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Reatech: Tecnologia e acessibilidade ao alcance de todos

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Maior feira de reabilitação da América Latina, a Reatech, que aconteceu em abril em São Paulo, movimenta um mercado que cresce muito: em 2013, o setor movimentou cerca de R$4,5 bilhões e cresceu 18%, segundo dados da ABRIDEF – Associação Brasileira da Indústria e Revendedores e Serviços para Pessoa com Deficiência.

Em meio a robôs, próteses ultramodernas, cadeiras de rodas inovadoras, adaptações alternativas para veículos, sistemas de comunicação para surdos e cegos, entre outras tecnologias assistivas de ponta, o Instituto Mara Gabrilli (IMG) apostou na forma mais simples de se incluir uma pessoa com deficiência: brincando.

O sucesso das oficinas é prova de que o público da Reatech vai à feira para encontrar não só novidades tecnológicas, mas também soluções simples e baratas para o dia a dia. Neste aspecto, essa última edição da feira deixou a desejar.

Pode ser mais simples – Laís Souza, que ficou tetraplégica recentemente, me encontrou na feira e contou que estava à busca de uma cinta abdominal. Não encontrou. Outra amiga, que tem esclerose múltipla, comentou não ter encontrado nenhum estande com objetos do dia a dia para quem tem problemas de locomoção.

Por outro lado, vi novidades tecnológicas na feira que podem mudar a vida de muita gente, como um scanner com voz, que ao ser conectado ao computador digitaliza livros, revistas e outros textos impressos e reproduz em áudio. O equipamento é ideal para usuários cegos e com baixa visão, idosos e pessoas com problemas cognitivos.

Vou trabalhar para que as escolas públicas tenham esse scanner disponível aos alunos com deficiência visual. Imaginem a diferença que isso fará para o aprendizado dos alunos com deficiência?

Costumo dar meu próprio exemplo: ao chegar à Câmara Federal – sem movimentar pernas e braços – fui a primeira tetraplégica a votar por meio de um sistema que funciona com o movimento do meu rosto.

Se hoje desempenho minhas atribuições parlamentares com afinco, é porque tenho acesso às tecnologias que anulam qualquer impedimento motor. É por essa tecnologia, que resgata a autonomia e a capacidade de produzir das pessoas, que temos que trabalhar.

O Brasil conta hoje com mais de 45 milhões de pessoas com deficiência que representam não só um nicho de mercado com grande potencial, e mais : um contingente que tem muito a contribuir para todo país.