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Arrase no brinde do seu jantar a dois

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Com as emoções à flor da pele, a expectativa toma conta do ambiente. E é então que um bom vinho na taça ajuda a acalmar as batidas do coração.

Quem nunca perdeu a fala nessa situação? Os homens, querendo impressionar, geralmente sofrem mais, mas as mulheres também não escapam.

Em tempos de encontros virtuais, o primeiro olho no olho pode ser decisivo! E, nesse momento, sobre que assuntos falar? Como parecer irresistível? Ou melhor, como não parecer sem graça?

Dica: se o jantar envolver vinho – e hoje quase sempre envolve – mostre seu conhecimento: além de facilitar a conversa certamente vai te diferenciar do papo comum aos primeiros encontros.

Ok, você não quer parecer pedante, por isso não precisa decorar a bíblia do vinho. Basta apenas lembrar de alguns fatos e histórias que podem fazer a conversa fluir.

As uvas: são muitas as variedades de uvas, mas algumas delas são tão antigas e ficaram mais famosas. É o caso da Cabernet Sauvignon, a rainha das variedades tintas, enquanto a Chardonnay é a líder das brancas. Ambas são francesas de origem, mas hoje já são plantadas em quase todo o mundo.

O barril de carvalho – é utilizado na armazenagem de quase todos os vinhos. E além de deixar sabores mais amadeirados, é também responsável pelas notas de baunilha de alguns vinhos.

Quando o vinho fica armazenado por muito tempo, o barril transfere cremosidade e untuosidade – principalmente aos vinhos brancos.

Acidez – é o um dos elementos mais importantes em qualquer vinho. É essa acidez, maior ou menor, que faz o vinho harmonizar bem com determinados pratos. Quanto maior a acidez, melhor ficará com comidas mais gordurosas . E vice versa.

Um exemplo: o vinho doce (de sobremesa) não leva açúcar. Eles se utilizam da própria doçura natural da uva – algumas têm menos, outras mais, como a famosa Moscatel. E por serem mais doces harmonizam bem com frutas.

As vinhas – a prova de que panela velha é que faz comida boa: vinhas velhas são as que produzem as melhores uvas. Isso acontece porque elas dão à luz a menos frutos, porém mais concentrados – e com muito mais sabores e características.

A História – o vinho é mais antigo do que imaginamos. A primeira referência histórica de um vinho data de 6000 antes de Cristo, na região do que é hoje o Oriente Médio.

Para se conseguir uma garrafa de vinho de boa qualidade usa-se em média 600 uvas.

Finalmente, se quiser use uma cantada clássica que pode até não ser original, mas agrada sempre: faça sua lição de casa antes e pesquise o ano de nascimento do seu amor.

Aí, veja se coincide com o ano de algumas safras de vinhos que entraram para a história. Se esse for o caso e você conseguir uma garrafa do mesmo ano, ganhará muitos pontos – ainda mais se ele/a apreciar vinho.

Mas ainda que não consiga brindar com a safra do seu ano de nascimento, a coincidência pode render mais um brinde…

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“RACLETTE” : Além dos queijos e vinhos

Explico! Raclette, é a raspa do tacho do fondue de queijo que, ao final fica crocante, grudada ao fundo e com o sabor acentuado. Sua origem é suíça, vem dos acampamentos de pastores que, à noite, levavam um grande pedaço de queijo para derreter e comer ao redor do fogo.

Em algum momento,  inventaram um Grill com suporte para segurar grandes pedaços de queijo suspenso com o fogo devidamente regulado na base e, eis que a Raclette, do fundo da panela, tornou-se além de mais atraente, mais fácil de manusear e oferecer! O queijo derretido é então degustado com batatas, pão, verduras grelhadas… o que preferirem…

Vantagens da Raclette – tem cara de comida requintada, mas é super fácil de preparar e servir. Simplifica o serviço, pois os convidados são quem escolhem os acompanhamentos e administram a forma de montar seu prato.

Como servir – há suportes para pedaços maiores de queijo, menores e também os reguláveis que atendem famílias ou individualmente. Hoje esses “Raclette Grills” são  fáceis de encontrar, além de super festivos: são “cooktops” elétricos com grelhas ou granito quente na parte de cima e sobre o qual as verduras e vegetais de acompanhamento podem ser grelhadas diretamente. Abaixo, tem uma “prateleira” onde o queijo é derretido em mini panelinhas chamadas  “coupelles.” 

Os queijos ideais – todo queijo que derrete bem é indicado para a Raclette: os macios (mas não moles demais), que seriam os de textura firme, porém não duros. Ementhal, Gouda, Cheddar e Gruyère são alguns dos mais usados.

Acompanhamentos: figos, berinjelas fatiadas, cebolas em cubos, picles, batatas cozidas em rodelas ou cubos. Além, é claro, de pães variados dispostos em cestas e previamente fatiados.

Como servir – deixe os acompanhamentos já preparados e fatiados em várias travessas dispostas ao longo da mesa ou aparador para que cada uma escolha o que quiser. O mesmo com relação aos queijos, que devem estar dispostos perto do grill (ou dos grills, caso use mais de um).

Disponha também duas ou mais bandejinhas de temperos com ervas, pimentas ou outras especiarias para temperar e, se quiser, uma boa salada com folhas crocantes e mais firmes e coloridas, pois muita gente adora comer com queijo. Molhos como pesto genovês (com manjericão e salsinha), mostarda escura, mel e outros também são sempre bem vindos.

Dica do especialista – quando preparar os queijos, pode limpar e raspar ligeiramente a casca, mas deixe uma camada, para que, ao derreter – fique crocante. Ainda, se ele derreter demais, a gordura separa-se da massa  e ele perde consistência e sabor.

Bebidas para acompanhar –  além de vinhos como: um Sauvignon Blanc, rosê suaves ou mesmo um tinto mais leve, como Burgundy Pinot Noir, ofereça sucos e água em profusão ,pois os queijos são salgados, e reidratar é preciso. Deixe jarras espalhadas e a mão.

@claumatarazzo




Detalhes importam- outros nem tanto…

Com a pandemia, as vendas online desses itens – de toalhas e lugares americanos a copos, talheres e argolas de guardanapo explodiu. Todos descobriram que, a comida e até mesmo a conversa ficam mais agradáveis com uma mesa arrumada e harmoniosa.

Os ingleses, meseiras e profissionais de eventos levam isso muito a sério (e devem mesmo) e, frequentemente chegam-me perguntas sobre detalhes que nunca havia atentado. Mas que, para quem ama o belo e repara em equilíbrio e simetria, faz muita diferença.

Aqui coloco alguns mais comuns, e que espero:

Regra geral –  só vai a mesa o acessório que for ser usado. Ou seja: se eu servir 2 tipos de vinho, coloco as taças correspondentes. Senão nada de taças sobrando. Apenas 1 guardanapo por pessoa; ninguém tem duas bocas e é ostentação dispensável usar dois apenas porque “decora a mesa.” Isso vale para talheres, pratinhos de pão (há que se ter pão) etc.

Lugar e ordem das taças – a ordem é da esquerda para a direita (água, vinho tinto , vinho branco e, se houver, licor). Elas ficam centralizadas, alinhadas acima do prato ou a partir da direita. O importante é que tenham um alinhamento simétrico de um lugar para outro. Mas não há uma regra rigorosa “terminando na faca” ou coisa similar. Isso é criado apenas para que fiquem todas por igual.

Talheres – são dispostos de fora para dentro conforme a ordem dos pratos. Ou seja: se for servida uma entrada os talheres de entrada (menores, ou os mesmos usados para sobremesa) estarão ali, e rente ao prato, os talheres maiores, do prato principal.

Entradas – dependendo do que servir, pode ser uma salada num prato de sobremesa sobre o raso ou numa cumbuca (sempre sobre um prato de sobremesa que fica sobre o raso maior).  Ou uma tacinha com ceviche, ou ainda um creme quente em uma cumbuca…

Onde apoio a colher de sopa? Se a entrada for ou sopa/caldo, os talheres ficam na posição de descanso apoiados sempre no prato raso que estará embaixo.

E quando no nosso faqueiro não tem os talheres de entrada? Use os de sobremesa na posição entrada. O que rege é o tamanho do talher. Pode até misturar modelos (que combinem) que sejam do tamanho correto.

A mesa, posso usar porta copos?  Não é ideal. Na mesa posta não colocamos porta copos: o correto é que o lugar americano generoso em tamanho onde caibam os copos – ou toalha. E se não couber o copo e este não for do modelo taça,  melhor não servir água gelada para não manchar o tampo, caso seja de madeira.

Existe um sem-fim de detalhes, mas esses, são os básicos, com os quais qualquer mesa adquire um ar organizado e elegante. De resto, comida saborosa e conversa fluida com muita alegria! E vamos conviver e viver melhor!




Como tomar Vinho sem se complicar

 

taça de vinho cercada pr quatro taças dispostas como se fossem cadeiras. o vinho tem o papel de mesa

No começo foram coisas singelas como abridores de garrafa mais elaborados, saca-rolhas divertidos, novos jogos de taças etc. Com o tempo a coisa começou a complicar cada vez mais.

Um bom exemplo disso é o tal do “wine cooler” – com botões, baterias e alguns com lugar para manter até duas garrafas. Ufa!

Ora, os italianos resolvem esse problema com um cilindro de cerâmica ou argila há muitos séculos – e de maneira plenamente satisfatória.

 Armadilha para neo enólogos – decididamente não vejo muita necessidade dessa engenhoca para nos complicar em um momento festivo. A não ser, claro, no caso do bebedor solitário. Mas esse, ouso dizer, não estará preocupado com esse tipo de veleidade.

Quem bebe sozinho em geral busca esquecer e nesse caso, tomará seu vinho antes que sua temperatura se altere – sem notar esse detalhe. Há também os que erguem brindes solitários em homenagem a gratas lembranças. E para estes, menos as lembranças se encarregarão de temperar-lhes a contento o momento.

Questão de conceito – quanto tempo é preciso para desfrutar bem uma garrafa de vinho? Depende do vinho que estamos tomando e, naturalmente, de quantos estão bebendo – e ninguém me tira da cabeça que duas pessoas é o mínimo para um bom brinde.

Agora me conta: em boa companhia alguém vai se lembrar de um detalhe como o cooler ? Prefiro desfrutar o momento e o vinho – e de quebra gemer de prazer.

 

 

cooler de cerâmica com uma garrafa de vinho dentro, ao lado de duas taças também em cerâmica. uma está em pé com uvas dentro e a outra está caída.




Vinhos e espumantes: como fazer para gelar trincando

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É isso aí: não adianta o maior ritual com um excelente Champagne borbulhante se, na hora em que a taça é oferecida, você dá o primeiro gole e ele está literalmente morno…

Já aconteceu comigo e é uma tristeza. Gelar bebida não tem muito segredo – mas requer um mínimo de boa vontade e não se pode ter preguiça tá?

Portanto, se for colocar na geladeira, não adianta meia horinha antes. São pelo menos seis horas para gelar direito.

Balde de gelo ou geladeira? dê preferência ao balde de gelo – ou o balde que tiver a mão – mas não deixe de resfriar vinhos ou outras bebidas que devem ser tomadas geladas.

Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução de 5° C na temperatura – o equivalente a 60 minutos (nada menos que uma hora inteira) de permanência na geladeira.

 Álcool na água – o álcool ajuda a manter a temperatura mais gelada – assim dizem os entendidos. E, não se engane: para que o gelo faça efeito, misture água, bastante água as pedras de gelo – para que todo aquele frio envolva a garrafa e aja mais rápido.

E espere mais que os 8 minutos para beber: não tenha pressa e coloque para gelar antes de seus convidados chegarem – assim, na hora que servir poderá dar um show!

Lembre dessas dicas quando estiver comemorando com os amigos –  saúde!