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Não é amor, gente!

Sobre a deserção do casal Harry e Meghan da Corte Inglesa – e da Inglaterra – perpetrando seu próprio Brexit, há quem ache que isso é coisa de gente mimada.

Amor – os mais românticos acreditam que é por amor. E comparam o casamento do Príncipe Harry com a americana Meghan com o do tio bisavó dele, Eduardo VIII, tio da Rainha Elizabeth II que, se casou com a americana Wallis Simpson sendo obrigado a renunciar a coroa.

Ora, o casamento do Rei Eduardo foi por amor, sua renúncia nem tanto: ele foi convidado a se afastar do trono por conta de suas perigosas relações com o nazismo que assombrava o mundo.

Harry com seu sexto lugar na linha de sucessão, não precisaria renunciar a nada – pode viver na corte onde nasceu até o fim dos seus dias.

Liberdade – jovens, dinâmicos e sem o compromisso do sucessor, eles tem mais o que fazer do que obedecer ao protocolo como William e sua mulher Kate.

Siga o dinheiro – sem o compromisso de Herdeiro de seu irmão, William, e com uma bela herança já em sua conta, o jovem ainda tem a vantagem de que sua mulher é muito rica – já que por vaaaarios anos ganhou salário de estrela de TV americana (e não europeia). Eles são completamente independentes financeiramente

Juntos, não precisarão trabalhar para se sustentar “abrindo mão do salário pago aos membros atuantes da família” real como declararam. Estão com a vida ganha por pelo menos duas gerações – se tiverem juízo. E isso parece que eles tem.

Mais a Meghan… que, na hora em que começou a lhe doer o calo, ela preferiu cortar o mal pela raiz: fez a cabeça do amado e se mandou.

Enquanto todo mundo se espanta com o príncipe que casou com a plebeia, ninguém ainda se deu conta que, plebeia ou não, é ela, a Mulher da casa que está salvando o Príncipe de seu destino chatíssimo.

E que, a outra Mulher da casa, Elizabeth II, com mais de 90 anos, é quem deu o “ok Real”, sem o qual ele não poderia se afastar de fato. (Pelo menos não de forma elegante para todos).

Não é a Coroa Britânica que evoluiu, mas o mundo: em meio a tantas opressões do dia a dia mundo afora, as mulheres resistem e de repente, aparece uma, nascida na contra mão de toda essa realeza e emerge com um exemplo de vida e resiliência que dá gosto assistir!  E isso não é amor, é força mesmo.




Fotógrafo no Casamento: mais que ele, só o noivo

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Hoje eles são um mix de artista com fornecedor, daí ser preciso muito critério para escolher esse profissional. E não basta: você terá que orientá-los antes para alguns detalhes de comportamento que, se não forem observados, podem comprometer a festa.

Roupa de festa – ok, vivemos dias de informalidade e não é obrigatório usar terno quando se está em movimento fotografando. Mas isso não quer dizer que dá para se apresentar de calça jeans (exceção feita as black jeans) e camiseta ou camisas claras.

Como tem que ser quase invisível, o ideal mesmo é que fotógrafos se vista com roupa escura – inclusive o colete de bolsos que, negro, fica muito mais discreto.

Tralhas sob controle – por falar em discrição, o equipamento tem que ficar fora do campo de visão dos convidados, assim como eventuais assistentes – que devem adotar uma atitude em harmonia com a dele.

Atitude conta – é só um detalhe mas, falar ao celular enquanto trabalham, por mais comum que seja, não pega bem.

Timing é importante – por isso é essencial informá-lo detalhadamente como vai ser o serviço e o cerimonial para que ele saiba o momento certo para reunir noivos, família, padrinhos etc.

Se for o caso divida esses momentos em antes e depois do jantar – e deixe o cerimonialista ou a pessoa responsável pelo andamento da festa avisado.

Sem fotos a mesa – o momento do jantar é sagrado – por mais tentador que seja o fato de estarem todos reunidos a mesa, não dá para fazer foto enquanto comem.

Na ponta da língua – é bom que ele saiba pelo menos alguns dos nomes da família e padrinhos para melhor orientar ou mesmo chama – los na pose caso seja necessário. Evita recorrer a um amigo mais íntimo, interrompendo a diversão para reunir a turma.

fotógrafo com a câmera fotográfica junto ao rosto focando a imagem. Ela usa um chapéu preto de feltro.

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Em tempo: ele pode até pode ser um artista, mas nada lhe dá o direito de mudar a decoração para “aclimatar o cenário”. Aquilo foi pensado durante meses por outro especialista tão talentoso quanto ele e custou uma pequena fortuna – por isso, avise antes da festa que, se precisar muito, vale mover discretamente um arranjo devolvendo-o ao lugar assim que terminar.

Cara de fim de festa – deixe claro que você não quer revelar isso nas fotos: ninguém vai achar a menor graça em ver registrada para a posteridade a gravata torta, maquiagem borrada, penteados desfeitos ou pileques homéricos.o3

A não ser que ele apresente tais fotos como a seção bastidores, opcional e em caráter confidencial.

 

 




Wedding Planner – Portal da Serra em Mogi das Cruzes

Claudia Matarazzo, jornalista, consultora de etiqueta, moda e comportamento, estará no Portal da Serra em Mogi das Cruzes, para falar sobre “A História da Mesa” , para um grupo seleto de profissionais da área de eventos sociais. A programação é bem divertida, com várias outras atividades.

Acesse : http://www.sitioportaldaserra.com.br/wedding-partners




Padrinhos/Madrinhas: o melhor presente é deles? Ou são eles?

Há algum tempo atrás, um padrinho de casamento foi seriamente repreendido por não gastar o “suficiente” no grande dia… Oi, como assim ???

 

 

 

 

 

 

 

Existe aquela tradição que padrinhos são os que dão os melhores presentes (ou dinheiro), mas  muita calma! Não há nenhuma necessidade disso, muito menos agora em tempos de crise. Você os escolheu por afinidade/amizade ou pelo que eles podem te oferecer? O máximo que vocês podem exigir é a presença deles no dia do casamento. Dar presente de casamente é mais uma questão de etiqueta.

Você quer dar um presente caro – ótimo – mas só se tiver condições e não se endividar por conta disso só para fazer bonito.

Outra opção se você quiser dar um presente “importante” é dividir o presente com o seu par ou outros casais de padrinhos.

Os alternativos – alguns optam em dar presentes originais e com a cara dos noivos – presentes nada a ver com o que constam na lista. Cuidado com isso, se existe uma lista, evitem comprar itens de fora, pois ela serve exatamente para que os noivos peçam o que precisam. Salvo, claro, se for algo muito especial e tenham muita certeza de que vão apreciar…

E caso os noivos não tenham uma lista, converse com eles e descubra o que eles precisam, ou leve eles até uma loja que eles gostem para que eles mesmos escolham o presente.

Vaquinha – os padrinhos podem também se juntar e ajudar pagando a lua de mel e as madrinhas ficam com as despesas do chá de lingerie ou outras coisas que os noivos precisarem.

Ser padrinho/madrinha de casamento significa apoiar e ajudar os noivos acima de tudo, antes, durante e depois da festa. A amizade com certeza irá se fortalecer mais e mais. Além, das boas lembranças!

 

 




Respostas a 10 Top dúvidas sobre casamentos

 

Pippa Middleton vestida de noiva em vestido tradicional branco com véu leve longo e cobrindo também o rosto está a frente de uma igreja e segura as mãos de um senhor d cabelos brancos, provavelmente seu pai.

Pippa Middleton em seu recente casamento

A quantidade de detalhes e opções em relação ao grande dia do casal não para de aumentar e, assim que a data é marcada, o relógio parece acelerar e amplificar as dúvidas que surgem ao longo do processo de organização e planejamento de um casamento. Com mais de 20 anos de experiência no assunto, a jornalista e especialista em etiqueta, comportamento e moda Claudia Matarazzo respondeu a Donna 10 perguntas sobre o casamento moderno para ajudar e tranquilizar as noivas, cerimonialistas e outros profissionais de casamentos.

1. Por onde deve começar o planejamento do casamento?

Quando se fala em casamento, estamos falando de um mercado que trabalha com uma cifra de US$ 10 bilhões ao ano, apenas no Brasil. Então, é claro que o céu é o limite em relação a algumas coisas. Só que, para quem é noivo, há um limite, sim. Portanto, os noivos precisam definir em primeiríssimo lugar o tipo de casamento que vão querer e qual é o orçamento disponível.

2. E quem opta por um miniwedding no lugar de um megaevento?

É uma tendência os noivos convidarem apenas familiares e amigos próximos. Trata-se de um casamento com um mínimo de umas 50 pessoas e um máximo de umas 120. Eu acredito que tudo aquilo que é escolhido com verdade pelos noivos, fica lindo. Dá para fazer um casamento com mais qualidade, com mais exclusividade, que vai ser uma coisa inesquecível – e os noivos vão aproveitar muito mais. Eu acho uma ótima escolha.

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3. Quem paga pela festa ainda é o pai da noiva?

Antigamente, eram a noiva e a mãe da noiva que decidiam quase tudo em relação ao evento. Hoje, são os noivos, juntos. O noivo, que antes era só um acessório (risos), hoje participa igualmente das decisões. Antigamente, também, costumava ser o pai da noiva quem arcava com as despesas do casamento. Graças a Deus, hoje isso mudou. Agora, todo mundo paga um pouco. As famílias participam, e os noivos se casam mais velhos e também ajudam. Algumas vezes, inclusive, são os próprios noivos que pagam tudo.

4. Como cortar a lista de convidados?

O ideal é que cada família tenha o direito de convidar 25% do total e os noivos, os 50% restantes. Deve-se convidar familiares próximos, pessoas de quem todos realmente gostem e cujo sentimento seja recíproco. Um amigo meu diz que jamais se sente obrigado a convidar para o seu casamento qualquer pessoa com quem ele nunca tenha compartilhado um cafezinho na casa delas.

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5. E quanto à tradição de a noiva se atrasar?

É o cúmulo da falta de educação. É uma prova de grosseria mesmo. A noiva teve meses para se preparar para a data e pensar em todos os possíveis imprevistos. Nada justifica os atrasos.

6. Crianças devem ser incluídas?

Se você for incluí-las, lembre-se de ter um espaço destinado a elas na festa, um espaço com recreação, babás, lugar para brincar, cardápio próprio e tudo o que é necessário. Se você não tiver esse espaço, coloque nos envelopes dos convites “Sr. e Sra. Fulano de tal” e não “Sr. e Sra. Fulano de tal e família” – e torça para que os seus amigos respeitem o sobrescrito. Outra técnica é avisar boca a boca. Comente com as mães de filhos pequenos: “Decidimos fazer a festa sem crianças, sabe? Queremos os pais de folga para curtirem de verdade” ou algo assim, que deixe implícita a falta de estrutura para crianças no evento.

7. Qual a idade ideal para as daminhas de honra?

As daminhas hoje usam fraldas! Gente, vamos aumentar a idade das daminhas? Eu sei que criança de dois anos é fofa, mas criança pequena sente sono, não anda quando tem de andar. Às vezes, empaca e chora! Para escolher as daminhas, eu sugiro crianças que obedeçam a comandos, ou seja, a partir dos seis anos. Nessa idade elas entendem, já sabem segurar o xixi, essas coisas.

Casal Pippa Middleton e James Matthews, após o seu casamento, saem da igreja, ladeados pela Kate Middleton , usando um longo nude e um chapéu da mesma cor, a sua frente os pajens e daminhas, Um deles seu filho.

(Leon Leal/AFP) No casamento do príncipe William com Kate Middleton, a cena da daminha incomodada com a ovação do público que ficou famosa e correu o mundo

No casamento do príncipe William com Kate Middleton, a cena da daminha incomodada com a ovação do público que ficou famosa e correu o mundo. Já essa imagem do casamento de Pippa Middleton, irmã de Kate, mostra que ela aprendeu a lição: vestiu as damas e pagens em modelos possíveis e leves de modo que as crianças ficassem mais confortáveis .

8. Churrasco pode ser uma opção de cardápio para casamento?

Claro que pode. Por que não? Se faz parte da cultura local. Nesse caso, eu sugiro que o casamento seja no campo ou ao ar livre. Além das carnes variadas, podem ser servidas saladas, folhas verdes e pães. Para acompanhar, caipirinha, cerveja e sucos e um espumante leve.

9. Quantos tipos de bebidas devem ser servidos na festa?

Em primeiro lugar, festa de casamento não é cardápio de restaurante. Então, não precisa haver uma lista de opções. A gente sabe que a quantidade de bebida consumida em festas é enorme e deve ser escolhida de acordo com o perfil dos convidados. Antigamente, por exemplo, era um espumante para quatro pessoas, ou até para seis. Hoje, é um espumante para cada pessoa . E, já que esse exagero parece irreversível, apenas oriente o serviço para administrar bem isso e intercalar passando muito suco, água e, em intervalos regulares diminuir a oferta de álcool. Para não ter uma imagem do seu dia como essa do mico abaixo registrada para sempre…

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10. E quanto a servir energético?

Sobre o energético, vem o lado libanês da Claudia falando! (risos) O energético misturado com bebida dá aquele pique que os convidados vão até as 8h da manhã. Então, as pessoas vão comer muito mais, porque você vai ter que servir uma ceia e um café da manhã. E, nesse caso, você precisa calcular toda essa comida extra para o número total de convidados, além de muito mais bebida. Não sei até que ponto é vantagem. Será que eu quero todo mundo doidaço ou será que eu quero todo mundo feliz e encerro um pouco mais cedo? Sem os energéticos, encerra-se às 4h em vez de às 8h da manhã.

Entrevista concedida a Revista Donna de Porto Alegre em julho de 2017