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Desvendando e usando Marrom

Roberto Carlos que me desculpe, mas desde que soube que o marrom e os tons terrosos seriam a grande pedida na temporada de moda de 2025, comecei a pensar nas mais diferentes maneiras de aproveitar ao máximo a tendência.

É claro que todo ano, a cada nova tonalidade que desponta como favorita todos começam a dizer que é um curinga, que veio para ficar etc. No caso dos terrosos, o seu poder consiste em evocar a terra, a vida natural e a natureza. Beleza.

Mas é mais que isso: taí uma cor que pode ser ao mesmo tempo intensa e elegante, suave e evocadora e, sim, muito versátil também. Duvida?

Veja quantas combinações podem ser feitas  com ele – e em cada uma mudando o clima e proposta da produção…

Marrom com rosa – super feminino sem perder a força. Com rosa choque cria um visual mais moderno e com rosa suave, é um clássico quase romântico…

Marrom com amarelo – vibrante, o contraste acaba iluminando o conjunto. E também funciona com todos os tons de amarelo: do gema forte ao clarinho.

Marrom com coral – audácia pura… e fica lindo. Ruivas podem usar o coral na parte de baixo e arrasar contrastando seus cabelos com a intensidade café do marrom. Loiras idem. Morenas, orientais e negras podem inverter e usar o coral perto do rosto valorizando ainda mais suas cores.

Marrom com verde-água –  combinação campeã! Uma das minhas preferidas pelo frescor elegante que reflete sem perder a classe. Com verde escuro vibrante evoca o Mestre Saint Laurent – e fica sensacional.

Marrom com branco –  não tem erro: o branco fica lindo: seja na parte de baixo (calça comprida, pantalona ou mesmo saia) ou perto do rosto.

Marrom com dourado ou prateado – com prateado fica lindo (e mais discreto). Com dourado ilumina mais e emana poder sem medo de ser feliz. Pode usar com acessórios ou mesmo com outra peça prata ou dourada – aí depende do horário e ocasião…

Ok, nem tudo com marrom fica lindo: com cinza não funciona e evite usar  com bege: além de ser uma combinação  óbvia, nenhum  dos tons agrega nada ao outro…




Como Se Vestir Para Cada Ocasião!

Cada vez mais, acertar no visual em diferentes tipos de eventos, seja no trabalho ou em ocasiões sociais requer um pouco de atenção pois, se por um lado a moda está muito mais democrática, por outro, os convites tem vindo com nomenclaturas moderninhas ou em outra língua deixando-nos na dúvida.

Vamos repassar aqui as mais comuns para servir como orientação pois, cada situação exige um dress code específico – e esse código pode variar bastante dependendo do grau de formalidade.

Do mais esportivo ao mais formal aqui estão alguns exemplos:

Esporte ou casual  (em inglês também casual) usado para encontros informais, como churrascos ou reuniões com amigos. Jeans, camisetas e looks confortáveis são perfeitos para momentos descontraídos para todos.

Ainda dentro dos trajes informais existem algumas variações, como:

Traje Passeio (Resort Casual, em inglês) – para momentos de lazer, como casamentos na praia ou festas em resorts, o estilo pede roupas leves e confortáveis. Camisas de linho, calças claras para os homens e vestidos de verão para as mulheres são – ideais. Com Paletós esportivos para os homens – ou não – dependendo do evento. Ainda nessas variações esportivas, existe em inglês o Cocktail Attire sem tradução em português, mas um pouco mais formal – como coquetéis ou casamentos semiformal, o dress code ideal é ternos sem gravata obrigatória para os homens e vestidos elegantes até o joelho para as mulheres.

Business Casual – é outra variante em inglês do nosso traje Passeio: um pouco menos formal, usado para trabalhar como diz o nome, homens com paletó sem gravata e as mulheres com roupas mais confortáveis, como calças de alfaiataria e blusas.

Passeio completo ou terno escuro (em inglês Business Formal) para ambientes mais conservadores de trabalho, comum em reuniões de negócios e eventos corporativos importantes. O traje tradicional é o terno escuro com gravata para os homens, e tailleurs, terninhos ou vestidos estruturados para as mulheres.

A Rigor ou Black Tie (em inglês black Tie ou Tuxedo)– para eventos de gala, como casamentos sofisticados ou premiações. Os homens usam smoking com gravata borboleta e as mulheres arrasam com vestidos em tecidos nobres como sedas, chiffon, veludo, rendas e tafetá, não necessariamente longos podendo ser até os joelhos, midi ou mesmo os longos não calcanhar.

Essas são as principais opções de dress code. Com essa base  fica mais fácil saber o que vestir e quando:  Basta entender a ocasião e adaptar o seu look com estilo e bom senso.




Cabelos: muito mais que moldura do rosto

Ao longo da vida, o estilo e a cor dos fios acabam mudando várias vezes, seja por vontade de experimentar algo novo, acompanhar tendências ou até para lidar com a chegada dos temidos fios brancos. Mas por que essas mudanças acontecem em cada fase da vida?

Na adolescência, o cabelo é quase como um “laboratório” de experiências. É uma fase de autodescoberta, elas acabam pintando com cores vibrantes, como: rosa, azul, roxo – e fazendo cortes ousados, para que testar quem são e como querem ser vistas pelo mundo.

A juventude (20-30 anos) é o momento em que muitas começam a equilibrar a busca por um estilo pessoal com a vida profissional. As mudanças tendem a ser mais sutis e práticas. Nesse período, a prioridade é um visual que, além de passar confiança e maturidade, seja também versátil para o trabalho, encontros e até a academia!

Dos 30 aos 40 anos a sofisticação e elegância imperam! Já sabem o que gostam o que funciona. As primeiras aparições de cabelos brancos começam a fazer parte do jogo, e as decisões sobre pintar ou não surgem com mais frequência.

Apostam em cores naturais e cortes que passem elegância, como castanho ou loiro escuro. O foco é encontrar um visual prático, mas que ao mesmo tempo transmita segurança e estilo.

Entre os 40 e 50 anos, as mudanças naturais do corpo, como o aparecimento mais frequente dos fios brancos, levam muitas mulheres a uma decisão: continuar pintando ou assumir os grisalhos? Algumas continuam tingindo, enquanto outras optam pelo grisalho ou prata.

Para quem pinta, manter a cor é uma maneira de se sentir mais jovem. Já para quem assume o grisalho, há um empoderamento em abraçar essa fase da vida com naturalidade.

A partir dos 50, o cabelo perde um pouco do brilho e da textura, e muitas mulheres passam a adotar cortes práticos, que valorizem o grisalho ou branco.

Cabelos brancos são mais aceitos, com cortes curtos e volumosos que dão leveza ao visual. A praticidade e a saúde do cabelo ganham mais importância. Abraçar os fios brancos traz liberdade e autenticidade.

Manter-se fiel à própria imagem e aceitar o envelhecimento com serenidade é um grande impulso para a autoestima. Só seja você!




Slow Fashion: mais do que um conceito, o futuro

E antes que você diga que é mais um modismo, calma: muito além do rótulo, o movimento traz um conceito que pode ser a salvação de muita gente que, nas últimas décadas, se entregou ao consumismo desenfreado e acabou caindo em inúmeras armadilhas – inclusive psicológicas.

O conceito – desacelerar o ritmo em que as roupas são confeccionadas e consumidas, gerando peças menos perecíveis e, dessa forma, reduzindo o lixo e o impacto no meio ambiente. Não é frescura – e faz muito sentido, mais ainda se pensarmos que, nos últimos 10 anos, a quantidade de roupas produzida no mundo DOBROU!!! De toda essa roupa, quase nada é reciclado: 87% das fibras produzidas acabam incineradas em aterros sanitários!

Na década de 80, tudo nos chegava com a defasagem de 3 meses da Europa, de onde a moda se espalhava para o mundo.

Com o tempo, os lançamentos aconteciam a cada 3 meses, depois 2 e, finalmente, nos últimos anos, o tempo todo – com vendas feitas online, ou no próprio dia do desfile, com uma arara no sistemaby now”.

Era o reinado da fast fashion: barata, ágil e democrática. Por algum tempo, até mesmo as madames endinheiradas aderiram, afinal, era divertido comprar baratinho e variar peças o tempo todo.

Preço, qualidade e quantidade – o ritmo era alucinante e a concorrência beirando a deslealdade. Assim começam uma série falsos conceitos que, por sua vez, geraram grande confusão de identidade e um boom de consumo, com uma indesejável e jamais vista ostentação.

Convencionou-se dizer que a alta costura, oposto da fast fashion é cara – e que a fast fashion seria barata. Os estilistas e marcas alegavam uma qualidade e durabilidade superior para justificar seus preços, enquanto a moda express, por ser mais barata era considerada de baixa durabilidade.

Nem uma coisa nem outra. Com o tempo as grifes caras começaram a produzir na China, nos mesmos polos que originavam as peças fast baratinhas. Resultado: peças de grife vendidas a preço de ouro performavam no guarda-roupa de maneira sofrível, muitas vezes durando menos, encolhendo e desbotando de forma que suas primas pobres jamais haviam feito. Pois é: na indústria da moda, caro, nem sempre quer dizer bom. Nem belo ou durável.

 

O desafio slow fashion – hoje a meta é fidelizar clientes e provar que vale a pena pagar um pouco mais e contribuir para um bem maior – além de adquirir peças mais sustentáveis. Embora vendam bem pelos sites, as lojas físicas são essenciais, pois é importante que os clientes sintam o toque, experimentem e comparem caimentos e texturas, uma vez que são peças atemporais.

O principal é aprender a consumir menos, melhor, com mais consciência e focar mais na essência e conceito e não na quantidade. A ideia não é dividir por coleções – e sim por itens duráveis, básicos e atemporais que durem e interajam com outros.




Homens de Preto – além do Comendador da Globo

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A tentação é grande, afinal, parece tão mais simples ter uma cor só no guarda roupas e não ter de quebrar a cabeça… Por isso, quando a moda começou apresentar looks em preto para os homens, eles acharam uma grande a solução! Mas calma. Nem tudo é exatamente como parece.

  • Terno preto não é pretinho – embora muita gente ache que é o equivalente ao pretinho curinga das mulheres, não é bem assim. Um terno preto é formal e requer sobriedade e não aceita muitas variações – ao contrário do nosso pretinho que vai do formal ao esportivo vanguarda.
  • O preto pode ser moderníssimo – ok, o estilista Karl Lagerfeld, da Maison Chanel, sabe usar um modelão preto e ousado como ninguém. Mas ele é fashion. Na vida real é muito mais difícil ser um macho elegante só de preto sem pesar a mão…
  • Você não é personagem – por conta de filmes em que gângster e mafiosos abusaram dos modelos grafite e pretos com risca de giz, há uma convenção de que homens de terno preto (ou com tudo preto) são mais poderosos – e perigosos. Pode até ser. Mas será uma ideia tão boa assim refletir esse tipo de imagem o tempo todo? Melhor deixar para quando precisar ou quiser impactar…
  • Combina com tudo em qualquer horário – não combina, não. Há uma convenção – falando de elegância em um padrão internacionalmente aceito – de que ternos escuros (e o preto em especial) são usados mais à noite e/ou em dias mais frios. Sem falar que é um visual pesado (e quente) para nosso país tropical – simples assim.

Finalmente, tudo preto pode passar uma imagem de excesso de seriedade sisuda – e não apenas confiável. Precisa mesmo?

Ok. Você não se convenceu e ainda acha que ao aderir aos ternos pretos, vai ficar parecido como o Alexandre Nero, em Império – com mais chances de chamar a atenção de uma ruiva tão linda ou mais do que a Mariana Ruy Barbosa, seu par romântico na novela.

Vá em frente e mergulhe no negro. Mas não reclame se, no meio de sua performance social, alguém o confundir com o segurança.