Há uma série de variáveis sobre esse assunto, algumas mais outras menos rigorosas – dependendo da ocasião e do grau de formalidade. Por exemplo:

Em restaurantes informais – e ocasiões sociais, os casais podem sentar-se lado a lado ou mesmo “de quina”: um em cada face da mesa quadrada.

Em uma ocasião de encontro de negócios – o recomendado é sentar-se um em frente ao outro (no caso de homem e mulher não casados e simplesmente colegas de trabalho). Para que se evite o ar de intimidade de quando estão lado a lado e possam se comunicar melhor frente a frente.

Em um jantar social – na casa de alguém, manda o protocolo que os casais casados sentem-se separados  embora não muito distantes uns dos outros  – ou seja: marido e mulher não se sentam lado a lado, mas podem estar próximos e em frente um ao outro.

Em um jantar informal – essa regra fica um pouco mais flexível: mas é indiciado sempre intercalar homens e mulheres – podendo sentar juntos casais que façam questão disso.

Em jantares oficiais – ou mais formais, casais casados são separados e sentados conforme a hierarquia de cargo de cada um – sendo que, sempre as mulheres, por uma certa cortesia, não devem ser colocadas nas extremidades das mesas e muito menos nas cabeceiras onde ficariam expostas e isoladas.

Prismas em jantares informais – em um jantar ou almoço na sua casa, a partir de uma mesa de 10 pessoas por exemplo, você já pode colocar prismas. Mas, por favor, escritos a mão! Aliás, essa é a regra para todo tipo de jantar – dos informais, ao comercial na empresa e até o oficial protocolar.

Sabe por que? Porque, além de mais elegante e personalizado (em casa mostra que a dona ou dono da casa ocupou-se pessoalmente e escreveu cada cartão), fica mais fácil de fazer alguma mudança ou substituição de última hora. O que já não acontece com cartões impressos, como o da foto abaixo – está lindo, mas se esse convidado faltar, não haverá como fazer a substituição…

Longe de ser uma frescura, os prismas sempre agradam, pois com eles, quando chamar seus convidados à mesa todos percebam o capricho com o qual você pensou em cada um deles! Ao designar um lugar ao lado desta ou daquela pessoa, seu convidado se sente prestigiado, pois poderá ter mais afinidades e desfrutar melhor de tudo.

Material e formato – os prismas tanto da mesa quantos dos lugares individuais à mesa podem ser em papel cartão um pouco mais encorpado. Os individuais são dobrados ao meio para que se sustentem em frente ao prato de cada um dos convidados.

Já os prismas maiores, podem ser colocados em suporte mais decorativo e/ou funcional como uma moldura em acrílico ou metal prateado .

Em jantares ou almoços mais informais sejam na empresa ou na sua casa pode-se escrever apenas o primeiro nome do seus amigos ou convidados. Já, em jantares formais ou mesmo quando há duas pessoas com o mesmo nome de batismo, é preciso nome e sobrenome. Mas apenas isso, tá? Nada de cargo, ou senhor e senhora. Nome e sobrenome bastam.

Pode parecer antiquado, mas, em negócios existe uma hierarquia e um jogo de interesses, daí a importância de um bom “plano de mesa” (indicação dos lugares dos convidados).

Ele pode ser feito na hora, de maneira informal pelo anfitrião, ou através de pequenos prismas de papel colocados a frente de cada lugar. Em reuniões sociais, já vi até mesmo prismas com uma foto do convidado indicando o lugar: é muito simpático, mas apenas para ocasiões informais.

No livro “Os bastidores da diplomacia” do Embaixador Guilherme Luiz Leite Ribeiro, há todo um capítulo a esse respeito onde ele dá as seguintes dicas:

1 – procure acomodar seus convidados em mesas redondas e para que a conversa circule melhor.

2 – certifique-se de que haja pelo menos um poderoso (ou que se sobressaia em determinada área de atuação) em cada mesa.

3 – evite colocar mais de dois poderosos na mesma mesa;

4 – não coloque um homem ou mulher  poderoso/a junto de um colunista (jornalista ou blogueiro) –  porque ele pode tentar usá-lo como fonte, constrangendo-o em sua festa.

5 – certifique-se de quem está ao lado dessa pessoa de mais poder ou influência não ignore a sua importância.

6 – se for uma recepção só para empresários, deve-se tomar o cuidado de colocar, em alguns dos lugares principais, até mesmo os menos representativos para não provocar ciumeiras.

7-  na dúvida sobre a ordem de precedência, ou caso haja algum “empate” de cargos e idade, conceda sempre o melhor lugar ao menos preparado socialmente – e dê uma explicação sincera ao preterido, que, mais inteligente, compreenderá…

A questão da posição dos convidados a mesa é tão significativa que o diplomata brasileiro ainda cita Spruille Braden, no livro “Diplomats and Demagogue” que faz a seguintes sugestões para quem não estiver feliz  com o local que lhe foi designado:

Ao sentar num lugar de posição inferior você sempre pode:

a)  de repente, fingir sentir-se mal e voltar pra casa

b)  andar em torno da mesa e, quando lhe indicarem onde deve sentar, responder “Oh, não, não pode ser” e se posicionar atrás da cadeira no lugar correto. Em geral a anfitriã pede desculpas e o muda de lugar.

c)  aceitar o erro mas não tocar na comida – e voltar pra casa logo após ela ser servida.

Ok, essas regras ficaram um pouquinho mais flexíveis – mas acredite, quando trabalhava no Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, vi e ouvi  mais de um empresário ou político influente perguntar onde iria se sentar antes de confirmar sua presença.

Pois é: apesar de seus convidados serem educados e não demonstrarem na hora, pode ter certeza de que reparam sim – onde se sentaram e com quem conversaram – durante qualquer tipo de reunião de trabalho.

Atente para isso – além de não ser complicado, o retorno da satisfação de seus parceiros de negócios será sucesso garantido!

Mesa redonda: facilita a conversa e inclui todos os presentes.

Poderia ser um relógio. Ou uma instalação artística para a bienal. Ou ainda um jogo de paciência daqueles em que substituímos as cartas por objetos. Mas era uma mesa pseudo colocada e pronta para o café da manhã em um hotel 6 estrelas de Natal.

Ora, não me acho dona da verdade, mas não acredito em inventar o que está dando certo. Ao criar esse layout (que pode até parecer bonitinho e geométrico para alguns) e colocar todos os talheres em distâncias iguais e misturados, não dá para entender onde começa um lugar e onde termina o outro.

E pior: é pouco prático mesmo. Os lugares colocados com a colher e faca a direita são pensados assim para facilita que peguemos o talher (pensando na maioria de destros) sem grandes acrobacias. Dessa forma o lugar fica perfeitamente delimitado evitando enganos e invasão ao do vizinho. Como na foto abaixo.

Porcelanas Schmidt Filete Ouro em mesa natalina.

Agora me conta: o que fica melhor; uma mesa colocada com os talheres em seus lugares convencionais – como essa acima – ou essa confusão de peças espalhadas aleatoriamente pela superfície?

Na dúvida, não invente. Tente novamente- é mais fácil.