Deficiência é não contratar!
Lei Brasileira da Inclusão – foi pensada para tirar esse imenso contingente da informalidade. Esse, projeto do qual sou relatora, propõe a criação do Auxílio Inclusão, um benefício que será concedido à pessoa com deficiência que ingressar no mercado de trabalho – e não o contrario como acontece com quem não trabalha ou está desempregado
O que muda com esse auxílio? – A ideia é mudar a forma assistencialista com que o Governo trata esse cidadão hoje. Em vez de ficar em casa, recebendo benefícios de subsistência do Estado, a pessoa com deficiência terá direito a um suporte financeiro sim , mas para se tornar mais ativa na sociedade.
Com isso, passará de beneficiada para contribuinte, como todo trabalhador.
Na prática funciona assim: ao ingressar no mercado de trabalho, a pessoa com deficiência deixará de receber o benefício do Governo e passará a ganhar o Auxílio Inclusão, que servirá como um estímulo para que ele se mantenha ativo no mercado .
Esse auxílio também lhe permite arcar – sem prejuízos – com os custos da sua deficiência, como transporte adaptado, órteses, próteses, tecnologias assistivas…
Alívio e vantagem também para a Previdência – que deixará de pagar benefícios integrais para milhões de pessoas e passará a receber a contribuição desses trabalhadores.
O Trabalho dignifica – além de ser, sem dúvida, uma das principais ferramentas de integração social de qualquer ser humano. Sem falar que de garante poder de consumo, dignidade e bem-estar . E, mais importante: é o que nos permite sonhar.
Sem falar que movimenta a economia do país.
Para mim, a felicidade está ligada a minha capacidade de produzir. E, neste sentido, é o trabalho um dos maiores combustíveis para me manter autônoma e realizada. Em breve esperamos que outros tantos brasileiros com deficiência sintam-se assim.
Mara Gabrilli, 46 anos, é publicitária, psicóloga, foi secretária da Pessoa com Deficiência da capital paulista e vereadora também por São Paulo. Atualmente é Deputada Federal pelo PSDB.
Aos 26 anos, sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Indignada com a falta de acessibilidade, fundou em 1997 a ONG Projeto Próximo Passo, hoje Instituto Mara Gabrilli, para promover acessibilidade, pesquisas e inclusão social em comunidades carentes e atletas com deficiência. Em Brasília, tornou-se a primeira deputada Federal tetraplégica do Brasil
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