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Moda adaptada – Existe isso?

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No máximo se consegue via internet ou acabamos por nos se render a roupas sem graça e difíceis de vestir!!

Gente, visual é importante, é nosso cartão de visitas! E vestir-se bem e deve ser permitido a todos com ou sem deficiência.

 

 

Desenho em preto e branco de sapato de baile forrado com renda e cristais delicadamente bordados com salto fino e muito alto com pedras esféricas incrustradasComo é que o mercado de Moda no Brasil , que movimenta mais de 50 bilhões de dólares por ano ainda não acordou para isso?!!

Ora, temos grandes estilistas, especialistas, faculdade de moda, designer, incentivos, matéria prima etc. Só faltam as empresas acreditarem!!!

Não dá mais para ignorar esse segmento – um novo olhar para uma moda, de fato mais abrangente, humanizada, não segregadora e sim, acolhedora, tem sido o foco de estilistas na Europa e Estados Unidos.

Aqui no Brasil vemos isso timidamente – através dos concursos de moda inclusiva e dos incentivos a projetos acadêmicos. Mas é preciso mais.
Vestir bem vai muito além da vaidade – para quem qualquer tipo de limitação, as dificuldades são inúmeras Um exemplo: a falta de etiquetas em Braille que indiquem a cor e o tamanho daquela peça a ser escolhida. É uma coisa simples – que mas que garante uma preciosa independência a quem não enxerga.

Cinderela sobre Rodas – para ilustrar como as pessoas pensam, relato a confissão de meu amigo sobre minha vaidade com o que uso nos pés:
“Engraçado, quando te vi com esses saltos altos enormes na sua cadeira pensei logo, pra que? Se não vai andar. Fiz a pergunta e logo respondi, pra mim mesmo, deixa de ser idiota! Sapatos de saltos altos não são feitos pra andar (são desconfortáveis), foram feitos pra embelezar, pra dar sensação de poder.”
Ufa, ainda bem!

 

mariana_reisA Bailarina Mariana Reis, tornou-se cadeirante aos vinte anos. Tornou-se Administradora de Empresas e Educadora Física. É Pós Graduada em Gestão Estratégica com Pessoas e em Prescrição do Exercício Físico para Saúde pela Universidade Federal do Espírito Santo. É também atriz, colunista do jornal A Tribuna de Vitória, professora universitária, técnica e árbitra de ginástica artística. Atua como consultora em acessibilidade e gestora na construção e efetivação das políticas públicas para a pessoa com deficiência em Vitória. Acredita na sedução diária de superar limites e ir além do que nos impede – não as pernas, os olhos, os ouvidos – mas o cotidiano. Afinal, temos todos medo de enfrentar o mundo e suas barreiras. E todos temos obstáculos. Vamos encarar?