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O Martírio do viajante

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A meta – comecei a invejar loucamente as alemãs e turistas dos países nórdicos que saiam lépidos sem esperar na esteira, direto do avião arrastando suas mini malas ou apenas de rodinhas ou apenas com uma mega mochila. Mini malas com rodinhas. Não eram hippies ou campistas: eram viajantes inteligentes com aparência sempre muito melhor e mais asseada do que a nossa.

Comecei a diminuir a bagagem. No início era apenas uma mala menor, mais leve para carregar em estações ou arrastar por cidades onde o carro não entrava até o centro.

E agora bati meu recorde: foram 40 dias, 6 hotéis e 2 climas diferentes, pois pegamos a passagem de um final de primavera frio para o alto verão quentíssimo. Com 1 mala de mão e uma mochila!

Grande vitória – em outro momento vou falar em detalhes sobre essa mala e o que levar, mas antes de achar que é exagero, pense: viajar está cada vez mais difícil, se por um lado ficou mais democrático, por outro, a companhias aéreas perderam a vergonha! Elas cobram, além  da passagem, a mala. E perdem a mala com uma frequência impressionante!

Para se ter uma ideia, só em nossa pequena família de 3 pessoas, nos últimos 3 anos perdemos nada menos do que 4 malas (em 3 viagens). A ultima agora, a de minha filha, que, depois de perceber que não a recuperaria de imediato, resolveu comprar o básico de roupas enquanto rezava pelo resgate.

Foi surreal: enquanto ela provava as roupas, nada menos que 3 outras famílias relatavam que estavam na loja pelo mesmo motivo e detalhavam cada uma sua odisseia particular!

Armadilha – dia desses, pediram para meu marido despachar sem custo a mala de mão dele e adivinha? Perderam… Ainda: no achados e perdidos enquanto esperava a mala, minha filha assistia ao desespero de um DJ egípcio que atendeu ao pedido de despachar a mala de mão e, ao chegar, seu equipamento havia sumido da mala!! É mole?!

Cias aéreas cobram assento – e trocam o lugar em cima da hora. Fizeram isso com nossos assentos na ida e na volta com a desculpa de troca de avião. mas é claro que não devolvem o dinheiro do assento conforto comprado.

Isso nada tem a ver com o fato de viajar com mala menor – mas prova o quanto viajar hoje tornou-se penoso mesmo para quem é organizado e/ou pode pagar. Não adianta: dia desses a comissária mudou meu lugar para a saída de segurança! Fiz um escândalo: além minha idade não permitir que eu opere a porta, não quero espaço entre as cadeiras e SIM reclinar meu encosto – afinal, por isso paguei!

Algumas dicas – primeiro: não pague, pois não  adianta. Segundo, reclame muito, pois se não adianta, desopila o fígado (e em geral alguém faz alguma coisa). E por fim, não viaje de avião se puder ir por outro meio. No Brasil, sempre que posso, escolho ônibus e viajo super bem! Simples assim.

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