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Jovens e tipos de conversas

Mas, algumas delas, podem causar certa confusão. Eu mesma, com 36 anos, não conhecia nenhuma. Vou compartilhar esse novo jeito de escrever para ver se conseguimos finalmente entender essa nova geração. As que a maioria conhece, não vou colocar, tá?

BTF: Abreviação da expressão “boto fé”. É usada para concordar com algo que foi dito ou para demonstrar a confiança em algo ou alguém.
“- Acho que o Fe vai chegar na Lu hoje.

– BTF! “

DMR: Abreviação para a gíria “demorou”. É um modo de confirmar algo.
“- Vou passar na sua casa hoje.

– DMR”.

MDM: Abreviação de “melhor do mundo”.

MVD: Essa gíria pode ter dois significados: “malvado” ou minha vida”.

PCR: Abreviação para a palavra “parceiro”, geralmente usada para falar com amigos.

PDC: Abreviação para “pode crer”. Pode ser usado para confirmar que entendeu ou concorda com algo que foi dito.

“Pdc, acho que você está certo”.

PFT: abreviação para “perfeito” ou “perfeita”.

PLMNS: Abreviação para “pelo menos”.

“A festa foi cara, mas plmns estava muito boa”.

PLV: Significa “palavra”, no sentido de “te dou a minha palavra”. É uma forma de dizer que a pessoa pode confiar no que diz.

“PLV, cara, a Julia terminou com o Leandro ontem”.

PPRT: Abreviação para “papo reto”. Usada para dizer que vai falar a verdade, sem enrolação.

“Vou mandar um pprt pra você”.

PSE: Sigla para “pois é”. Serve para concordar com algo que foi dito.

“- Começaram as vendas do show.

– PSE, eu vi”.

Por favor, digam para mim, que não sou a única que fica sem graça conversando com o sobrinho, afilhado, filho ou o jovem que for, online e ficou perdida com essas abreviações? Me contem…




Direito a desconexão!

Antigamente um trabalhador após a jornada de trabalho, se desligava da empresa e ia cuidar de sua vida doméstica, hoje com as facilidades da internet forçamos as pessoas a trabalharem fora do horário previsto. Será que vale a pena? Essa ideia de que sempre estamos online está nos adoecendo, prejudicando nossos relacionamentos e ainda nos forçando a entender que nunca precisamos descansar.

Em termos gerais o direito de desconectar lida com as restrições físicas do trabalho tradicional versus trabalhos digitais de hoje e esse adoecimento da sociedade tem feito os países regular leis e condutas ao chamado direito de desconexão a fim de barrar os excessos da cultura sempre ativa em torno dos smartphones e acesso constantes ao e-mail,  WhatsApp e mensagens de trabalho.

O direito de se desconectar exige que grandes organizações reformulem políticas sobre a comunicação digital fora do horário de trabalho e definam qual é o limite desse novo jeito de trabalhar.

Essas indefinições de limite revelam complexidades importantes que afetam a aplicabilidade do direito de desconectar a legislação. E mais, que empresas revejam que que impactos econômicos podem suportar.

Se não temos leis que regulamentem esses limites sobre a jornada de trabalho, o que podemos fazer??? Individualmente alguns funcionários tentam regular os limites em trabalho e vida pessoal usando dispositivos separados para seus trabalhos.

Mas é preciso ficar atento ao tempo de trabalho com estar trabalhando online e acessar a internet para compras, usar mídias sociais ou jogar, sim isso é muito importante!

Apesar da eficácia duvidosa das leis de direitos de desconexão, elas levantam questões importantes: sobre o tipo de trabalho que valorizamos como sociedade e o tempo que deveria consumir.

O direito de desconectar pode ser catalisador para uma reflexão importante sobre uma mudança cultural que tire o estigma de um ritmo de trabalho menos frenético e permita que os funcionários tenham mais controle sobre os seus limites entre vida pública e vida privada.




Como fazer para evitar os 7 maiores pecados do Whatsapp

fundo verde com o simbolo e escrito em letras grandes whatsapp

 É isso mesmo. Se quiser ser mais escutado e ter respostas mais rápidas evite incorrer nesses erros que atrapalham sim e são bem frequentes…

1 – Imediatismo – ninguém é obrigado a responder mensagens assim que ler, portanto, cobrar respostas só porque viu os risquinhos azuis de confirmação de leitura é um atestado de ansiedade, desrespeito e falta de bom senso.  Se é urgente mesmo,  escreva que é urgente.

2 – Áudio – Importante: mensagens de voz devem ser curtas, concisas e reservadas para emergências, quando é mais fácil falar do que digitar.

Escutar áudios em viva voz ou no aparelho requer intimidade, privacidade e tempo. Se é um assunto longo, opte por fazer uma chamada. Mas, sempre que possível prefira mensagens de texto.

3 – Emoticonse emojis– use com parcimônia: além de poluir visualmente a tela, dão um infantilizado à comunicação. Em mensagens profissionais evite.

4 – Fotos banais – ninguém está interessado em ver a foto do seu almoço ou do cafezinho; simples assim…

5 – Conteúdo – correntes, piadinhas, conteúdo de teor pornográfico, orações e conversas escritas palavra por palavra, mensagens motivacionais – extrapolam os limites de paciência qualquer um. Não seja o “tio do pavê” no Whats.

Pior ainda quando as pessoas enviam vídeos que acabam com a bateria dos participantes e podem prejudicar as pessoas no ambiente profissional. Acredite:  existem pessoas que têm a cara de pau de vender produtos nos grupos!!

6- Relações comerciais  – você sai do trabalho, mas o trabalho não sai de você! Aquela notificação do chefe ou dos clientes chega a dar calafrios: se você não abrir será questionado,  se ler será cobrado em dar uma resposta… Não seja esse mala e use o aplicativo para fins comerciais em horário comercial.

7 – Checar mensagens – em  uma reunião profissional é péssimo ficar checando mensagens do WhatsApp: primeiro porque é um desrespeito com os outros participantes e depois porque passa a imagem de desinteresse para a empresa. O mesmo vale quando você está conversando pessoalmente com alguém – segure a onde deixe para checar tudo mais tarde.

 




Conectados e a era da falta de experiência

 

 

Já reparou como seu filho tem amigos que não se desgrudam via smartphone, mas, quando se encontram fisicamente, ficam desconfortáveis? Ou como ficamos felizes quando um mega profissional nos adiciona em sua rede linkedIn, mas, quando os conhecemos pessoalmente, eles não são tão especiais assim?

Isso acontece porque a capilarização das redes na Internet faz com que sejamos mais ousados atrás de nossos smartphones. Como recebemos respostas instantâneas aos nossos anseios, temos a noção de que conhecemos tudo e todos, e evitamos frustrações que aconteceriam na vida real.

A tecnologia não pode ser mais a culpada pela falta de tempo para filhos, o esforço no trabalho 24 horas, e nem mesmo na hora do sexo.

Estamos mais egocêntricos, tímidos, e despreparados para situações do dia a dia que antes eram resolvidas numa boa conversa. Ainda que com final não presumido, a sensação de controle atual é tão grande que não nos permitimos errar.

E é ai que erramos. Experiências que compartilharíamos apenas com o aluno aplicado, com o empregado engajado ou com a pessoa amada, são banalizadas. E a ideia de que, ao se conectar, resolvemos tudo com os teclados de nossos telefones começa a ser considerada equivocada.

Muitos de nossos processos sociais, linguísticos e emocionais são aprendidos ao se escutar a voz da nossa mãe. Imagine das outras pessoas? E, em vez de socializarmos mais na busca por experiências, o que fazemos: teclamos em vez de conversar cara a cara.

Recentemente tive uma experiência com um profissional onde, em vez de um atender as ligações do outro (sim, ainda utilizo o telefone para falar com as pessoas… risos!), ficávamos trocando e-mails malcriados um para o outro. Demoramos cerca de um mês para resolver um obstáculo que, com 30 minutos de conversa, foi solucionado.

Da mesma forma que foi ruim a experiência com o profissional, num outro momento tive outra incrível, muito mais pela conexão com o físico do que com o digital. Fiz uma viagem a uma cidade do MT onde a única conexão é Whatsapp, já que na cidade não tem torre de telefonia móvel. A hospedagem, traslado e passeios foram feitos via Whatsapp. Massss, a experiência ao chegar ao nosso destino foi 10 vezes melhor, por causa do guia de viagem.

Então lhe pergunto: Será que estamos utilizando a tecnologia de forma errada? Somos mais conectados, mas estamos desaprendendo sobre como tratar as pessoas? Estamos ficando inexperientes, já que interagimos pouco com o colega de trabalho, com a professora do seu filho, e pior, com as pessoas que realmente amamos, sem utilizar um smartphone.

Em tempos de superconexão, a dica é o equilíbrio. Deu saudades? Liga. Precisa resolver um problema com um colega de trabalho? Marque um café. Quer encurtar distâncias? Use a boa e velha maneira de se relacionar com as pessoas: cara a cara, até para isso a tecnologia pode ajudar. Pense nisso!

 

Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o

Belicosa – Netnografia com Maria Augusta Ribeiro

 

 

 




Como responder as 4 dúvidas mais frequentes de Whatsapp

fundo verde com o simbolo e escrito em letras grandes whatsapp

Depois de muitos emails com dúvidas em relação a isso, recolhi as principais que compartilho aqui com vocês na tentative de facilitar a vida, das pessoas que andam sofrendo ( sem motive) com isso.

Claro que é apenas um palpate, afinal, não existem regras rígidas, apenas uma forma de ficar mais antenado e responder de acordo com a nossa percepção do outro.

1 – Quando a pessoa sempre demora muito para responder:

Se ele demora muito para responder em grupo, ou fala muito pouco, provavelmente é um tipo muito objetivo, que só fala o essencial ou quando se dirigem diretamente a ele/a.

Porém se mesmo no privado apessoa sempre demora a responder pense se não é o caso de ligar diretamente – pois essa pode não ser sua forma preferida para se comunicar….

2 – Ele/a responde a absolutamente tudo – e parece que vive smartphone colado ao corpo…Claramente é dependente do grupo e da comunicação virtual.

Bem, em grupo, é mais fácil responder de vez em quando para não deixá-la sem resposta.

Já no privado, se ele/a espichar demais a conversa pode ser direto/a e falar ” vou ter que ir” ou ” falamos depois” – bem objetivo, deixando claro que você não tem a mesma disponibilidade para teclar…

3 – O que só responde com emoticons – há várias interpretações: em conversas com o grupo, dependendo do assunto, as figuras funcionam para mostrar que estamos ligados mas não vamos nos comprometer com um longo discurso.

Também usamos quando o assunto é leve e não demanda nada além de uma manifestação mais curta.

Por outro lado, perceba se não demonstram uma certa pressa, pura e simplesmente.

No privado, se a pessoa só responder assim, é o caso de interromper a conversa – pois claramente, esse não é um momento em que a pessoa está podendo teclar longamente.

4 – O que manda todo tipo videos e piadas – calma: lembre que vídeos não precisam ser vistos imediatamente – e muito menos exigem resposta imediata.

Portanto, a não ser que venham acompanhados de alguma referência quanto ao teor ou motivo de ter mandado ( tipo “veja que incrível essa nova técnica cirúrgica” ) deixe para ver quando lhe der na telha – e responda apenas se achar que é o caso.

Finalmente, lembre que quando estamos em grupos de trabalho, convém ficar mais ligado ainda – afinal não custa nada pensar mais, reler e tomar cuidados extras antes de apertar o send.