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Claudia Matarazzo em Balneário Camboriú

Na última terça-feira (07) o hall da AJRealty, no Balneário Shopping foi palco para o lançamento do livro Mesa Brasileira: guia para servir e degustar nossa comida regional. Com a participação da queridíssima, Renata Kauling, que é catarinense.

Confira abaixo alguma das matérias que saíram:

Livro Mesa Brasileira é lançado no Balneário Shopping

Claudia Matarazzo lança livro com participação de empresária catarinense

Social da Semana

Livro “Mesa Brasileira” é lançado em Santa Catarina… 




O que vou buscar quando viajo

Acredito que toda viagem é uma busca por pedaços de nós mesmos. Muitos dizem que viajar é maravilhoso. Eu concordo: sim, é uma das melhores coisas que podemos fazer. O que iremos levar? Excesso de peso tem um preço, e tem metáfora mais adequada para a vida? O que carregamos além da conta nos consome, seja na nossa saúde física ou mental.

De malas prontas, seguimos para o embarque. O meio não importa tanto: todos eles trarão algum desafio a ser superado. Seja o medo que a jornada nos apresenta, seja a dificuldade da espera, seja a ansiedade por chegar logo. Vencer todos esses obstáculos é parte do roteiro.

E se escolhermos fazer todo o trajeto apenas em uma companhia: a nossa? Iremos nos deparar com perguntas recheadas de surpresas, quase inquisidoras: você está sozinha?

Abrindo um grande parênteses – perguntas como essa carregam milhares de camadas de julgamento, preconceito, desqualificação e até mesmo, desaprovação. Sou mulher e viajo sozinha. Sou alguém com deficiência e viajo sozinha. Sou adulta e viajo sozinha. Sou Mariana e viajo sozinha. Por que tanta surpresa?

Quando descobrimos que temos asas, a primeira pessoa a se surpreender é a gente mesmo. E, a cada voo que dou, percebo como minhas asas crescem. Diante do óbvio, nos resta sorrir. E continuar desejando para que as pessoas consigam ter outras curiosidades. Podem perguntar como estou me sentindo ao conhecer um novo país, se gostaria de companhia, já que estou sozinha, se aceito tomar um café – e saiba que para essa última, a resposta é sempre sim.

O que trago na bagagem – Dizem que viajar é a melhor maneira de romper alguns preconceitos. Eu, mais uma vez, concordo. Nos últimos dias, vivi a utopia de estar em um lugar que entendeu o quanto a inclusão não é algo a ser feito. É parte do que se espera de uma sociedade que percebe as diferenças e as aceita, tornando possível a todos o exercício do viver. Quando viajo, me adapto a novos lugares, horários, rotinas. Me incluo em uma nova cultura. Aceito o que parece estranho. Me abro para o desconhecido. E me encontro naquilo que me faz tão igual e tão diferente de cada um de nós.




Fernando de Noronha: nem paraíso nem ecológico…

 

Claudia Matarazzo, usando óculos escuros , grandes, está junto a proa de um veleiro que navega pelo mar de Fernando de Noronha, num dia límpido de muito sol.

Paraíso preservado e tratamento de luxo – é essa a referência que mais ouvimos quando se fala de Fernando de Noronha.

É coisa nossa e, quem me acompanha, sabe da minha paixão pelo Brasil e de como priorizo destinos nacionais antes de me aventurar fora do país.

Comprei o passaporte que supostamente dá direito a todos os passeios. Não é barato mas, com a tal carteirinha, a promessa é de acesso livre ao paraíso.

Mas, de cara, ao tentar marcar o primeiro passeio, (sim alguns você tem que marcar) soube que estava lotado naquele dia. Ôps! Como assim?

Veja bem: é uma reserva e coisa e tal, mas atracam navios. E, quando atracam navios (ainda que relativamente pequenos), tudo fica mais caro, mais complicado e pior: esquecem que você entende, desde que nasceu, o famoso jeitinho brasileiro. E que não vai ser enganado – ou passado pra trás – com um sorriso simpático.

Um exemplo: a carteirinha dá acesso a tudo – mas em alguns lugares você tem que marcar a visita. Os que não precisa marcar, você só pode entrar com a presença de um guia – que custa outros cerca de R$70 a 100. E isso ninguém explica quando você compra o pacote.

Imagem da gruta de Fernando de Noronha vista de um veleiro que navega pela região. Ao fundo montanhas com muita vegetação e entre elas uma pequena gruta. O mar no seu azul brilhante .

Serviço caro e sem qualidade – qualquer viajante em um destino exclusivo sabe que vai pagar por esse luxo.

Mas me irritou cobrarem mais R$30,oo por um guarda sol na praia deserta e mais  R$20,00 por uma cadeira. O mesmo que se cobra em euros em Capri e outros paraísos internacionais.

Com a diferença que em Capri, você tem uma espreguiçadeira dobrável, com cobertura,  e passa todo o dia protegido do sol com um serviço de bar e restaurante que chega onde estiver.

Já lá, você se vira com a cadeira baixa e dobrável. O serviço é o ambulante local que estiver por perto e que, na maior boa vontade vai te trazer uma cerveja ou refrigerante se puder ou tiver (e muitas vezes não tem).

Ecológico mas nem tanto – no Rio de Janeiro, a maior parte do quiosques de praia já usam canudinhos biodegradáveis – ou não usam mais. Em Santos, São Paulo virou lei: todos os bares tem que ter canudinhos ecologicamente corretos  sob pena de multa. E já estão mudando. Então como é que, em Noronha, autoproclamado paraíso preservado, ainda se usa canudos plásticos na grande maioria dos estabelecimentos inclusive nas praias (desertas, sim, mas com refrigerantes e pequenos comércios perto)…

foto do angulo superior de dois copos com chá de maça, com muitas pedras de gêlo e folhas de hortelã e decorando um canudo colorido.

Porque vale a pena – ok, a natureza e o talento das pessoas salvam  a ilha do espírito meio mafioso que se percebe permeando as relações.

Restaurantes não faltam em Noronha mas o despretensioso Saviano se destaca: tem um peixe ao forno sensacional. E o Mergulhão, ao ar livre com uma das melhores vistas da ilha, logo acima do porto, é obrigatório por seus petiscos caprichadíssimos e caipirinhas idem.

Com o detalhe que você desce a pé e pode nadar na praia do Porto – limpíssima e sem ondas fortes.

Peixes, tartarugas e vida marinha – não fui até lá para comer, mas para ver a natureza. Porém, devido a imensas dificuldade em entrar em reservas e piscinas naturais mergulhei apenas duas vezes.

Peixes e tartarugas lá estão, além de mergulhões e outros pássaros mas, de verdade? Existem praias maravilhosas e peixes igualmente coloridos por toda a nossa imensa costa. E em lugares sem pretensão a paraíso – e por isso mesmo mais autênticos.

Claudia Matarazzo, numa das praias de Fernando de Noronha, usa cabelos presos , usa também uma saida de praia florida e um top azul. Usa óculos escuros grande e sorri.




Mais paciência para não pagar mico em aeroportos e avião

Parece que basta sentirem-se anônimos e frente a gente que não conhecem que afloram uma série de pequenas neuras que incomodam e contagiam todo mundo dentro da aeronave ou do saguão do aeroporto.

Falta incorporar alguns gestos simples mas que melhoram muito a vida de todos no aeroporto e avião:

Fluxo e trânsito livre – uma vez a bordo, arrume suas coisas e saia do corredor rapidamente.

Não chame o serviço sem motivo – se puder aguentar até a o comissário passar, evite chamar para perguntar detalhes sobre coisas que podem esperar como o cardápio, os filmes a bordo etc…

Na hora de descer  e sair do avião –  espere no corredor e deixe a pessoa a sua frente sair da poltrona e pegar a bagagem – senão ela terá que esperar todo mundo sair até que alguém seja gentil e lhe devolva a vez (porque a vez era dela de sair e quem está atrás, muitas vezes simplesmente atropela, passando pelo corredor e impedindo que as pessoas possam pegar suas coisas, etc…)

Na esteira de bagagem – ao reivindicar sua bagagem, não fique colado na esteira atrapalhando quem está pegando a mala. Dê um passo adiante só quando você vir sua mala.

Nem é tão difícil né? Mas muita gente comete esses erros no aeroporto achando apenas que está sendo esperto ou eficiente. Um pouco de paciência e cortesia – seja em vôos de lazer ou de trabalho – só pode ajudar e melhorar o clima.




Top dicas para aproveitar bem um Cruzeiro

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Aqui, passagem, comida e lazer estão combinados a boa companhia e programação gratuita garantida mesmo em dias de navegação.

Mas, se você gosta de sossego é preciso saber – e usar alguns truques para viajar em um navio com mais de duas mil pessoas a bordo. Assim você não se decepciona ou estressa sem necessidade.

Não espere glamour – hoje não há nada de glamuroso em um cruzeiro como nos filmes antigos. O que existe é organização, planejamento e uma série de regras que, quanto antes você conhecer melhor.

Pouca bagagem – meeesmo! A cabine que é pequena e facilita geral! Uma mala média e uma sacola grandona para ir a piscina e usar no dia do desembarque quanto pedem que se deixe a mala fora da cabine na véspera…

 Pontualidade no Check in –   ganhe tempo e faça o check in online, mas ele só é liberado depois das 11 da manhã e encerrado rigorosamente 2 horas antes da partida!

Nome em tudo – identifique toda bagagem – ela é retida no embarque e levada para a cabine bem depois. Você não ai querer que extravie logo de cara. (Entendeu a importância da maxi sacola com você?)

Figurino versátil – leve roupas que combinem entre si, e pelo menos um modelo mais formal para uma eventual noite de gala – que na verdade só exige um vestido mais caprichado e camisa social para os homens. Nesse momento, chinelos e bermudas não rolam.

Horários e turnos – existem turnos para a comida por e você escolhe o seu de acordo com seu temperamento.

O segundo turno permite estender mais tanto os passeios matutinos quanto a programação de lazer a tarde. Já o primeiro, te libera antes para o que quiser fazer : descansar depois do almoço ou dormir mais cedo ou se preparar para a balada a noite.

imagem mostra notas de 50 reais e moedas de 1 real e 50 centavos.

All inclusive? – informe-se bem sobre o que está incluído a bordo e em que moeda. Alguns gastos podem ser em dólar e é preciso se programar.

Aproveite a cabine – as cabines são modernas e valem a pena ser usufruídas. Com crianças, a grande pedida é despachá-las para atividades e curtir um pouco de sossego na cabine – afinal há serviços, como aperitivos, jantar e drinques que podem ser levados até lá. E valem cada centavo do extra cobrado…

Evitando filas – todo cruzeiro de navio grande tem fila. No restaurante é preciso estratégia: combine com a turma: enquanto um encontra e segura um bom lugar outro fica na fila e outro ainda analisa as boas pedidas do bufê.

Para os solitários –poucos lembram da biblioteca do navio – frequentada por pouquíssimos e ideal para tomar um café tranquilamente, e ler .

Spa – sempre tem um – apesar de concorrido é um oásis silencioso que vale a pena para recarregar do agito.

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Balada, cassino e outros – a programação pode ser mais ou menos frenética. Mas para aproveitar os programas em terra, não convém extrapolar e se acabar na noite – a não ser que tenha viajado para isso…

Um dia sem passeio – sou da turma que, pelo menos um dia, prefere ficar a bordo quando todos descem para passear. Escolha um lugar onde o navio ficará mais de um dia curta a embarcação todinha para você durante um dia inteiro…

É uma experiência inesquecível – garanto que vale a pena!