidade de seus amigos.

É preciso ter atenção e alguns cuidados para que todos os convidados se sintam acolhidos e aproveitem o melhor da festa… Nos casamos com uma pessoa, mas comemoramos com muitas!




“Levanta todo mundo!”

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Ok, o grito de levanta não é nenhuma missa ou culto religioso – mas quero falar sobre algo que muitos já devem ter visto ou ouvido falar: o aparelho “Up Rose”.

Mas antes de entrar preciso falar sobre algo mais amplo que a invenção do mesmo que é nossa a fragilidade.

Ao assistir as matérias sobre o tal aparelho para fazer os cadeirantes e pessoas com outras deficiências de locomoção, ficarem de pé, compreendi não só detalhes sobre a engenhoca, mas também o quanto somos frágeis. Sim, todos!

Fragilidade como dom – é fato que é através dela que tomamos consciência da nossa rápida passagem por aqui, da nossa finitude. E essa consciência pode ser impirtante para encarar e lidar cm limitações.

Mas vamos ao tema: quero apresentar a aqueles que ainda não conhecem, o aparelho de locomoção criado pela Rosana que, em 1991 viu sua mãe se tornar cadeirante devido a um acidente automobilístico.

A partir daí, foi incansável em dua sua luta e dedicação para redução de acidentes e alternativas para minimizar o sofrimento da mãe.

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Rosana sonhava em ver a sua mãe de pé exercendo novamente e de forma simples as tarefas diárias. E se dedicou exaustivamente a isso durante 19 anos .

Pouco antes de 2010 Rosana, filha da dona Rose, colocou em prática sua pesquisa e toda a experiência desses anos – e eis que o protótipo de um aparelho locomotor multifuncional, que permitia a mãe ficar de pé e se locomover – funcionou!!

É tão bom ver um sonho se concretizar, não é? Para homenagear a mãe, cujo nome é Rosa, ela batizou o aparelho locomotor multifuncional de “Up Rose”, que significa “de pé Rosa”

Logo ela abriu uma empresa para fabricar e comercializar o Up Rose – com o objetivo de disponibilizá-lo no mercado para o maior número possível de paraplégicos e tetraplégicos.

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Solidariedade e compaixão – talvez sejam as palavras para se definir esse amor da filha pela mãe. E esse exemplo de Rosana me faz entender o quanto somos Fortes, na medida em que podemos ver que a dor do outro não é menor que a nossa.

Aí quando nos identificamos com o sofrimento do próximo e tentamos minimizá-lo, atoora a vontade de fazer o bem.

Tenho esperança na força renovadora do bem, tenho esperanças no amor, tenho esperanças no ser humano e na sua incrível capacidade de atos grandiosos e sentimentos nobres. Parabéns, Rosana e dona Rose. E que venham muitos “Up!!”

Deixo aqui o contato caso queiram saber bem mais: (27) 9 9622 0844 ou up.espiritosanto@gmail.com

www.uprose.com.br

Até a próxima!