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Como come?

No quesito “Refeições” podemos dizer que temos sim, não uma Etiqueta Brasileira, mas uma que podemos chamar de “regional”. Sim pois, com uma gastronomia rica e variadíssima, nosso país continental, oferece várias alternativas de “Como comer” os muitos pratos regionais – que por vezes mudam de nome, mas não de sabor, ou ainda, com o mesmo nome podem surgir em outra região completamente transformados.

Ora, de todos os sentidos, para mim, o paladar é o mais completo – sem falar nas delícias que, literalmente nos oferece!

Sim, começamos a degustar qualquer alimento muito antes de colocá-lo na boca: pelo aroma, que nos faz salivar quando sentimos determinados perfumes, o tato, que complementa a sensação que temos ao degustar e, muitas vezes, apenas olhar um lindo prato, é o suficiente para nos dar água na boca…

Os pratos que comemos na infância (ou em momentos de alegria e plenitude) são sempre nossos preferidos não importando seu sabor, mas a lembrança a que nos remetem.

Mesa, lugar sagrado –  a razão desse conceito que persiste em muitas casas, é que a comida, receitas, reuniões a mesa e os ingredientes usados em cada lugar são aspectos muito específicos de cada cultura. Há países em que, comer com a mão é a norma.  Já, em outros, é considerado falta de educação. Assim como existem alguns alimentos que só podem ser comidos com as mãos e outros em que é impossível fazê-lo. Arrotar a mesa em algumas culturas é um grande elogio ao chef, já em outras, uma grosseria.

Todo esse papo é para mostrar que seria impossível saber tudo sobre todas as receitas do mundo todo – não existe certo absoluto quando falamos de paladar. Nem totalmente errado. Depende de tanta coisa e, vamos combinar, para que tanto rigor ao rotular o prazer de degustar qualquer iguaria?

No entanto existe sim, uma tradição cultural e regional que, essa sim, deve ser respeitada. Não como regra de etiqueta – que pode variar muito – mas como sagrada tradição, importante de ser mantida, pois é o mais importante vínculo do ser humano.

É com comida que celebramos nascimentos, dias santos e matrimônios. Em volta da mesa, com diferentes receitas, as pessoas se reúnem vida afora: brindam, flertam, namoram, falam da escola das crianças, fazem planos para o futuro, discutem política, sonham e se consolam em momentos difíceis.

A comida e os sentimentos que desperta, fala com as pessoas – e vai direto ao que lhes é mais sagrado: suas lembranças mais afetivas e antigas. Acredito ser importante entender a história da nossa comida regional, e, por esse motivo, em breve apresentarei um a pesquisa recém terminada que fiz para explicar nossos pratos, como servir e comer.

Foi uma linda viagem por lugares que já conhecia, mas com um outro olhar. Um trabalho coletivo a quem antecipadamente agradeço ao Chef Carlos Ribeiro pela preciosa consultoria enquanto elaborava esse trabalho.




Staff – uma festa a mais nos casamentos

 

O  fato é  que os donos das festas não apenas tem uma despesa extra como ainda ficam obrigados a inúmeras exigências dos músicos/artistas e outros fornecedores.  Alguns exigem “jantar antes de começar sua apresentação ou serviço” Outros, como algumas bandas, pedem vários itens no camarim (sim, camarim é necessário para as bandas)… E todos com expectativas que deixam as Cerimonialistas malucas – com razão.

O que fazer?– muitas acabam contratando um serviço simples exclusivamente para  o staff. Sim pois, se deixar por conta do bufê principal, eles acabam se dividindo e  atendem mal tanto o Staff como os convidados. Daí a solução de manter um serviço independente.

 

Stella Lacerda, que atua  em Vitória  diz que não existe muito esse problema pois, mediante o numero apresentado de pessoas extras em serviço, os bufês cobram metade do preço por pessoa. Os anfitriões já estão acostumados com este procedimento e entendem. Em outras regiões, como São Paulo e Rio muitos bufês tem um preço especial para staff que custa, na média de R$40 a 50. Nesse caso basta arruma um local no espaço para que seja feita a refeição.

Combinado sai barato – é preciso sempre, desde o início da concepção da festa, passar para os noivos o custo total – para que possam pensar no projeto já com ter ideia do valor que irá pagar.

Solução independente – outra alternativa é fazer com que  as empresas de bar, som e recepcionistas assinem um contrato onde a alimentação é por conta deles. E pronto. Em caso de banda atende-se a exigência de camarim e, lá dentro mesmo é servida a mesma comida oferecida aos garçons. Isso elimina o fator “administração de um espaço  e bufê extras”. Mas pensa que resolve? Muitos deles, aliás, quase todos, sentem-se discriminados…

Menos, gente, muita calma– os casamentos tomaram uma proporção de tamanho protagonismo que até os profissionais que nele trabalham tem ataques de diva! Será que não entendem que estão ali para trabalhar? Que mistura de canais é essa? É como se o bombeiro ao chegar no incêndio exigisse, na hora de usar a mangueira de água, fazer um lanche antes!

A palavra final foi de Roberto Cohen, Mestre dos craques: se não está no contrato não se serve comida. Simples assim. Está achando tudo muito complicado? Então pode se casar no centro oeste onde, segundo Izis Dorileo, referência em casamentos da região, o bufê da noiva não costuma cobrar. E ficam todos felizes…

 




Cardápio ou Menú – Qual a diferença?

O cardápio  é o que nos oferecem no restaurante com a lista de tudo o que é possível de ser servido  e de onde escolhemos alguns ítens.
Já o Menú é o que é apresentado nas refeições sociais ou comerciais mais formais com a lista do que  será servido de fato: aquele em que explica a ocasião que esta sendo celebrada e coloca – se por ordem de entrada o que será servido.
 Embora muita gente ache que é a mesma coisa, há uma diferença entre menu e cardápio. E a forma como são usados pode parecer um detalhe mas faz diferença no curso de uma refeição – seja ela de negócios ou não, informal ou oficial.

O cardápio –  é o que nos oferecem no restaurante com a lista de tudo o que é possível de ser servido  e de onde escolhemos alguns ítens.

Muitos restaurantes hoje apresentam cardápios em tablets – a ideia é facilitar a escolha do cliente e seja na versão impressa ou eletrônica o importante é saber que podemos contar com o maitre ou garçom para tirar eventuais dúvidas.

Mas tirar a dúvida é uma coisa, já, pedir que eles desfiem toda lista de alternativas de pratos com os respectivos acompanhamentos é de uma falta de sensibilidsde atroz! Ninguem merece isso e acredite: não ajuda em nada a agilizar o serviço a seu favor.

Cliente inconveniente: é aquele que não entende que nem sempre é possível fazer muitos ajustes aos pratos para adequa-los ao seu paladar. Uma coisa é pedir para substituir os legumes por uma salada . Outra muito diferente é pedir que o molho putanesca (que provavelmente já está pronto) venha sem as azeitonas picadas…

Simplifique: aprenda a consultar o cardápio assim que o tiver em mãos –  e decida logo o que vai pedir  ou quais dúvidas vai dirimir ) e só então chame o maitre. Esse expediente economiza o tempo de todos. E aí, escolhas feitas, todos podem relaxar e conversar até chegarem os pratos.

O Menú – é o que é apresentado nas refeições sociais ou comerciais mais formais com a lista do que  será servido de fato: aquele em que explica a ocasião que esta sendo celebrada e coloca – se por ordem de entrada tudo o que será servido, inclusive os vinhos.

Pode ser em papel cartão mais grosso ou cartolina, em geral é impresso e colocado em cada lugar de modo que cada convidado possa consultar  ou mesmo intercalado a cada dois ou três lugares. Quando é individual, frequentemente é em tamanho menor e tem apenas uma face que pode ser disposta sobre o guardanapo ou sobre a mesa.

Já, quando há mais espaço, em mesas mais formais e maiores, ele pode ser duplo e colocado em pé de modo a se integrar a decoração. Muitas vezes, em jantares com convidados estrangeiros encontramos um menú bilingue – e não é frescura mas uma grande gentileza para com os convidados de outra nacionalidade que não falam nossa língua…

Quase a la carte – o Menú serve justamente para preparar os convidados para o que será servido e, muitas vezes vem com uma ou mais opções para cada uma das etapas da refeição – da entrada a sobremesa.

Nesse caso, o garçom de cada mesa anotará quais as escolhas de cada um antes de chegar com os pratos já servidos. No caso de o serviço ser a francesa, a comida chegará em travessas para que cada um se sirva do que preferir. E, mais uma vez o Menú ajuda pois basta esperar o momento em que será servida a nossa escolha.

Ok, todo esse papo pode parecer o detalhe do detalhe mas, pessoalmente, de-tes-to passar quase uma hora comendo pães e pastas do couvert porque a galera  não se organiza para pedir logo o cardapio ao garçom e fazer o pedido sem demora…