Apenas recentemente, reciclar roupas e acessórios tornou-se uma atitude louvável publicamente – agregando valor às marcas e, literalmente ajudando a salvar o ambiente e favorecendo famílias.
De usado a sustentável – de repente o termo “sustentável” passou a combinar com “luxuoso” e reciclável a rimar com louvável. Beleza. Os Brechós finalmente assumiram sua importância na roda da vida do planeta. Hoje, é um mercado muito forte que fomenta e faz a economia circular e ainda pensa no meio ambiente!
Mas como toda mudança gera uma série de inseguranças, desde então venho recebendo vários questionamentos sobre como lidar como esse novo status dos brechós. São as mais variadas dúvidas, algumas das quais compartilho aqui.
Pode-se dar um presente de brechó, mesmo de luxo? – e por que não? Hoje os brechós tem marca, etiquetas de presente e embalagens lindas. Eu adoraria ganhar uma peça de qualidade, original e que, em condições normais não poderia comprar!
Falo de onde é? – não há problema nenhum! Embora não seja necessário explicar que comprou nesse ou aquele lugar. Também não é o caso de ficar justificando que comprou nesse ou naquele brechó. Naturalidade é a chave.
Devo falar que compro em brechós? Não vejo problema em falar onde comprou – desde que te perguntem. Ninguém alardeia onde comprou cada peça de roupa ou presente que oferece. Mas, se alguém elogia e pergunta, vamos acabar falando: “ah comprei em tal lugar” e claro, não vamos pagar o mico de mentir, certo?
O encanto dos brechós – pode conferir: se numa roda alguém disser que é dono de um brechó ou que faz compras para um, imediatamente todos vão querer saber o que tem, se os preços são bons, onde é etc.
É como se a pessoa fosse detentora de um segredo mágico – e na verdade é: ela é capaz de realizar um sonho ou desejo de algo que antes parecia inacessível, por um valor muito mais confortável. E nos sentimos como Cinderelas quando adquirimos alguma peça dessas…
Qual o termo adequado? A palavra “usado” é verdadeira, mas remete ao ranço pejorativo de quando as pessoas ainda se envergonhavam de usar. “Semi novo” é um eufemismo, e de uma pobreza ímpar de imaginação, pois não engana ninguém. Melhor um honesto “segunda mão” ou um pernóstico “second hand”.
Mas meu preferido é o “Vintage”, mais charmoso, pois infere que a peça, além de antiga, é original, rara e descolada. Ok, nem tudo em um brechó é vintage. Mas, pode acreditar, a pessoa que garimpa, escolhe e usa algo usado conseguindo imprimir a peça sua energia e seu próprio estilo, com força e elegância, dignas de transformar qualquer trapinho em tendência, imagine o que não faz com uma peça boa, de marca consagrada e qualidade de acabamento.
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