1

Até que ponto você sabe receber elogios?

Vamos lá: elogio é coisa boa. Não é cantada (embora possa até ser) e deve ser recebido com leveza, certo?

Elogio é como presente – aliás, elogios são verdadeiros presentes – que as pessoas não têm a menor obrigação de oferecer, certo?  E, embora haja os que ficam sem graça, está para nascer a pessoa que, sinceramente se incomoda com um elogio. É como chocolate: todo mundo gosta – o que varia é o teor de cacau, açúcar etc.

A vantagem – ao contrário de presentes, elogio não tem data nem momento certo para acontecer – o que torna o fator surpresa extremamente agradável, ou não? Além disso, não custam nada: apenas um olhar mais atento ao outro e ao mundo – o que só pode ser bom…

Mas, vamos lá: dizer que “não precisava” é péssimo. Quase nunca precisa, mas, se foi feito, há uma vontade de reconhecimento do que o outro pensa de você. Portanto, agradeça. Sempre. Não deixe passar em branco por falta de jeito.

Obrigatório agradecer – sim, precisa! E ao fazê-lo, não quer dizer que você se acha o máximo (ou o que foi elogiado). Apenas que você tem prazer em ouvir o que acabou de ser dito

Aliás esse um péssimo hábito que confundem com “ser modesto!”. Jamais faça pouco do que foi elogiado – é o mesmo que fazer pouco de quem elogiou. Simples assim.

A pessoa amou sua roupa e você responde “Essa!? Nossa super velha, uso só pra ficar em casa.” O outro fica com cara de ovo…

A resposta certa: “Também amo e apesar de já ter 10 anos, não desapego, me sinto super bem com ela.”  Bingo! A pessoa se sente na sua sintonia!

Tipos de elogios – temos o público e o privado. Em público, requer mais atenção de quem faz, mas, quem recebe, agradece igualmente – e é muito bom que os outros testemunhem essa admiração, concorda? Elogios privados, olho no olho, são sempre muito efetivos pois não dá para ter dúvidas de que acertamos em alguma coisa…

Elogios profissionais e sociais – os sociais tiramos mais de letra, concordo. Já os profissionais, por terem uma inferência que envolve jogo de poder e ciumeira devem ser objetivos e sóbrios. Mas, novamente: agradecer é importante. Aceitar como algo que você merece, sim. O que se pode evitar (para não causar mau estar) é repercutir demais entre colegas etc.

Elogios a coisas, pessoas e caráter – É mais fácil receber elogios sobre uma linda roupa do que sobre nosso caráter ou algum gesto que fizemos. Massss esses últimos, por mais raros devem ser recebidos como um privilégio – o mesmo que provavelmente causou essa reação.




Festafobia ou timidez?

Para quem um desconhecido não é um “amigo que você ainda não encontrou”, mas te aprisiona em uma conversa penosa e desnecessária e te impede de mergulhar nas suas preferências.

Definição de Introvertido – pessoa que se esgota e sofre com qualquer interação social. O extrovertido é o oposto: ele floresce em meio as pessoas. Ora, se a indicação para quem gosta de festa é não se privar de nenhuma, para quem é caseiro, a receita deveria ser o oposto. Só que não.

Inventamos mil desculpas e nos consumimos em culpa quando não vamos!  Justificamos demais – até quando não é preciso – o fato de preferir ficar quietos em casa em vez de pulando em alguma balada. Pois é: o mundo das redes sociais e da super exposição é cruel para com os mais reservados.

Dando a volta nos hiper – a boa notícia é que temos o direito de dar uma enganada nessas pessoas que a tudo comparecem.  Abaixo, algumas dicas, que podem ajudar, pois funcionam!

Diga não sem culpa – escolha quais eventos vai declinar e dê prefrência aos mega, ou aqueles que em nada vão agregar. Os muito distantes, de logística impossível etc. Dito isso, ainda sobrarão vários, nesse mundo de volta ao frenesi presencial. Feito isso, trace sua estratégia de batalha e siga meticulosamente.

Vá , entre e se jogue na festa

Vá, entre e se jogue – sim, assim mesmo. Logo que entrar,  já cumprimente os donos da casa e todos com quem topar pelo caminho, fazendo-se notar. Assim ninguém vai perceber quando você fugir –  com sorte, em pouco menos de uma hora… Decore frases de efeito e jogue-as ao vento o tempo todo: “ Nossa que bom te ver”, “Quanto tempo, me conte como está tudo”, “Como vão todos em casa?”. Ditas com sorrisos e simpatia, e em tom mais alto, bastam para que te notem. De uma volta no salão, respire e, se quiser, saia o quanto antes.

Pergunte muito – uma variação da entrada ruidosa – mas aqui podemos agir discretamente: cole em um grupo e pergunte tudo o que te ocorrer sobre o assunto em pauta. O sujeito se anima, fala, fala, e você só precisa fazer ruídos e cara interessada. E ainda será lembrado como a pessoa simpática que “fala de tudo”…

O banheiro como solução para o descanso

Vá ao banheiro –  é uma das minhas preferidas e utilizo muito! Peça licença e diga “Volto já, vou ao toalete” ninguém pode ter nada contra isso. E, uma vez lá dentro, curta o alívio do barulho e falação! Aproveite, respire e, quando sair, dê uma volta a sós por cantos não descobertos da casa ou local.  E vá embora na sequência.

Finja um desmaio

Desmaie – essa é só em desespero de causa e não podemos utilizar demais. Infalível, te dá o pretexto ideal para ir para casa. Acredite, é mais fácil que parece, afinal, esse tipo de reunião para pacatos como nós, tende a trazer tamanho sofrimento que desmaiar é a penas um reflexo natural daquela intensa  aflição.