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A Diva Discreta

Afinal de contas, não foi apenas o fato de ser Rainha que a tornou tão popular mas, seu mérito e esforço próprio que transformaram uma monarquia impopular em um fenômeno quase unânime, e melhor: totalmente Pop, a ponto de ter se tornado o maior produto de exportação da Inglaterra.

Antes que você diga que odeia a monarquia e não concorda com ela, afirmo que concordo com você, exceto… no caso da monarquia Britânica. E ainda assim, até o presente momento, graças a impressionante, Lilibeth.

Que outra mulher conhecemos na história com tantas e tão grandes conquistas pessoais?

Começo difícil – ao ser coroada Rainha, Elizabeth, que jamais se preparara para isso, além de despreparada, era muito jovem e teve que enfrentar um bando de homens que se opunham a uma regente mulher e, para piorar inexperiente. Imaginam a pressão? Em casa, o marido não era exatamente um primor de fidelidade e bom comportamento e, além de administrar filhos, teve que aprender a dirigir a locomotiva com o trem andando.

Humildade e bom professor – sua Majestade era muito disciplinada. Verdade que teve como Mestre o formidável Winston Churchill primeiro-ministro e mentor, que lhe segurou as pontas até que acertasse o passo. O que ela fez com discrição e graça – suas maiores virtudes, pelas quais a humanidade se lembrará dela por séculos futuros.

Uma vez, independente, jamais deixou de mostrar consideração a todos os que dela dependiam, ou que para sua família trabalhavam. Seus “súditos” eram a prioridade e Missão de vida que jamais desrespeitou – ao contrário. Muitas vezes foi criticada por não se dedicar com o mesmo afinco a “se aproximar” de seus filhos etc…

Rainha ou Diva – Elizabeth II da Inglaterra nasceu princesa e tornou-se Rainha por destino. Mas, foi por mérito próprio e muito esforço e trabalho que conquistou o patamar de Diva Pop. Que não é para qualquer um veja só:

Existem mulheres Poderosas e Pioneiras, que ousaram quebrar tabus e conquistaram o poder a custa de muita coragem e audácia como Mahala,  Golda Meir e tantas outras que, ao longo da história desafiaram os preconceitos e se instalaram em postos de muito poder e prestígio.

As Poderosa por voto popular como Michelle Bachelet, Angela Merkel e outras, democraticamente eleitas. E as Poderosas e Belas,  como Marilyn Monroe, Giselle Bundchen,..

Duplo ou triplo Poder – há mulheres agraciadas com doses extras de poder: Carla Bruni por exemplo, nasceu rica e bonita. A Princesa Diana nasceu nobre, bonita, virou princesa, e ficou muito popular. Mas não tinha um milésimo da pressão e exposição da sogra nas costas.

Já Elizabeth, viveu suas 9 décadas de vida como uma grande corrida de obstáculos – todos superados graças a sua tenacidade e compostura. E haja compostura para lidar com tanta exposição, filhos e netos rebeldes e/ou cobrando posição, uma nação sempre dividida e ainda ganhar, ano a ano no quesito respeito e carinho dos súditos.  Diva, sim! E discreta até o último suspiro.




Gafes da Claudia

Relato aqui duas das minhas preferidas, com o finado e elegante Governador Claudio Lembo, em cuja gestão fui nomeada a convite de José Serra, que o sucedeu.

Rainha Elizabeth II – Visita a Campinas, São Paulo 1968 (foto: mre-gov.br)

O quarto da Rainha – em minha primeira visita ao Palácio, Claudio Lembo, gentilmente, fez questão de mostrar todas as dependências  do Bandeirantes.

Na ala Residencial, estávamos no dormitório em que pernoitou, na década de 60, a Rainha Elizabeth II do Reino Unido, até hoje chamado de “quarto da rainha”. Que poderia ser chamado “quarto do monge”, tal a frugalidade mobiliária.

Quando me falou que sua majestade havia ficado hospedada lá disparei:

“Credo Governador, a Rainha ficou aqui?! Mas parece um Ibis!” falei, referindo- me a cadeia de hotéis famosa pela sua simplicidade funcional.

Perplexo com a comparação ele perguntou espantado e divertido: “É muito grave?”

Acabamos rindo juntos, concordando que hoje, os quartos modernos dos Ibis saem ganhando disparado do quarto da Rainha.

Posse do Governador José Serra 2007 – Assembleia Legislativa (foto: Arquivo do Governo do Estado de São Paulo)

A 1ª Posse- Sorte de Principiante – minha primeira missão importante no Palácio dos Bandeirantes foi organizar a posse do Governador – que ocorre no dia 1 de janeiro.

Para os que organizam é um mico sem fim por um motivo técnico seríssimo: na véspera, há comemorações de grande porte por toda a cidade, estado e país – por conta do Réveillon e todo o tipo de serviço (montagem, som, iluminação, bufê, garçons, recepcionistas – tudo!) fica comprometido.

Durante a Posse tudo é importante: o discurso do Governador eleito, sua aparência, quem ele cumprimenta, encontra e/ou conversa. Quem está presente (e de quem notou-se a ausência) …

Sabendo da delicadeza da missão, pus-me a trabalhar focada no envio de convites, preparação etc. Estávamos no dia 26 de dezembro quando recebo um telefonema do Governador Lembo: “Você esqueceu de mandar um convite”

“Pode dizer Governador, quem faltou?”. Adrenalina a mil, pois diariamente recebíamos nomes de pessoas que não poderiam ser esquecidas. Levei um choque quando ouvi: “Eu. Até hoje não recebi nada”

Gafe! Aflitíssima consultei Dalva há 28 anos à frente do mailing do Cerimonial. Que respondeu calmíssima.

“Não cabe o Governador receber convite, ele está convidando para a festa do Governador eleito Serra, o evento é em sua Casa aqui no Palácio, não teria porquê receber…”

Consciente de que havia sido vítima de uma pegadinha, subi ao gabinete para apresentar o convite ao Governador .

Ele, por sua vez  examinou tudo longamente, elogiou papel, formato e cada detalhe do texto, sempre com um olhar meio travesso. “Gostei” – disse finalmente –  “pode mandar.”

Saí da sala atarantada: mandar para ele? Os demais haviam sido expedidos há semanas… Só no meio da noite – insone – entendi a mensagem. Lembo, a sua maneira elegante, me fez entender com toda sutileza que, com a correria, eu havia ignorado uma regra de cortesia básica: mostrar o convite ao dono da festa para sua aprovação…




7 hábitos estranhos da Rainha da Inglaterra

Eis alguns dados interessantes sobre a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Alguns parecem não ter lógica, já outros, dão um toque ainda mais folclórico à sua imagem.

 

Não viaja sem um suprimento de sangue – esse é obrigatório no caso de qualquer chefe de estado ou membro da realeza em viagens. Há sempre um médico pessoal viajando com a Rainha.

E com ele, um kit de primeiros socorros, um desfibrilador e um suprimento de sangue para para o caso dela precisar de uma transfusão de emergência.

 

A Rainha odeia gelo em forma de cubinhos – ela se incomoda muito com o barulho do gelo no copo. Por isso, as bebidas servidas em sua presença sempre são servidas com gelos em formato de esferas.

Sempre leva um ganchinho na bolsa – na bolsa da rainha você não vai encontrar coisas comuns. O que você sempre vai encontrar é um gancho, para pendurar a bolsa embaixo da mesa.

Não gosta de homens de barba nem de gravata borboleta – seus funcionários costumam estar sempre de barba feita. O único que foge a essa regra é o seu neto, Harry, Duque se Sussex. Ela tentou lutar contra isso, mas perdeu essa. E também não gosta de colete ou gravata borboleta em homens, principalmente as que já vem prontas.

Numera todos os vestidos – isso acontece porque a rainha gosta de manter tudo sempre organizado e porque toda roupa é registrada em uma revista. Como ela gosta de cores fortes e cortes clássicos, é muito fácil confundir qual foi usado quando.

Nunca toma sopa ou come batata – claro que esses pratos são servidos no Palácio de Buckingham, mas nunca quando a rainha está sozinha. Ela não gosta de batata e evita comer carboidratos.

Tem uma amaciadora de sapatos real – uma mulher com o mesmo tamanho de pé usa os sapatos da rainha antes para deixá-los mais confortáveis.

Qual hábito você achou mais inusitado? Consigo entender quase todos, tirando o fato dela não gostar de homens barbados.Mas gosto, já sabemos, não se discute…